Capítulo 35

3.6K 175 2
                                    

|Narração Agatha|

A minha semana foi bem tranquila, o professor mal me olhava, e nem pegava muito no meu pé como antes. Será que minha visão sobre ele estava errada? Ele está se segurando que eu sei.
Amanhã era quinta-feira, teríamos aulas extras, eu achava que sim, então resolvi falar com ele antes de chegar aqui pela tarde e ficar plantada.
Ele saiu da sala e eu o acompanhei, ele não percebeu minha presença, então eu resolvi aumentar meus passos e assoprei em seu pescoço. Ele se virou e sorriu parando de frente para a porta da sala dos professores.
— Agatha... — murmurou colocando a chave na porta para poder abri-la.
— Professor, posso falar com você um pouco? — perguntei juntando as mãos em frente ao meu rosto. Ele riu e abaixou o olhar girando a chave.
— Claro, entra aí! — falou abrindo a porta.
Ele largou a mochila na mesa e se sentou conectando seu notebook no carregador, me sentei na cadeira de frente pra sua mesa e respirei fundo, eu estava nervosa, mas porque?
— O que foi Agatha? — perguntou me olhando dessa vez.
— Amanhã teremos aulas de apoio ou você já desistiu de mim? — fiz bico, sei que aquilo soou em duplo sentido, mas ele achava que eu tinha parado de flertar com ele, engano seu.
— Sua chefe não vai ferrar com você na sexta de novo? — perguntou rindo, suas mãos estavam apoiada em seu queixo.
— Não, sexta tem um desfile chato na loja, e depois disso estou dispensada. Tudo bem pra você então? — torci os lábios.
Quando ele foi me responder, a porta se abriu e por ela entrou uma mulher sorridente. Ela era alta e magra, seus cabelos eram castanhos claros e ela carregava uma bolsa no ombro.
— Bia... — Luan se levantou com um sorriso no rosto. Então é essa a esposa dele? Eu nem havia notado, afinal, vi eles juntos apenas uma vez em uma palestra.
— Oi amor, eu não tenho as últimas aulas e vim te avisar que vou pra casa de carona. — sorriu forçado e me fitou ali.
— Ah, tudo bem. — Luan disse tranquilo. — Essa é a Agatha, minha aluna. — me apresentou e eu me levantei esticando a mão para a minha sócia.

IndecenteOnde histórias criam vida. Descubra agora