Capítulo 32

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|Narração Agatha|

— O que? — perguntou sem entender.
— Tem um chupão no seu pescoço. — mordi os lábios e fiz uma careta.
— Eu estou muito ferrado, se a minha mulher ver eu serei um professor morto. — se sentou na cadeira.
— Passa uma base ou corretivo, sua mulher nem vai perceber, está fraquinho. — torci os lábios servindo uma xícara de café.
— Obrigado pela dica Agatha. — falou impressionado.
— Que nada Pro... Guto. — soltei um riso fraco.
— Você e o Luan se pegaram ontem? — arqueou uma sobrancelha e eu cuspi quase todo o café da minha boca e comecei a tossir.
— Não... — senti meu rosto queimar.
— Você mente muito mal, mas relaxa... Eu sou amigo dele, não vou dedurar ninguém! — ergueu as mãos como redenção.
— Só nos beijamos, ele se arrependeu por causa da esposa... Afinal, onde as esposas de vocês estão? — perguntei indignada.
— Viajando. — deu de ombros.
— É fácil assim? Só ir viajar e vocês aproveitam? — perguntei e ele torceu o nariz olhando para a xícara da sua frente.
— Não é a primeira vez que eu traio a minha esposa, então... — falou na maior tranquilidade, homem quando quer ser filho da puta ele consegue.
Preferi não falar mais nada, o Guto poderia achar que eu estava querendo me intrometer demais na vida deles, mas eu só queria entender a cabeça de um homem.
Depois de tomar um café com o meu professor e saber que ele não vale nada, fui me trocar para correr. Me olhei no espelho e vi a porta se abrir, era Loma, ela me analisou de cima abaixo com os braços cruzados e sorriu.
— Está gostosa! Vai correr? — perguntou se aproximando.
— Vou sim. O café está na mesa, seu gato já tomou. — sorri sapeca para a minha amiga que tinha uma expressão de satisfação.
— É, ele já foi embora também. — sentou na cama. — O que você acha de tudo isso? — perguntou e eu a olhei sem entender.
— Tudo isso o que? — estreitei meu olhar.
— Ficar com um homem casado que é seu professor, e ele ainda te falar que quer repetir a dose. Eu devo repetir? — torceu os lábios apreensiva.
— Você acha que vale a pena correr esses risco? — perguntei arqueando uma sobrancelha.

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