Micael narrando
Jorge- Micael quando você vai crescer? - Meu pai estava gritando. Estávamos discutindo pelo fato de eu não ir no trabalho mais uma vez. Já estava cansado disso todos os dias.
Micael- pai me esquece, me deixa em paz pelo menos uma vez na vida EU NÃO AGUENTO MAIS VOCÊ - gritei de volta.
Jorge- olha só, você pode não ir hoje - olhou o relógio - até porque já está quase na hora de você voltar de lá, mas polos próximos dias você vai sim!
Micael- você não pode me obrigar a fazer uma coisa que eu não quero.
Jorge- ah eu posso sim! Não tente me contrariar, Micael.
Micael- já que você quer tanto que eu trabalhe, por que não me coloca na empresa? eu também tenho direito em uma boa parte daquela porra - eu estava farto da mesma discussão todos os dias, tenho certeza que se minha mãe estivesse aqui tudo seria diferente, mas infelizmente ela não estava.
Jorge- eu já disse o motivo, você falta nesse quase todos os dias, imagina na empresa.
Micael- EU NÃO TE SUPORTO MAIS JORGE, PRA MIM JÁ CHEGA - saí de casa batendo a porta. Peguei meu celular e já eram seis e meia. A briga com o meu pai hoje foi mais longa.
Caminhei sem saber muito onde ir, eu precisa esfriar a cabeça, respirar um pouco.
Meu pai me sufocava e me pressionava muito. Isso me deixava mais cansado mentalmente a cada dia.
Sophia narrando
Sophia- caramba já são seis e meia - era tão bom está com as meninas que eu nem via o tempo passar.
Lua- o dia passou rápido mesmo, mas hoje foi bem divertido.
Mel- é verdade - sorriu - vamos tomar sorvete?
Sophia- aceito, está muito calor.
Lua- ok, mas depois, casa! Não posso abusar da boa vontade da minha mãe, é um milagre ela não ter me ligado ainda.
Fomos até sorveteria dentro do shopping e pedimos nossos sorvetes.
Sentamos e colocamos nossas sacolas no chão.
Eu comprei algumas roupas e um tênis lindo que fiquei apaixonada.
Mel tinha comprado bastante coisa. Lua e eu compramos apenas o necessário.
Lua- Sophia está sujo aqui - apontou para o meu rosto
Sophia- aqui onde? - passei a mão pelo meu rosto tentando limpar.
Lua- aqui olha - passou o dedo todo sujo de sorvete no meu rosto.
Sophia- secagem, Lua - bufei - pode limpar, sua idiota - ela e Mel riam sem parar.
Mel- você está tão linda sujinha assim - riu novamente.
Sophia- ha ha ha que engraçado, nossa estou morrendo de rir - revirei os olhos.
Mel- vou limpar, pois sou uma pessoa caridosa - passou o papel no meu rosto o limpando - pronto@ Linda e bela.
Lua- vamos? Já está tarde.
Sophia- verdade, vamos.
Saímos as três do shopping e fomos para casa.
Lua foi a primeira a descer, pois sua casa ficava antes.
Eu optei por descer junto com Mel e ir a pé até em casa.
Mel- tem certeza que você quer ir sozinha? já são sete horas, pode ser perigoso, Sophia.
Sophia- relaxa, amor. Em cinco minutos estou em casa, não vai acontecer nada. Não se preocupe.
Mel- tudo bem, mas qualquer coisa me liga - assenti. Dei um beijo em seu rosto e a abracei.
Quando ela entrou segui em direção a minha casa.
Estava escuro e eu estava com um pouco de medo, não vou negar. Principalmente quando percebi que um carro preto estava me seguindo. Quanto mais eu caminhava rápido, mais o carro acelerava. Agora estava arrependida de não ter vindo no táxi.
De repente o carro parou saindo um homem de lá. Meu coração deu um pulo.
Ele estava vindo em minha direção e eu estava caminhado o mais rápido possível. Senti meu braço sendo puxado e meu corpo sendo preso contra o muro.
-Calma, gatinha! Pra quê tanta pressa? - eu reconheci sua voz. Era o mesmo menino que me agarrou na escola.
Comecei a respirar com dificuldades. Isso de novo não.
A rua estava vazia, nenhuma pessoa passava, nenhum carro NADA! Eu estava desesperada.
Sophia- por favor, me deixe ir embora - minha voz estava embargada por causa do choro preso.
- Mas justo agora que finalmente estamos sozinhos? - negou com a cabeça - nada disso, gata. Hoje você vai ser minha - ele começou a me beijar. Um beijo molhado e nojento.
Eu estava tentando de todas as formas me livrar dele, mas eu não era forte o suficiente.
-SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! - gritei quando consegui me livrar da sua boca por um instante.
- cala a boca, ou vai ser aqui mesmo nesse chão desconfortável - falou apontando o dedo na minha cara - venha vamos para o carro.
Sophia- eu não vou, ME SOLTA! - comecei a chorar. Não tinha ninguém para me ajudar.
- venha, agora! - falou entre os dentes e começou a me arrastar até o carro.
Sophia- ME SOLTA, SOCORRO, SOCORRO POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA! - gritei novamente. O garoto me agarrou pela cintura, tampando minha boca e me empurrou para dentro do carro.
Quando ele ia entrando foi puxado para trás e jogado no chão com força.
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Superação
Storie d'amoreSophia Abrahão é uma adolescente de 17 anos que perdeu seus pais em um acidente de carro há 3 anos atrás. Sofrendo pela perda, a jovem entra em depressão e é rejeitada pelos seus colegas de classe. Micael Borges um jovem de 18 anos, marrento, mima...