Capítulo 80

639 23 0
                                    

Narrador.

Duas semanas se passaram.
Já era novembro, os dias se passaram muito rápido, e muita coisa aconteceu durante esse tempo.
Ana estava começando a confiar em Micael, ele e Sophia estavam mais apaixonados do que nunca. Letícia tinha parado de inferniza-los, mas a loira não se sentia segura o suficiente se tratando dela.
Sophia ajudou Lua com o seu problema, contaram para sua mãe que ficou horrorizada e se sentiu culpada pelo que aconteceu com a filha.
As duas foram até a delegacia e denunciaram o cara que foi preso pouco tempo depois.
Ela estava bem e aliviada agora.
Depois que tudo estava calmo, Lua resolveu contar para os amigos que ficaram frustrados com a situação.
Ela e Arthur tinham deixado de brigar e estavam cada dia mais próximos, mais um casal estava por vir.

Hoje seria a consulta de Sophia que Micael havia prometido levá-la, sua avó aceitou sem protestar, isso era um bom sinal.
Sophia- estou pronta - ela chegou na sala, estava com uma calça jeans e blusa ciganinha estampada. Nos pés um tênis branco.
Micael- e linda - levantou sorrindo indo até ela, dando um selinho.
Ana- vocês já estão indo? - perguntou a senhora aparecendo na sala.
Sophia- estamos sim vó.
Ana- então juízo vocês dois hein? e Micael - direcionou seu olhar para ele - cuide bem da minha neta.
Micael- pode deixar, ela está em boas mãos - sorriu - vamos? - deram as mãos e saíram.
Dentro do carro eles conversavam e riam de alguma bobagem que Micael falava. Sophia conectou seu celular no som e logo a voz de Hayley Williams cantando Brick By Boring Brick ecoou dentro do carro.
Micael- é sério que você vai me fazer ouvir Paramore a essa hora da manhã? - Sophia riu.
Sophia- é muito sério, e ainda vou cantar.
Micael- ah não, eu mereço - reclamou.
Sophia- she lives in a fairy tale somewhere too far for us to find - começou a cantar e riu da cara que Micael fez - forgotten the taste and smell of the world that she's left behind - continuou, dessa vez com olhar de Micael sobre si, ele a olhava com admiração. Quando a música já estava no final ela gritou -
PA RA PA RA PA RA PA RA PA PA PA RA PA PA - os dois começaram a rir igual bobos.
Micael- sua voz é bonita.
Sophia- ah por favor, para de me zoar - ela sorriu tímida.
Micael- não estou te zoando, sua boba - riu vendo suas bochechas corarem - você é muito envergonhada, precisamos mudar isso.
Sophia- como sabe que estou com vergonha? - ergueu uma sobrancelha.
Micael- suas bochechas te entregam, moranguinho - ela riu.
Sophia- sabia que eu já acostumei você me chamando assim?
Micael- ah, é? - ela assentiu - você gosta?
Sophia- bom, é melhor que mô, mozão, mozinho - torceu o nariz - esses apelidos são irritantes e melosos demais - Micael gargalhou.
Micael- eu não preciso deles, temos um exclusivamente seu - Sophia se curvou dando um selinho nele.

Os dois já estavam na clínica, sentados esperando Sophia ser chamada.
Micael- não precisa ficar nervosa, calma - disse vendo Sophia balançar a perna sem parar.
Sophia- eu não consigo.
Micael- você não gosta de vir nas consultas?
Sophia- eu gosto, sempre que converso com a psicóloga me sinto bem, mas sempre antes da consulta eu fico nervosa.
Micael- hum, entendo.
- Sophia Abrahão - uma mulher de branco com uma prancheta na mão chamou-a.
Micael- vai lá, estarei aqui te esperando - sorriu gentilmente lhe dando um selinho.
Ela levantou e seguiu a enfermeira.
Micael ficou mexendo no seu celular falando com os meninos, quando já estava cansado, levantou andando pela clínica, esbarrou em alguém sem querer.
- desculpa.
Micael- pai - disse surpreso - o que você está fazendo aqui?
Jorge- eu vim fazer alguns exames de rotina, e você? Aconteceu algo? - franziu a testa.
Micael- estou esperando minha namorada sair de uma consulta.
Jorge- não me diga que já vou ser vô - arregalou os olhos.
Micael- claro que não, pai - riu da sua expressão - é uma consulta com a psicóloga.
Jorge- problemas?
Micael- sim, mas ela já está se cuidando.
Jorge- fico feliz que você encontrou alguém.
Micael- obrigado - colocou as mãos no bolso.
Sophia- oi - apareceu do lado de Micael.
Micael- oi linda, como foi lá?
Sophia- foi tudo tranquilo - olhou para o senhor que estava a sua frente - quem é?
Micael- esse é meu pai, Jorge, pai essa é Sophia, minha namorada - sorriu.
Jorge- prazer em conhecê-la, Sophia - sorriu estendendo a mão para a menina que apertou.
Sophia- o prazer é todo meu - sorriu gentilmente.
Jorge- bom, então eu vou indo, juízo hein Micael? E cuide bem dela - deu dois tapinhas nas costas de Micael e saiu.

Sophia- vocês não estavam brigados?
Micael- ele me chamou para conversar esses dias, estamos bem agora.
Sophia- fico feliz que tenham se resolvido - sorriu, selaram os lábios.

Micael- chegamos - parou o carro na frente da casa de Sophia.
Sophia- até que a companhia dessa consulta não foi tão ruim assim.
Micael- ah não? - ela balançou a cabeça negando. Micael puxou seu rosto a beijando - amanhã é o aniversário de alguém - passou o dedo no nariz da loira.
Sophia- finalmente 18 anos - sorriu.
Micael- está ficando velha, vou te dar uma bengala de presente - ela riu dando um tapa no seu ombro.
Sophia- idiota!
Micael- amanhã será um dia especial - sorriu.
Sophia- só porque é meu aniversário? - ergueu uma sobrancelha.
Micael- também - Sophia estreitou os olhos.
Sophia- você está aprontando alguma coisa e eu quero saber, vamos, fale.
Micael- da minha boca não sai nada, sou um túmulo.
Sophia- ah não, Micael.
Micael- ah não, Sophia - imitou-a, riu.
Sophia- você é um chato - cruzou os braços fazendo bico.
Micael- ah, não faz essa carinha que eu me apaixono mais por você - ela sorriu de lado desfazendo o bico.
Sophia- você está apaixonado por mim, senhor Borges? - olhou para ele.
Micael- sim, eu estou completamente apaixonado por você, senhorita Abrahão.
Sophia- eu também estou completamente apaixonada por você - susurrou no seu ouvido.
Micael- não faz isso que eu fico louco - a puxou para outro beijo, se separam pela falta de ar.
Sophia- eu preciso entrar.
Micael- tudo bem, vai lá - sorriu dando um selinho nela.
Sophia saiu do carro e Micael ficou a observando até entrar em casa - amanhã será um grande dia - ele sorriu dando partida no carro.

Será um grande dia.

SuperaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora