10 - Cha AeRa esquecia que amar dói.

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Eu tinha uma lista enorme de coisas para seguir

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Eu tinha uma lista enorme de coisas para seguir.

Eram tantas informações sobre como cuidar da menina que, sinceramente, soava impossível em determinados momentos, pelo menos para um leigo em tal assunto, como eu.

Não que eu não fosse capaz, muito pelo contrário, Min Yoongi era capaz de tudo se realmente quisesse, mas por uma questão simples de eu não querer. Era muito responsabilidade. Eu só não estava conseguindo evitar tal responsabilidade.

A Cha AeRa gastou a manhã inteira dedicada a me mostrar como fazia o leite dela, como preparava o banho, como trocava as fraldas, como colocava pra dormir. E eu simplesmente não conseguia assimilar tudo, me dava sono e cansaço só de ver como era difícil cuidar de uma criança.

Depois das três da tarde eu saí de dentro de casa para deixar a Cha AeRa à vontade para trocar de roupa, era uma casa muito pequena e eu mesmo sabia como era ruim se arrumar dentro de um banheiro pequeno e sem privacidade nenhuma, então dei-lhe alguma privacidade.

Fiquei encarando a bela vista de Seoul, o sol ainda brilhava forte, mas abriguei-me na sombra que a própria casa fazia, a brisa não passava de um leve sopro que assanhava os meus cabelos, agora negros.

Suspirei.

Na verdade toda essa melancolia que não me largava, poderia virar uma bela música, se ao menos eu tivesse meu piano aqui para tocar algumas notas, talvez eu transformasse o choque em música e depois em superação. Eu estava sentindo falta de absolutamente tudo, mas principalmente de escrever e produzir minhas músicas.

A música me movia, era como minha gasolina, graças a ela eu tinha tudo o que tinha hoje em dia e estar afastado da coisa que eu mais amava fazer no mundo todo, estava sendo um pouco difícil, fora todo o resto isso estava sendo particularmente mais difícil de encarar.

  -Estou pronta - a voz da Cha AeRa vindo detrás de mim, chamou minha atenção. Me virei para encarar ela, que usava uma camisa branca social e uma calça jeans, seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo e até mesmo maquiada ela estava. Pelo visto ela queria mesmo impressionar.

Ela segurava a menina no braço tão intima da criança, quase como se... quase como se fosse a verdsdeira mãe dela. Eu me perguntava se isso era algum tipo de extinto materno estranho ou se era algum tipo de hormônio que agia em seu corpo, me perguntava também qual seria a reação dela quando finalmente essa criança voltasse para os verdadeiros pais. Porque mais cedo ou mais tarde isso ia acabar acontecendo.

  -Você entendeu? - ela perguntou.

  -Que? - indaguei, eu estava perdido em pensamentos e por isso mesmo não tinha ouvido ela. Ela rolou os olhos entregando a menina para que eu pagasse e eu o fiz.

  - Qualquer problema não hesite em chamar a minha tia entendeu? - seu tom autoritário me fez rolar os olhos. Francamente ela achava que eu era quem? Tudo bem que eu mesmo duvidava da minha capacidade de cuidar da menina, mas também não era pra tanto.

Is That My Baby?Onde histórias criam vida. Descubra agora