Capítulo 21

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Micael narrando

Jorge- Micael quando você vai crescer? - Meu pai estava gritando. Estávamos discutindo pelo fato de eu não ir no trabalho mais uma vez. Já estava cansado disso todos os dias.

Micael- pai me esquece, me deixa em paz pelo menos uma vez na vida EU NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ - gritei de volta.

Jorge- olha só, você pode não ir hoje - olhou o relógio - até porque já está quase na hora de você voltar de lá, mas polos próximos dias você vai sim!

Micael- você não pode me obrigar a fazer uma coisa que eu não quero.

Jorge- ah eu posso sim! Não tente me contrariar, Micael.

Micael- já que você quer tanto que eu trabalhe, por que não me coloca na empresa? eu também tenho direito em uma boa parte daquela porra - eu estava farto da mesma discussão todos os dias, tenho certeza que se minha mãe estivesse aqui tudo seria diferente, mas infelizmente ela não estava.

Jorge- eu já disse o motivo, você falta nesse quase todos os dias, imagina na empresa.

Micael- EU NÃO TE SUPORTO MAIS JORGE, PRA MIM JÁ CHEGA - saí de casa batendo a porta. Peguei meu celular e já eram seis e meia. A briga com o meu pai hoje foi mais longa.

Caminhei sem saber muito onde ir, eu precisa esfriar a cabeça, respirar um pouco.

Meu pai me sufocava e me pressionava muito. Isso me deixava mais cansado mentalmente a cada dia.

Sophia narrando

Sophia- caramba já são seis e meia - era tão bom está com as meninas que eu nem via o tempo passar.

Lua- o dia passou rápido mesmo, mas hoje foi bem divertido.

Mel- é verdade - sorriu - vamos tomar sorvete?

Sophia- aceito, está muito calor.

Lua- ok, mas depois, casa! Não posso abusar da boa vontade da minha mãe, é um milagre ela não ter me ligado ainda.

Fomos até sorveteria dentro do shopping e pedimos nossos sorvetes.

Sentamos e colocamos nossas sacolas no chão.

Eu comprei algumas roupas e um tênis lindo que fiquei apaixonada.

Mel tinha comprado bastante coisa. Lua e eu compramos apenas o necessário.

Lua- Sophia está sujo aqui - apontou para o meu rosto

Sophia- aqui onde? - passei a mão pelo meu rosto tentando limpar.

Lua- aqui olha - passou o dedo todo sujo de sorvete no meu rosto.

Sophia- secagem, Lua - bufei - pode limpar, sua idiota - ela e Mel riam sem parar.

Mel- você está tão linda sujinha assim - riu novamente.

Sophia- ha ha ha que engraçado, nossa estou morrendo de rir - revirei os olhos.

Mel- vou limpar, pois sou uma pessoa caridosa - passou o papel no meu rosto o limpando - pronto@ Linda e bela.

Lua- vamos? Já está tarde.

Sophia- verdade, vamos.

Saímos as três do shopping e fomos para casa.

Lua foi a primeira a descer, pois sua casa ficava antes.

Eu optei por descer junto com Mel e ir a pé até em casa.

Mel- tem certeza que você quer ir sozinha? já são sete horas, pode ser perigoso, Sophia.

Sophia- relaxa, amor. Em cinco minutos estou em casa, não vai acontecer nada. Não se preocupe.

Mel- tudo bem, mas qualquer coisa me liga - assenti. Dei um beijo em seu rosto e a abracei.

Quando ela entrou segui em direção a minha casa.

Estava escuro e eu estava com um pouco de medo, não vou negar. Principalmente quando percebi que um carro preto estava me seguindo. Quanto mais eu caminhava rápido, mais o carro acelerava. Agora estava arrependida de não ter vindo no táxi.

De repente o carro parou saindo um homem de lá. Meu coração deu um pulo.

Ele estava vindo em minha direção e eu estava caminhado o mais rápido possível. Senti meu braço sendo puxado e meu corpo sendo preso contra o muro.

-Calma, gatinha! Pra quê tanta pressa? - eu reconheci sua voz. Era o mesmo menino que me agarrou na escola.

Comecei a respirar com dificuldades. Isso de novo não.

A rua estava vazia, nenhuma pessoa passava, nenhum carro NADA! Eu estava desesperada.

Sophia- por favor, me deixe ir embora - minha voz estava embargada por causa do choro preso.

- Mas justo agora que finalmente estamos sozinhos? - negou com a cabeça - nada disso, gata. Hoje você vai ser minha - ele começou a me beijar. Um beijo molhado e nojento.

Eu estava tentando de todas as formas me livrar dele, mas eu não era forte o suficiente.

-SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! - gritei quando consegui me livrar da sua boca por um instante.

- cala a boca, ou vai ser aqui mesmo nesse chão desconfortável - falou apontando o dedo na minha cara - venha vamos para o carro.

Sophia- eu não vou, ME SOLTA! - comecei a chorar. Não tinha ninguém para me ajudar.

- venha, agora! - falou entre os dentes e começou a me arrastar até o carro.

Sophia- ME SOLTA, SOCORRO, SOCORRO POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA! - gritei novamente. O garoto me agarrou pela cintura, tampando minha boca e me empurrou para dentro do carro.

Quando ele ia entrando foi puxado para trás e jogado no chão com força.

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