Capítulo 5

1.1K 73 0
                                    

Cheguei até meu Iate particular, onde geralmente faço negócios, e recebo mercadorias importadas de grande importância sentimental para mim. Não, não são drogas, são presentes de ex- amantes,  ou, melhor, parceiras sexuais que já tive pela Europa, América Latina e África (Na República de Congo e Marrocos).

Enquanto olhava a caixa de charuto cubano que ganhei de Natal, de uma belíssima professora de artes cubana que me relacionei por alguns preciosos meses, recebo uma mensagem dizendo: "Estou aqui fora." Era o Bruno. Levantei e fui recebê-lo.

— Olá. Entre. - Sorri timidamente.

Servi um copo de uísque gelado a ele, e sentamos no lado de fora, enquanto meu piloto dava a partida.

— Posso te perguntar uma coisa, Bruno? - Eu estava virada de costas, brincando com uma faca, após eu cortar um limão ao meio para pôr no meu drink Martini.

— Deve, você manda chefe! - Falou eufórico, sem medo ou desconfiar de nada.

— É, parece que não ando mandando muito... Pra ser uma chefe, ao seu ver, não é?! Te farei uma única pergunta... Você pensa que sou otária? - Me virei em direção a ele, sorrindo diabolicamente.

— O quê? Claro que não! Por que eu acharia isso? - Cruzou os braços, e percebi que estava ainda tranquilo com tudo isso.

Então resolvi ser mais estimuladora e certeira com minha pergunta, e com a faca na mão direita, num ato veloz, finco o objeto cortante na mão dele que estava livre na mesa. A faca prendeu, uniu, a mão dele a mesa. Obviamente saíram gritos de uma dor agonizante.

E parece que finalmente, vi no olhar dele, medo de simplesmente só me ver... Olhando para o desespero até comovente dele, como se eu fosse a pessoa que controlasse a vida dele.

— Parece que agora podemos falar mais sério e com mais sinceridade, não é? - Comentei zombando. Apertando mais a faca na mão dele.

— Do que está falando??! Por favor tire essa faca daqui!! - Começou a chorar, pobrezinho.

— Você mentiu pra mim, sabe o quanto isso é grave pra mim? Disse que não tinha feito nada a garota do Iphone X!

— E não fiz! Foi difícil me controlar... Ela é gostosa demais, mas, não fiz nada demais! Só passei a mão nela.

Não sei o que deu em mim quando acabei de escutá-lo, mas, rapidamente fui no pescoço dele, e torci, como se fosse um frango, e quebrou como se fosse um osso de frango. Pena ele agora não ser um sobrevivente, para poder aumentar ainda mais minha reputação de tirana. Tirei a faca da mão dele e comentei.

— Pronto, agora sim, tirei a faca da sua mão, estava desconfortável né. - Tirei foto dele, e mandei pro meu grupo de aliados ao crime organizado e as facções que também me servem como proteção.

Com a seguinte mensagem: "Isso é o que acontece com quem tenta me trair e quando perde o respeito comigo. Agora se me dão licença, tenho um drink Martini a terminar."

— Capitão, você viu alguma coisa?

— Não senhora.

— O que aconteceu a esse pobre homem?

— Se matou... - Sua voz era trêmula. E estávamos perto de uma ilhazinha particular, bem longe do porto, que eu costumava jogar os corpos dos traidores, mas com esse escolherei outro destino... Pelo que fez a filha do meu aliado.

Virar comida de pássaros carniceiros, é uma bela escolha, porque era assim, que vejo traidores. Vi o medo no olhar de Manoela, por minha culpa, minha culpa! Andei em círculos na parte externa do Iate, bebendo meu drink, sentindo remorso imenso, por ter visto medo naqueles olhos tão vibrantes e chamativos. Peguei a faca, e dei um monte de golpes na face do meu ex-parceiro,  estava furiosa, e enquanto eu fazia isso, sentia essa adrenalina esquentar meu corpo todo, e um prazer inestimável. Deixei comigo um pedaço do dedo dele, que continha um anel de ouro, que dei a ele.

— Agora está parecendo uma obra de arte... E feita por mim! -Comecei a rir e assim imediatamente, joguei seu corpo no mar.

Após fazer isso minha raiva foi embora, e assim, bebi mais ainda, servi um uísque sem gelo inúmeras vezes, e acendi um baseado.

— Capitão vem cá, limpe essa sujeira que fiz...

— Sim senhora... Com pano? - Falou quase gaguejando.

— Óbvio seu idiota! De preferência branco, para ficar vermelhinho. - Sorri gloriosamente.

— Sim senhora.

— Você se costuma, vai ganhar mais dinheiro por ter me obedecido, relaxa. Agora vou pilotar, quando acabar de limpar, sirva-se. Vou pôr uma bela Ópera clássica italiana para nós.  - Pisquei a ele, e massageei seus ombros tensos. — Gosta de ópera também capitão?

Sorria e dançava em círculos na direção da condução volante do Iate. Ele balançou a cabeça afirmando que sim, acabou vomitando ao limpar a sujeira que fiz, depois dizem que nós mulheres que somos frágeis!

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora