Capítulo 188

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|Narração Agatha|

Respirei fundo a encarando, eu não queria brigar com a esposa dele sabendo que o que fizemos não era certo, eu tinha noção que isso viria à tona um dia, mas não ouviria quieta sem dizer um "a".
— Acho que ele prefere as minhas calcinhas do que as suas não é? — já que ela queria fazer barraco, iríamos fazer barraco.
— Eu sempre soube que você não valia nada, sempre percebi o seu olhar gordo em cima do meu casamento. Deve ser por isso que nenhum homem te quer, porque você é uma vadia de carteirinha, você e esse nojento do meu marido se merecem! — cuspiu as palavras em minha cara, e por um impulso eu dei um tapa em sua cara, eu poderia estar errada em ter transado com o seu marido, mas não vou deixar ela falar dessa forma comigo.
Se eu sou vadia, ou o caralho a quatro isso não diz respeito à ela, a culpa não é minha se ela tem um marido safado, sem falar que ela não está com moral alguma, eu sei que ela trai o Luan.
— Eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas você também não é Beatriz... — sussurrei bem pertinho do seu ouvido enquanto ela estava com as mãos no seu rosto.
Certo dia eu estava saindo do trabalho, e como Paloma iria sair com o Gustavo, peguei o ônibus. Eu estava esperando no ponto, quando vi ela entrar em um carro que não era do Luan, e muito menor era ele quem dirigia. Ela beijou aquele homem e se mandou com ele sei lá pra onde. Eu não quis me meter na vida deles, e muito menos falar algo pra ele, mas com certeza ele sabia, suas traições não eram atoa, eu só não sei porque eles vivem em um casamento dessa forma, um traindo o outro sendo que nem tem mais respeito.
— Do que você está falando sua vadia? — praguejou entre dentes me olhando com raiva.
— Você sabe muito bem... Fica se fazendo de esposa traída quando você faz o mesmo com ele. — sussurrei para que só ela ouvisse.
— Cala a boca... — praguejou me fuzilando com o olhar. — Está achando que só porque ele tinha um monte de calcinha sua que você era importante? Olha esse caderno aqui. — gritou mostrando um caderno.

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