Capítulo 52

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Narrador

Sophia- Felipe - abriu um largo sorriso.

Felipe- Sophia, quanto tempo! - sorriu e a abraçou - pensei que não ia te ver novamente - se soltou dela.

Os dois estavam felizes por terem se reencontrado. Já fazia um mês depois daquele dia. Com toda a confusão eles nem conseguiram trocar os telefones.

Sophia- estou muito feliz em te ver de novo - sorriu novamente - mas o que anda fazendo por aqui?

Felipe- eu me mudei pra cá faz pouco tempo, estou meio perdido e a procura de um mercado - um pouco mais atrás deles estava Micael observando tudo. Ele reconheceu na hora com quem Sophia estava falando. A raiva subiu e ele sentiu vontade de ir até lá e socar mais uma vez a cara de Felipe, mas não o fez, porque sabia que só ia complicar seu lado com Sophia. Micael viu eles andando juntos, rindo e conversando. Seguiu seu caminha para sua casa pisando firme.

Sophia- eu te levo até o mercado, estou indo para lá.

Felipe- que bom, porque já estou procurando por um faz uma meia hora - eles sorriram - e aí, como foram as coisas durante esse um mês?

Sophia- muitas coisas aconteceram e você? como anda a sua vida?

Felipe- está bem, consegui um emprego melhor que consigo ganhar um pouco mais, me mudei para cá e estou adorando, aqui é muito sossegado.

Sophia- aqui é ótimo mesmo, amo morar aqui - sorriu.

Felipe- agora me conte de você.

Sophia- as coisas não tem sido tão agradáveis assim - sorriu triste - muitas decepções e mágoas, mas espero que tudo fique bem.

Felipe- foi aquele cara que me bateu aquele dia? - perguntou quando entraram no mercado.

Sophia- sim, foi ele. Depois daquilo ele até melhorou e começou a ser simpático, mas logo depois voltou tudo de novo - eles pegaram as sextas e se direcionaram para um dos corredores.

Felipe- é muito difícil conviver com pessoas. Elas nos decepcionam sempre, até pessoas que mais gostamos. Isso é inevitável - disse e pegou uma bolacha na prateleira.

Sophia- isso é verdade, as vezes eu não consigo lidar e acabo surtando.

Felipe- você ainda se corta? - ficou surpresa com a pergunta.

Sophia- não - ela olhou para frente - aconteceu algumas coisas e descobriram, agora estou com acompanhamento no psicólogo.

Felipe- que tipo de coisas? - perguntou curioso.

Sophia- uma longa história, depois eu te conto. Tenho que levar as compras da minha vó.

Felipe- ok, eu vou cobrar hein?

Sophia- tudo bem, pode deixar - ela sorriu. Eles continuaram com as compras. Felipe sempre fazendo Sophia sorri com alguma coisa engraçada que contava sobre sua vida. Eles falaram de quando eram pequenos, sobre coisas que aprontavam e deixavam os seus pais loucos.

Quando saíram do mercado Felipe a ofereceu ajuda para levar as compras.

Felipe- tem certeza de que não quer ajuda? - perguntou.

Sophia- tenho sim, não está pesado, pode ficar tranquilo.

Felipe- ok, então - ele sorriu - me passa o seu número? Naquele dia foi tudo tão rápido que nem deu pra pegar o seu telefone.

Sophia- tudo bem - passou seu número para ele, e Felipe o seu.

Felipe- obrigado, até mais Sophia.

Sophia- até, foi bom te ver de novo - Ele sorriu e ela acenou com a mão.

Micael andava rápido pela calçada com raiva pelo que havia visto. Sophia estava de novo com aquele garoto. Ele não conseguia aceitar isso.

Arthur- ei cara, pera aí, pra que essa pressa toda? - Arthur puxou seu braço fazendo com que ele diminuísse os passos - o que houve? porque está com essa cara?

Micael- é a única que eu tenho - disse e continuou caminhando, agora mais devagar sem olhar para Arthur.

Arthur- pega leve, eu só quero ajudar - Micael suspirou.

Micael- eu vi a Sophia com aquele garoto da balada em frente o portão do colégio.

Arthur- ah agora entendi porque essa raiva toda - deu um risinho - você está com ciúmes.

Micael- eu não estou com ciúmes - falou entre os dentes.

Arthur- ah, não? então porque você está tão furioso e fazendo essa ceninha toda? - ergueu uma sobrancelha.

Micael- ok, ver eles dois juntos me deixou puto - suspirou - você acha que eles estão namorando? - olhou para Arthur.

Arthur- claro que não Micael, a Sophia vive grudada nas meninas, e outra se ela namorasse esse garoto a gente já teria visto eles juntos em algum lugar.

Micael- mas hoje eles estavam juntos e muito felizes por sinal, Sophia até sorria, coisa que eu nunca fiz enquanto passei algum tempo sozinho com ela - disse tristemente.

Arthur- Micael, você tem que correr atrás do que quer, se não você vai perder. Você gosta da Sophia, mas não faz nada pra se aproximar dela, só se lamenta pelo fato dela te odiar.

Micael- esse é o problema Arthur, ela me odeia e não quer nem olhar na minha cara. Sempre que estamos sozinhos ela foge, eu não sei o que fazer para que ela se aproxime, e meu sentimento por Sophia não é recíproco, então fica difícil tentar algo - sorriu cansado.

Arthur- como você tem tanta certeza disso? - perguntou e atravessou a rua.

Micael- porra! Você quer mais exemplos que esses? - quase gritou.

Arthur- Micael, você só ver ela fisicamente, mas você nunca a viu internamente. Você não sabe o que ela sente. As pessoas finge Micael, e você sabe muito bem disso - Micael entendeu o que Arthur quis dizer. Sophia poderia gostar dele, mas tentava esconder. Mas isso era impossível já que ele havia lhe feito tanto mal.

Micael- então o que você quer que eu faça? - perguntou na esperança de que o amigo tivesse uma solução para resolver essa bagunça que estava os seus sentimentos.

Arthur- pergunte as meninas - Micael revirou os olhos.

Micael- eu simplesmente vou chegar e perguntar para Lua e Mel se Sophia sente algo por mim né Arthur, isso é bem normal.

Arthur- talvez Chay possa te ajudar já que ele vive grudado com Mel.

Micael- não sei não, acho que isso não daria certo. Deixa pra lá, o que for para acontecer, vai acontecer.

Arthur não falou mais nada. Micael era teimoso demais e nunca lhe ouvia. Eles se despediram um do outro e foram para suas casas.

Quando Micael chegou em casa checou o celular para ver se havia alguma chamada já que o deixa no silencioso enquanto estava em aula. Tinha quatro chamadas perdidas de seu pai. Ele já havia ligado mais vezes depois que se mudou, mas Micael não se sentia pronto para falar com Jorge, não agora.

Foi direto para o banheiro. Ficou imerso em pensamentos de baixo do chuveiro, pensando em como seria as coisas daqui pra frente.

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