Capítulo 134

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|Narração Agatha|

— Você está gostosa sabia? Podemos brincar e ninguém vai ouvir... É só você querer. — agarrou meus braços e me prensou na mesa.
Ele era bem mais forte que eu, e mesmo estando com os braços presos eu tentava de todas as formas me debater contra o seu corpo, diferentes oito anos atrás, eu não sou mais uma criança com medo desse monstro.
— Eu vou gritar, me solta! — minha voz estava carregada de raiva.
— Grita, assim sua mãe vai saber o tipo de filha que ela tem. — resmungou passando sua barba nojenta em meu pescoço.
— Solta ela! — ouvi a voz do Luan e logo as luzes da cozinha foram acesas.
— Chegou no namoradinho pra salvar a pátria. — debochou ainda me segurando.
— Solta ela ou... — Everaldo nem deixou ele terminar de falar e o interrompeu rindo.
— Ou o que seu fracote? Vai me bater com esses seus braços de fraguinho? — prensou mais meu corpo contra a mesa.
— Não só ele, mas eu também posso te bater com os meus braços de franguinho. — Guto surgiu na cozinha ao lado de Luan.
— Podem vim... Hum? — começou a rir.
Luan se aproximou dele o empurrando contra a parede, e meteu um murro em sua cara que foi bonito de ver, ele balançou a mão e fez um careta.
— Quem é o fracote agora? — resmungou olhando para o meu padrasto jogado contra a parede.
— Seu miserável... — foi pra cima do Luan, mas dessa vez Gustavo deu um soco fazendo ele cair no chão.
— O que está acontecendo aqui? — minha mãe surgiu na cozinha apavorada e olhou para Everaldo caído no chão com o rosto sangrando.
A dor forte me invadiu novamente e dessa vez senti o sangue escorrendo sobre as minhas pernas, Luan me olhou apavorado e correu em minha direção.
— Agatha, o que está acontecendo? — perguntou me segurando em seus braços e eu mal conseguia falar de tanta dor.
— Eu não sei... Aí meu deus. — gemi de dor igual uma criança.
— Você precisam levá-la para o hospital... — disse minha mãe apavorada.
— Guto, vai ligando o carro que eu vou levar ela no colo. — disse Luan todo atrapalhado e eu mal conseguia ficar de pé.

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