Capítulo 118

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Narrador.

Mel- ela é tão pequenininha - sorriu, vendo Luna atrás do vidro do berçário. O médico havia liberado a ida deles até lá. Esse foi o único momento em que Micael ficou calmo depois da notícia sobre Sophia.
Arthur- ela tem um pouco de vocês dois.
Micael- sim - sorriu - eu vou mimar muito essa menina.
Chay- Luna é muito lindinha. Pelo menos pra isso o Micael serve - recebeu um tapa na cabeça.
Micael- cala boca, idiota.
Lua- estou ansiosa pra ver minha sobrinha de pertinho. É tão linda - sorriu.
Micael- para de babar minha filha.
Lua- cala boca, chato - ele sorriu.
Micael- eu vou lá pra fora, tudo bem? Daqui a pouco eu volto pra ver minh princesinha, de novo - o moreno saiu com as mãos no bolso.
Arthur- ele está fazendo de tudo pra mostrar que está bem - viu o amigo se afastar.
Mel- deve está sendo muito difícil.
Chay- eu vou lá falar com ele. já volto.

Micael estava do lado de fora do hospital perdido em seus pensamentos.
Chay chegou e sentou ao seu lado, ele continuo quieto, sem falar nada.
Chay- como você está se sentindo? - perguntou, quebrando o silêncio.
Micael- o que você acha? - sorriu sem humor - eu estou péssimo.
Chay- ela vai ficar bem, acredite. Vocês já passaram por tanta coisa, essa só vai ser só mais uma delas.
Micael- assim espero - suspirou.
Chay- vamos entrar. Não gosto de ver o papai do ano deprimido assim, ainda mais sozinho.
Micael- tudo bem. Vamos.

O moreno estava sentando com os outros amigos. Não conseguia pensar em outra coisa além de Sophia. Cada hora que passava ficava mais desesperado, não aguentava mais esperar.
Duas horas mais tarde, o médico apareceu na sala de espera.
Dr. Luciano- senhor Micael Borges - ele logo levantou quando ouviu seu nome.
Micael- como está a Sophia? Ela melhorou? - perguntou, ansioso.
Dr. Luciano- muito pouco - as poucas esperança que o moreno tinha se esvairam no mesmo instante - a febre baixou, mas ainda não é uma grande melhora. Estamos fazendo de tudo para que ela fique bem logo.
Micael- por favor, me deixe vê-la. É a única coisa que peço.
Dr. Luciano- tudo bem, mas você não vai poder entrar no quarto, e apenas você pode vir comigo - ele olhou para os amigos, que apenas assentiram com a cabeça - vamos?
Micael- ok, vamos! - os dois subiram até o andar onde a loira estava.
Quando Micael se aproximou do vidro, as lágrimas que ele prendia escorreram no seu rosto. Os cabelos loiros de Sophia estavam espalhados pelo travesseiro, as máquinas ligadas no seu corpo pelos fios. Os batimentos estavam lá, corretamente mas, mesmo assim, Micael tinha medo que aquilo pudesse parar a qualquer momento. Era a coisa mais preciosa da sua vida, e que se pudesse estaria no seu lugar só para não vê-la passar por isso.
Encostou a testa no vidro respirando fundo e tentando conter as lágrimas.
- você está bem? - uma senhora baixinha perguntou.
Micael- estou sim - secou as lágrimas com as costas da mão.
- ela vai ficar bem, não se preocupe - sorriu.
Micael- espero que sim - forçou um sorriso.

Lua- está mais calmo? - O médico havia pedido para que Micael voltasse depois que tinha ficado um bom tempo observando Sophia.
Micael- um pouco - sentou em uma das cadeiras.
Arthur- você precisa comer. Ainda não comeu nada depois que chegamos aqui.
Micael- estou sem fome - encostou a cabeça na parede e continuou calado pelas próximas três horas.
O moreno acordou no susto quando Mel cutucou seu braço.
Micael- o quê? O que aconteceu? - esfregou os olhos se ajeitando na cadeira.
Mel- a Soph acordou - sorriu.
Micael- é sério? - seus lábios se curvaram em um largo sorriso - eu quero vê-la.
Dr. Luciano- me acompanhe - ele levantou passando a mão nos cabelos bagunçados ainda zonzo pelo sono, e seguiu o médico.

Agora sim seu coração estava em paz.



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