Capítulo 29

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|Narração Luan|

Quando cheguei mais perto pude ver que era ela sim, mas porque ela está indo embora sozinha? Eu não posso deixar, as ruas são perigosas de noite, ela devia estar bêbada demais pra fazer isso. Parei o carro do seu lado e abaixei o vidro.
— Vem Agatha, te deixo na sua casa... — falei e seus olhos foram de encontro com os meus.
— Eu prefiro ir andando. — negou e voltou a caminhar, liguei o carro e fui seguindo seus passos lentos.
— Eu não vou te deixar ir embora sozinha, é perigoso. — falei firme.
— Mas me deixar sozinha no banheiro masculino você pode não é? O segurança me pegou lá e me expulsou da balada, sabe como foi constrangedor pra mim? — gritou parando na calçada, eu fui um idiota, confesso.
— Desculpa... — foi a única coisa que saiu da minha boca.
— Se não quer foder comigo porque me beijou? Cansei dos seus joguinhos. — revirou os olhos e voltou a andar.
— É mais complicado do que você possa imaginar Agatha! — suspirei. — Entra no carro que a gente conversa.
— Vou entrar porque está meio frio, e meus pés estão doendo... Se não eu não queria nem
olhar mais pra você! — praguejou e caminhou até a porta.
Assim que ela entrou dei partida para um lugar que eu gostava muito de ir para espairecer, era tipo um lugar deserto onde dava pra enxergar toda a cidade, era bom demais pra pensar e pra conversar também.
Desliguei o carro e suspirei olhando para a morena do meu lado, ela não falou nada o caminho todo e sei que agi errado, mas eu não conseguia mais segurar minha vontade de pegar ela de jeito, ela provocou demais nesses dias.
— Eu estou com a Bia há dez anos, somos casados há quase quatro anos... E ela não merece isso. Entende? — murmurei tentando manter paz. — E você é minha aluna, se o coordenador descobre eu perco meu emprego e você corre o risco de perder a vaga no curso. — gesticulei e ela apenas ouvia em silêncio.
— Você pensou nisso quando me arrastou para a porra daquele banheiro? Não né... — disse óbvio com um tom de deboche.
— Eu sei Agatha, você é linda, me instiga demais... Mas nunca vai rolar nada entre a gente, nada mesmo. — coloquei um ponto final em tudo, não quero me tornar um cafajeste.

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