PERSEGUIÇÃO.

TARDE DE MAIS .

Helena Narrando...

Abro os olhos devagar para me acostumar com a claridade da luz ,olho para um lado e depois para o outro e não vejo ninguém

Mecho a perna porém a sinto pesada e quando vou puxar o lençol vejo um gesso.

Imagens da noite anterior invade minha mente e eu deixo uma lágrima descer.

Doce e saudosa Rosa.

Amava aquela mulher , eu a tinha como minha mãe , e se eu tivesse ido busca-los nada disso teria ocorrido.

Sim eu me culpo pela morte dea e nada irá tirar isso da minha cabeça.

Deixo as lágrimas vir e quando levanto o braço vejo algumas faixas , que eu apostos que são ferimentos do fogo.

A pergunta que martela minha mente é quem pois fogo na casa , será que Rosa deu um vacilo ou alguém a assassinou.

Não desmerecendo a vida dela mas imagina se fosse o Lucas no lugar dela ? mesmo ao tamanho desespero e problema ela se preocupou em salvar a vida dele , ela deu a vida dele a dela e isso pra mim não tem preço.

- Desculpa Rosa , desculpa , desculpa , droga desculpa.

A quantidade de lágrimas aumenta e eu começo a soluçar.

A porta é aberta e vejo uma enfermeira entrar ela corre na minha direção.

- O que foi ? está sentindo dor ?

Nego.

- Não dor física , mas dor emocional a culpa é toda minha.

Falo para enfermeira e ela me olha com um pouco de pena , ela me da um lenço para secar as lágrimas .

- Eu vou chamar o médico para examinar você e creio que amanhã poderá ter alta.

Assinto e ela sai e eu volto a chorar de novo.

Minutos depois o médico solicitado por ela chega e me examina.

- Alguma dor ou incômodo ?

Nego.

- Sono ou cansaço ?

Nego.

- Você sofreu queimaduras leves nós braços e pernas , ingeriu muita fumaça tóxica então vai ser normal você ter uma tosse chata , e precisa ter repouso absoluto .

Assinto.

- Hoje você ficará em observação e amanhã se estiver melhor pode ter alta.

Sorrio pra ele e assitor.

- Tem visita pra mim ?

Pergunto e ele nega.

- Eu os liberei , disse que não vau ser possível a senhora recebe-los por causa do seu repouso , agora querida descanse.

Assinto e fecho os olhos .

       
                          [...]

Acordo gritando quando tenho pesadelos com o incêndio e os gritos da Rosa ecoam em minha cabeça.

- Xiii , calma .

Alisam meu cabelo e vejo ser a enfermeira.

- Foi só um pesadelo querida.

Aos poucos vou me acalmando , ela me da um copo de água e um comprimido .

- Tem parentes seus lá fora , está bem para recebe-los ?

Assinto.

Ela sai do quarto e eu fico olhando para o teto .

- Meu Deus , que preocupação.