Capítulo 37

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Sophia narrando

Micael- quero te pedir desculpa - disse me encarando. Eu ri com ironia.

Sophia- então quer dizer que você quer me pedir desculpas? - meu sorriso se fechou - eu não tenho tempo para suas palhaçadas Micael, da licença - quando fui saindo ele puxou meu braço.

Micael- espera - soltou meu braço - eu estou falando sério, me desculpa, eu não deveria ter falado aquelas coisas para você - fechei os olhos e suspirei.

Sophia- tudo bem - voltei a encara-lo - eu aceito suas desculpas, mas nunca mais chegue perto de mim. Você é tóxico - saí da sala deixando Micael sozinho. As meninas estavam me esperando do lado de fora.

Mel- ouvimos tudo, ele te pediu desculpas, não é?

Sophia- sim, mas eu não levei muito a sério - disse saindo pelo portão.

Lua- você pegou pesado quando disse que ele era tóxico.

Sophia- ele já fez e falou coisas piores comigo, isso não chega nem aos pés de tudo que já passei por causa do Micael.

Mel- isso é verdade, mas tudo isso já passou, agora é bola pra frente. Um dia quem sabe vocês fazem as pazes ou até mesmo trocam salivas - Lua riu

Sophia- isso só no seu sonho ne Melzinha, pelo Micael eu só sinto desprezo.

Lua- nossa ela ta amarga ela - elas riram de novo e eu neguei com a cabeça.

Quando cheguei me joguei no sofá, estava super cansada.

Ana- oi, meu amor - disse vindo da cozinha com um avental florido.

Sophia- oi, vó - sorri.

Ana- hoje eu fiz strogonoff e batata frita - sorriu. Ela sabia que era minha comida preferida e que nunca dispensaria.

Sophia- eba - disse animada e batendo palminhas - vou tomar banho e descer para comer

Ana- vai lá e não demore - peguei minha mocinha e levantei - Soph - me chamou e eu virei - você pode ir no mercado hoje a tarde pra mim?

Sophia- claro que posso vó - sorri e corri para o meu quarto.

Tomei um banho rápido e desci.

Cheguei na cozinha e a comida já estava na mesa. Estava uma delícia, minha vó era uma ótima cozinheira.

Depois que acabamos ela me deu a lista das coisas que eu deveria comprar.

Coloquei meus fones e fui caminhando pela calçada. Senti alguém tocar meu ombro e me virei assustada. Era Lis a minha vizinha.

Lis- desculpa Soph, eu não queria te assustar

Sophia- oi Lis, magina - sorri gentilmente - onde você está indo?

Lis- no mercado, minha mãe pediu para fazer algumas compras

Sophia- eu estou indo fazer o mesmo

Lis- que bom assim não vou sozinha - sorriu - e aí, como vai a vida?

Sophia- ah, vai mais ou menos, e a sua?

Lis- eu ando tentando pegar a Fernanda as escondidas - ela riu. Lis era lésbica, e sua mãe não aceitava. Eu e minha vó sempre ouvíamos discussões delas por causa disso.

Sophia- Fernanda seria sua namorada?

Lis- sim, a gente namora a cinco meses.

Sophia- e como é pra sua família e a dela? pelo que eu sei sua mãe não gosta muito.

Lis- eles não nos querem juntas, Fernanda e eu já ficamos de castigo por quinze dias depois que o pai dela nos pegou na esquina - arregalei os olhos e ela riu.

Sophia- vocês deveriam ser um pouco mais discretas - eu ri também - e como vocês lidam com as críticas?

Lis- a Fe não se importa muito, já eu sou um pouco mais fraca, as vezes quero desistir de tudo, mas ela me ajuda muito - sorriu - ela é incrível.

Sophia- vocês realmente se amam, não é? - disse entrando no mercado.

Lis- muito, queria que os nossos pais aceitassem, mas é complicado - disse e pegou um carrinho, eu peguei outro - agora eu quero saber de você, cadê seus boys magia?

Sophia- eu não tenho boy, minha vida é bem parada.

Lis- como não? você é uma garota linda, impossível não ter nenhum gatinho - entramos em um dos corredores. Peguei o arroz que vi na prateleira e coloquei dentro do carrinho.

Sophia- obrigada pelo elogio, mas eu realmente estou sozinha

Lis- você nunca ficou com ninguém? - neguei com a cabeça um pouco envergonhada. Eu tinha dezessete anos e nunca tinha ficado com nenhum garoto - caramba você é a primeira garota bv com dezessete anos que eu conheço.

Sophia- os garotos que já conheci não são muito agradáveis - dei ombros - tento manter distância -

sem querer esbarrei com o carrinho na petroleira e caiu algumas coisas no chão - merda! - me abaixei pra pegar e colocar de volta no lugar.

- deixa que eu te ajudo - ouvi uma voz grossa. Ele se abaixou e o encarei.

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