|Narração Agatha|
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— Eu odeio flores! — falei colocando a térmica de café na mesa.
— Aí amiga, deixa essa frieza de lado um pouco. Porque ser assim? — bufou.
— Porque eu não acredito no amor. — dei de ombros servindo meu café.
— Aquele mesmo papo de sempre... — revirou os olhos. — Vou me arrumar!
— Vai mesmo, não vou esperar ninguém hoje. — gritei pois ela já estava no corredor que dava acesso aos quartos.
— Não se esqueça que eu dirijo! — gritou de volta e eu revirei os olhos.
Isso me lembra que eu tenho que fazer minha carteira de motorista e ter um carro logo. Meu celular começou a tocar e era a minha mãe, fiquei surpresa, ela nunca me liga.
— Oi mãezinha! — falei animada e meus olhos marejaram, eu sentia tanta falta dela.
Depois que me mudei para San Diego e ela ficou em Los Angeles parece que meu coração ficou junto com ela, a faculdade que eu queria só tinha aqui em San Diego, então eu me mudei e para a minha sorte conheci Paloma. Eu queria tanto trazer ela pra cá e deixar aquele ogro do seu marido pra trás.
— Oi minha filha! Como você está? — sua voz estava alegre.
— Estou bem mãe, e como estão as coisas por aí? — torci os lábios.
— Estão bem, Everaldo conseguiu um emprego. — suspirou.
— Que bom mãe, fico muito feliz por vocês. — passei as mãos no rosto, pelo menos assim ele colocava comida para dentro de casa.
— E sua faculdade? Como está? — perguntou e eu dei um sorriso sacana, minha mãe não poderia nem sonhar em saber o que eu faço por aqui.
— Está bem, acho que daqui uns dois anos eu me formo. — dei um gole no meu café.
— Estou com saudades meu amor, quero muito que você venha pra cá. — suspirou.
— Assim que as coisas se acalmarem por aqui eu vou te ver, prometo. — sorri e uma lágrima escorreu, que saudade.
— Você está chorando Agatha? — perguntou ela, pude ouvir seu riso do outro lado da linha.
— Estou morrendo de saudade de vocês, só isso... Menos do Everaldo! — soltei um riso frouxo.
— Eu queria tanto que vocês se dessem bem. — disse ela com a voz embargada.
— Aí mãe, é complicado. Eu preciso desligar tá bom? Se der tempo eu ligo depois do trabalho. — falei sorrindo.
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Indecente
Romance"Seu rosto angelical era um convite para a minha perdição. A forma como seus lábios se moviam, de como ele passava a mão na barba enquanto explicava. Ele é muito inteligente. Gato demais. Sua boca me chamava e eu mal conseguia prestar atenção na ma...
