Capítulo 131

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|Narração Luan|

Sonia se aproximou de mim, pegou um copo e encheu de água parando do meu lado. Ela me analisava por inteiro e parecia querer me decifrar, eu estava sem entender, até que o seu olhar parou na minha aliança.
— Essa aliança, é de casamento? — perguntou bebendo a água.
— É... Sim! — respondi desviando meu olhar do céu.
— Você e minha filha estão tendo um caso? — perguntou com a voz falha. — Não mente pra mim, meu marido viu vocês trocando carinhos no quarto. — largou o copo na pia e eu suspirei.
— Dona Sonia, como eu havia dito antes... Somos apenas amigos, nunca aconteceu nada. E eu estava acariciando o rosto da sua filha quando o Everaldo entrou no quarto, eu só estou cuidando dela nesse momento tão delicado, só isso. Ela precisa de muito amor e carinho, eu sinto que não é só o sequestro que a incomoda. — dei de ombros e larguei o pano em cima da mesa. — Tenha uma boa noite, obrigado pelo jantar. — sorri sem jeito e passei por ela indo até o quarto de Agatha.
Assim que entrei a vi deitada na cama com os joelhos dobrados, ela cafungava baixinho e nem me viu entrar. Passei para o outro lado da cama e me sentei acariciando seus cabelos.
— Posso me deitar com você? — sussurrei.
— Claro... — limpou as lágrimas do seu rosto e se sentou na cama me olhando.
— O que está acontecendo? Quer desabafar? Eu estou aqui. — incentivei com um belo sorriso nos lábios.
— Você seria a última pessoa que eu iria desabafar. — riu pelo nariz e eu me senti ofendido.
— Eu sei que nos estranhamos nos últimos dias, mas eu não quero te ver assim Aga... — depositei minhas mãos na sua coxa e fiz um carinho ali.
— Aga? Que apelido é esse? — usou todo o seu deboche, era essa Agatha que eu queria ver.
— Estamos nesse lance a pouco tempo, mas eu sinto que te conheço a anos. — suspirei.
— O que a Beatriz vai dizer de você passar a noite fora? — tirou minhas mãos da sua coxa e se levantou da cama, ela estava toda arisca.
— Agatha, o que você quer que eu faça? — perguntei impaciente, eu estava tentando de todas as formas cuidar dela, mas ela não deixava.

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