Hot as hell (CS)

• 06 - Mingau de aveia

Oiiii, tô um dia atrasada, mas ok kksksj Boa leitura bbs
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EMMA

Empurro a porta do meu apartamento e solto minha mochila ao lado do sofá.
Arranco minhas roupas e sigo para o banheiro a fim de me livrar da sensação de todas aquelas mãos desconhecidas pelo meu corpo.

A água corrente do chuveiro e o sabonete caro que Elsa me deu, faz com que as sensações ruins escorram pelo ralo. Sinto-me satisfeita assim que minha pele arde devido à tremenda força que uso com a esponja.

Apesar de algumas exceções, acho que o Hot as hell será bom para mim. Os homens dão gorjetas maiores e são mais respeitosos. Eles não dizem sobre querer comer a minha boceta sempre que deposita dinheiro em minha calcinha, eles sorriem e me chamam de talentosa e linda. Fazem com que eu me sinta um pouco melhor com o que faço para ganhar a vida. Não é como se eu tivesse inúmeras escolhas. Sou filha de pais mortos e pobres que mal paravam em casa por conta das internações em clínicas de reabilitação. Durante boa parte da minha infância, fiquei aos cuidados da minha tia Ingrid que se recusava a tirar minha guarda deles para ser minha guardiã legal.

Eu não a culpo.

Ela era jovem e amava a irmã, e no final das contas ela me ajudou muito. Ingrid me pagou aulas de dança e quando insisti para seguir no balé ela disse que seria uma vida difícil e me guiou para ser dançarina em boates, assim como ela foi um dia.

Visto meu roupão e sigo para a sala de estar do meu minúsculo apartamento.
Com as gorjetas poderei conseguir alugar um lugar maior.

Pego o meu telefone e disco o número de Elsa, minha melhor amiga, prima e irmã. Ela não atende, portanto deixo uma mensagem em sua caixa postal.

— Oi, estou ligando para contar como foi o meu primeiro dia. As gorjetas são melhores que as da Kisses. Ligue-me assim que parar de chupar um pau, amo você. – encerro.

Apanho o controle remoto e mudo de canal até encontrar algum jornal chato o bastante que me faça apagar em menos de meia hora. Meus pés doem por ter ficado em pé por cinco horas. Tivemos menos que meia hora para comer alguma coisa e ir ao banheiro. Trabalhar em boates nem sempre é algo fácil. Se eu não estivesse tão cansada teria ficado para beber alguns drinks, talvez Killian pudesse aparecer para me fazer companhia, com aquele corpo atraente e aquele sotaque sexy.

Penso em seus olhos enquanto eu rebolava inapropriadamente em seu colo. No contrato não dizia explicitamente que eu não poderia dançar Lap dance para o meu chefe e sim, que eu não poderia dançar Lap dance para os clientes fora das cabines. Não pensei direito. Killian é um homem muito bonito e cafajeste. Meu radar entre as pernas apitou, eu tive que puxa-lo até uma cadeira e me esfregar nele. Aqueles olhos intensos dentro dos meus. Aquela boca. Aquele pau duro contra a minha...

Levanto-me e levo as mãos até o cabelo andando até a cozinha. Apanho uma garrafa d'água e a viro completamente em minha garganta para me dar algum alívio, mas não acontece nada. Sinto minha boceta piscar. A última vez que senti uma química tão forte e um fogo tão intenso por um cara, eu tinha quinze anos e ele deixou uma camisinha presa dentro da minha vagina. A vergonha que senti ao ir ao hospital para que fizessem a remoção, não se comparou com a vergonha que senti quando o médico a balançou em frente ao meu rosto dizendo:

— Hey! Olha a intrusa aqui!

Reviro os olhos e tenho um sobressalto ao ouvir o telefone tocar. O atendo, mas ouço apenas uma respiração entrecortada do outro lado. Questiono de quem se trata, mas a pessoa não diz nada então desligo e jogo-me contra o sofá.