• 27 - Seja forte

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O corpo de Killian está ardendo em febre. Os tremores e o suor excessivo, mostram que com certeza, nada está bem. Ele está inconsciente. Estou assustada e perdida. Preciso me concentrar para abaixar sua febre. Antibióticos ajudam? O que eu sei sobre remédios? Eu não fico doente há anos, merda!

— O que eu faço, o que eu faço? – Ando de um lado para o outro e de repente uma lâmpada se acende em cima da minha cabeça. Corro para sala e pego o telefone discando o número de Elsa. Ela precisa atender. Precisa atender. Precisa.

Cai na caixa de mensagens.

— Me liga assim que possível, é urgente. Killian não está bem, ele arde em febre e eu não sei o que dar para ele. Não sei se devo chamar a ambulância ou sei lá! Estou nervosa e com medo – encerro.

Respiro fundo tentando acalmar todos os nervos do meu corpo e corro para o banheiro encharcando uma toalha de rosto com água fria e levando até o quarto para colocar sobre sua testa.

— Você vai ficar bem.

Seus lábios estão pálidos. Killian nunca me pareceu tão doente. Tiro a coberta úmida de suor do seu corpo e abro as janelas para que entre um pouco de ar fresco.

O telefone toca. Corro até ele e o atendo ofegante.

— Eu escutei sua mensagem. Quanto de febre?

— Eu não sei, não tenho termômetro.

Ele está tendo tremores ou suor excessivo? Convulsões?

— Tremores e suor excessivo. Eu coloquei uma toalha fria na cabeça dele.

Há quanto tempo ele está assim?

— Uns dez minutos.

De Tylenol ou Dipirona, vá trocando a toalha, se ele não melhorar em uma hora, chame uma ambulância.

— Ok. Obrigada, tenho que desligar agora – encerro.

Sigo os comandos de Elsa, amassando e colocando um pouco de água no Tylenol para derramar dentro de sua boca. Encho uma bacia com água fria e gelo deixando ao lado da cama para molhar o pano a todo instante. Fico de olho no relógio do criado mudo e assopro de leve seu rosto. Nos primeiros vinte minutos, Killian continua da mesma forma, mas assim que o tempo vai passando, sua temperatura vai normalizando. Ele fica morno, o suor diminuí e os tremores param. Quase choro de felicidade, mas me contenho continuando a molhar a toalha.

Killian da seus primeiros indícios de vida, abrindo os olhos bem devagar.

— Oi, você me deu um susto danado – abro um sorrio esticando meus lábios para beijar sua bochecha.

Tiro a toalha morna de sua testa e a molho na água fria torcendo-a e colocando-a sobre sua testa novamente.
Killian tenta se levantar, mas não deixo. Eu seria maluca se deixasse.

— Você precisa descansar – levanto-me do chão e pego meu despertador ajustando os ponteiros para daqui quatro horas – já ajustei o horário do seu remédio. Acho que você não está bem para aparecer na boate hoje.

— Emma, o que aconteceu? – sua voz soa fraca. Quase inexistente.

— Você ficou com febre. Você precisa de alguém para cuidar de você ou será melhor ir para uma clínica.

— Não quero ir para uma clínica.

— Você podia contratar uma enfermeira. Não é muito fácil abaixar febre. Eu tive sorte.

Hot as hell (CS)Onde histórias criam vida. Descubra agora