Capítulo 183

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|Narração Beatriz|

Seis meses depois...
Eu odeio o Luan Rafael! Ele tem transformado a minha vida em um inferno nos últimos meses. Sai a hora que quer, volta a hora que quer. Estou sentindo que o meu casamento está igual o da minha amiga Priscila, ela suporta as traições do Gustavo e não se divorcia, mas hoje eu acabo essa história de uma vez por todas.
— Talvez eu não apareça nem pra almoçar, não quero nem olhar pra tua cara hoje. — praguejou arrumando o relógio no seu pulso.
— É? Então vai almoçar na casa de uma das suas amantes, seu filho da puta! — gritei apontando o dedo em sua cara e ele me olhou com os olhos arregalados.
— Amantes? Para de ser louca Beatriz, não tem amante nenhuma. — negou como todas as vezes, mas eu não conseguia acreditar em suas palavras.
— Você sabe que me trai, e mesmo assim nega. Tem que ser muito cara de pau, está igual o seu amigo Gustavo. — cuspi as palavras em sua cara.
— Eu não te traio, que inferno! Você que vive me enchendo o saco e ainda quer que eu fique te amaciando? Me poupe Beatriz! Já foi o tempo que eu era feito de gato e sapato por você. — colocou sua mochila no ombro e saiu do quarto.
O segui em disparada até a sala, eu não suportava mais ouvir suas mentiras esfarrapadas. "Eu estava ocupado", "Ela é só minha aluna".
— Então não vem pra casa de meio dia? Como vou pra faculdade à tarde? — engoli em seco, por mais que eu não quisesse, eu dependia dele para algumas coisas.
— Se vira... Já falei que não quero te olhar hoje mais, enquanto você continuar com suas loucuras eu não vou conversar com você. — deu de ombros me ignorando por completo.
— Amor... Vamos almoçar juntos naquele restaurante que você gosta, vamos conversar e resolver tudo como dois adultos, gritar e brigar não vai ajudar em nada. — falei calma de braços cruzados.
— Você deveria ter pensado nisso antes de dar os teus showzinhos, e tudo por causa de quê? De uma aluna, aluna Beatriz. Eu sou professor, eu tenho mais de cinquenta alunas mulheres, eu tenho que dialogar e conviver com elas, será que da pra você me entender? — disse calmo também, estávamos nos recompondo.

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