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João Gabriel

Fui chegando mais perto e vi o menino caralho o menino tá grandão papo reto.

Quando vi ele pela última vez foi quando ele tinha acabado de nascer fui lá entregar a meta pra ela e fui obrigado a conhecer a criança.

Depois disso não fiz questão de ter contato, uma criança atrapalha muito a vida de alguém ainda mais nessa vida que eu levo.

JG: E ai, beleza? Porque trouxe o menino mano? – Perguntei desconfiado.

Quando olhei a criança era eu cagado e cuspido a mim, o olho a boca e o nariz.

Lembrei na hora as fotos de quando eu era criança que minha mãe me mostrava.

Vitória: Vou deixar com quem se ele não tem com quem ficar? Ele não fica com ninguém além de mim. – Disse com a voz cansada.

JG: Cadê sua mãe ela não te ajuda? – Perguntei curioso.

Vitória: Minha mãe tá doente quero conversar com vc sobre isso mesmo! Caramba porque você demorou pra pagar a pensão do menino dessa vez? Sabe que sobrevivo disso cara, já não basta não me ajudar na criação.

JG: Vai ficar apertando minha mente não mano, a meta já tá aí... Eu também tenho problemas mano e contra tempos!

Vitória: Arthur cumprimenta o seu pa.. – Parou –  Tio João, Arthur comprimenta ele... – Disse virando o menino na minha direção.

O menino todo tímido olhou pra mim e deu um "Oi" e se enfiou no cabelo da mãe todo com vergonha.

Ate que é bonitinho mas filhos agora não dá!

Vitória: Então JG vc sabe que além do dinheiro nunca te pedi ajuda nos cuidados e na convivência com o nosso Arthur. – Disse com receio – Mas agora as coisas mudaram preciso que você olhe ele pra mim durante um tempo, vai ser pouco tempo. – Disse ajeitando o menino no colo.

JG: Como assim filhona tá doida é? – Disse nervoso. – Não posso não tenho meus compromissos e além do mais não foi esse o combinando. Disse que ajudaria com a grana e só, e além disso você concordou!

O muleque sem entender porra nem uma no colo da mãe olhava pra nós curioso e assustado com o tom da conversa.

Vitória: JG escuta bem preciso ir pra São Paulo levar minha mãe, ela teve câncer a alguns anos atrás fez tratamento e tudo. – Disse com a voz trêmula. – Mas agora ele voltou com tudo de novo e minha tia arrumou um hospital em São Paulo pra ela poder realizar alguns exames. Foi difícil de sair a vaga mais saiu! No momento em que eu precisei todos me abandonaram inclusive você, nem se quer repensou... Ela mesmo que contra gosto sempre esteve comigo, chegou a hora de eu ajudar e retribuir né. Vocêc acha que eu gostaria de deixar meu filho com uma pessoa que ele nunca conviveu? – Disse nervosa. – Só estou te pedindo isso porque é um caso de necessidade e se fosse sua mãe o que vc faria? Porque eu tenho que ajudar a minha e com uma criança e uma mãe doente fica difícil.

JG: Não tem como levar ele não? Eu aumento a meta pra você e outra ele já tá grandinho nem trabalho dá cara!

Meu que troço que eu fui me meter eu sentia que um dia teria problema com eles.

Vitória: Não tem como levar por isso tô aqui me humilhando te pedindo isso... Porra, caralho o que eu faço? Prefere que eu deixe o seu filho com um estranho! – Disse gritando.

JG: Tá maluca? Eu quero o melhor pra ele cara, as vezes pode não parecer  mais eu quero... Mas quantos dias vc vai ficar por lá?

Vitória: Uns 15/20 só no máximo só tempo dela fazer os exames pegar o resultado e passar no médico. – Disse seria.

JG: Caralho vai toma no cu mané, já comecei o ano se fudendo. – Disse rude. – Beleza então, Vitoria semana que vem eu te ligo e agente vê esse b'oo aí beleza?

E o pior que o menor não parava de me olhar e eu também tava admirando ele.

Vitória: Você não tá é bem né? Vou viajar daqui 2 dias querido! – Disse seria.

JG: Aí meu caralho, tú também não ajuda né... Tá bom, tá bom!! Então faz o seguinte leva ele lá em casa amanhã, vou tentar dar um jeito arrumar alguém pra me ajudar.

Vitória: Vc não é casado? – Disse curiosa.

JG: Quê tá doida mina? Lógico que não o pai aqui tá na pista sempre, nada mudou! – Disse rindo.

Vitória: Áh tendi, então amanhã te levo ele e as coisas dele também, vou te explicar como são as coisas ele é muito bonzinho não dá trabalho, né bebê ? – Disse rindo pro menino.

Tirei a meta do bolso e entreguei pra ela ele me olhava de um jeito engraçado.

Deus me livre cuidar de criança só vou ajudar porque não quero ficar com morte de veia chata nas costas.

Se ela não ajudar a mãe e a coroa morrer saporra vem puxar meu pé.

Então beleza, até amanhã! – Disse subindo na moto e me despedindo.

Vitória: Da tchau pro Tio Arthur... fala pra ele que até amanhã. – Ela disse e ele riu.

Arthur: Tau titio! – Disse acenando com a mãozinha pequena.

To fudido tomei um tiro no cu, sem vasilina e com areia! Vou ter que recorrer alguém mesmo, nmrl...

Subi na moto e sai voado, não me veio outra pessoa na cabeça a não ser a Tamara.

Conheço várias minas mas não confio em nenhuma em um piscar de olhos a favela toda ia estar sabendo desse b'oo aí.

Tava distraidão que quase atropelei o Yure que se jogou em frente a moto acho que ele não viu eu passando, chifrudo doidão.

Cheguei na porta da casa dela já gritando.

JG: Tamara boota a cara aí, ooooôh Tamara! – Disse gritando olhando pra janela.

Ela abriu a porta com cara de assustada acho que já tava dormindo mas foda se

Tamara: Oi garoto, que esse escandalo porquê você tá gritando o que aconteceu? – Disse desconfiada.

JG: To com um b'ooozão aí pra resolver e você tem que me ajudar – Disse sério, abrindo o portão e entrando na sala. – Antes de ficar falando merda escuta toda a história, Jaae? – Disse se sentando na cadeira. – Tem alguém aí ou você tá sozinha? – Disse desconfiado.

Tamara: To sozinha minha prima saiu com o Tadeu, agora eles só vivem pra cima e pra baixo juntos! Mas fala logo o que é? Ficou no meu pé a tarde toda lá no churrasco e não me disse nada e agora aparece assim euein doido!

JG: Eu nem sei como dizer isso pô nmrl mesmo, to preocupado... – Disse passando a mão na cabeça.

Tamara: Fala logo homem, não me deixa nervosa não. – Disse andando balançando a perna. – Se é pedrada taça logo.

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