Capítulo 50

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Narrador

Micael estava na frente das meninas com uma bandeja e os pedidos. Estava surpreso, assim como elas.

Lua- anda Micael, fala o que você está fazendo aqui e ainda trabalhando - Lua o precionou mais, ele estava nervoso e desconfortável com a situação. Estava tremendo com a bandeja em suas mãos. Sophia a pegou antes que ele a derrubasse no chão.

Micael- isso não é assunto para se tratar agora, eu estou trabalhando e tem muitas mesas para atender ainda, licença - disse sério e seguiu indo atender os outros clientes.

Mel- algo está acontecendo com o Micael e a gente tem que descobrir.

Sophia- e por que a gente tem que descobrir mesmo? - arqueou uma sobrancelha olhando para ela.

Mel- Sophia não tente da uma de insensível agora.

Sophia- está bem - ela levantou as mãos em rendição - o que você pretende fazer então?

Mel- nós podíamos ficar esperando na pracinha ali na frente até que ele saísse do trabalho - sugeriu.

Lua- acho que não é uma boa idéia, parece que o Micael não quer dividir sua vida com ninguém - ela franziu a testa - isso seria invasão de privacidade, vc não acha?

Sophia- concordo com ela Mel, talvez ele possa nos ignorar e outra nem sabemos que horas ele saí daqui - Mel revirou os olhos.

Mel- deixem de serem chatas, ele pode está precisando de ajuda, aqui não deve fechar muito tarde e Lua, sua mãe nem está em casa, você pode muito bem passar o dia fora. E sua vó nem se importa quando você está com a gente Sophia, então relaxem - elas deram de ombros e aceitaram a sugestão de Mel. Quando terminaram de comer pagaram e saíram. Ficaram na pracinha olhando os patos no lago ou brincando no balanço. Quando estavam cansadas de ficarem lá, resolveram andar um pouco pelas ruas. Elas logo encontraram com Arthur e Chay.

Chay- o que essas belas moças fazem andando na rua? - perguntou quando elas se aproximaram deles.

Mel- a gente só está dando uma volta e vocês? - Mel foi até Chay, deu um selinho e o abraçou de lado. Estavam ficando a quase um mês. Chay já estava pensando em pedi-la em namoro, mas ainda não o fez por medo que ela recusasse. Por mais que Mel se mostrasse ser super interessada, ele ainda se sentia inseguro.

Arthur- a gente só veio dar uma volta também - mentiu. Na verdade eles estavam indo encontrar com Micael - Então, acho que já podemos ir né Chay?

Chay- sim, vamos - sorriu para as meninas - tchau gente - deu um selinho em Mel e foi embora.

Lua- nossa! Que melação vocês dois, pelo amor de deus - ela fez uma cara de nojo. Sophia riu.

Mel- vai a merda - mostrou língua.

Sophia- vocês parecem duas crianças de dez anos.

Por volta das cinco da tarde, Micael finalmente saiu, então elas foram até ele.

Mel- Micael! - o chamou. Ele olhou e bufou.

Micael- o que você quer, Mel? - perguntou quando elas já estavam perto dele.

Mel- queremos saber o que está acontecendo com você - suspirou cansado. Sabia que ela não desistiria até contar tudo.

Micael- tudo bem, vocês podem vir comigo? - assentiram e o seguiram.

Chegaram em uma casa pequena de porta branca. Micael abriu passagem para que elas entrassem - é aqui onde eu estou morando agora - elas sentaram no sofá com caras confusas. Nunca imaginaram que Micael moraria em uma casa dessas - Então, me digam o que querem saber - disse se juntando a elas no sofá.

Lua- exatamente isso aqui - fez gesto com a mão olhando lado a lado da casa - por que está morando em uma casa dessas e trabalhando em uma lanchonete?

Micael- as coisas com o meu pai não estão boas. Nós brigavamos todos os dias e eu já estava farto, então eu decidi sair de casa e me virar sozinho.

Mel- caraca! Nunca imaginei que você faria isso, você sempre gostou do conforto e nunca quis se esforçar para fazer nada.

Micael- as pessoas mudam Melanie, e nem sempre o conforto é tão bom assim. As vezes nos mostramos ser pessoas que não somos - deu um sorriso forçado.

Lua- estou impressionada com essa sua mudança Micael, nem parece que é você - ele apenas sorriu e não falou nada.

Sophia- por que seu pai te bate? - finalmente Sophia se manifestou - eu sei que aquele dia que apareceu machucado na minha casa, você não tinha caído da escada - Micael ficou surpreso com a pergunta. Suspirou fundo, falar daqueles assuntos era doloroso demais para ele. Lembrar que seu pai sempre o fez mal doía muito.

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