Capítulo 31

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—  Quero te contar uma coisa Lia... Eu estudo ensinamentos indígenas, e, acredito muito no poder que a natureza tem sobre nós. Senti que sua energia ficou mais forte aqui, como se sua alma precisasse desse "remédio" natural e pertencesse a esse tipo de lugar. Aquela conexão que teve com aquele Lobo, só índios norte-americanos conseguem ter. Você conseguiu domar um lobo selvagem, incorporou a energia selvagem dele e reproduziu isso, sem ter ninguém te orientando, há um poder dentro de você, que eu sabia que existia, mas, não sabia a que era destinado... Agora eu sei, seu poder é de cura a animais, não necessariamente apenas as pessoas, você os liberta de seus maiores medos, porque isso já aconteceu a você. E animais são seres espirituais, que despertam muitas coisas boas em nós.

— Você acha isso, de mim? Que tenho poder de cura? E que me conectei a um lobo? -Sentamos na mesa de madeira.

— Tenho certeza... Sua natureza selvagem no mundo humano é abominação. Mas, aqui, o significado é outro, e outro ponto de vista, representa quem você é de verdade. Mesmo que seja assustador, mas, é quem você é. Vou pedir que me diga... A resposta agora, em voz alta, do que vou perguntar. Quem é você, Lia? Porque te vejo lutando contra algo dentro de você.

Quando Manu disse isso, senti um calafrio na pele, e, ela se levantou vindo na minha direção, para me ouvir dizer o que queria ouvir de mim... Foi como tocar numa ferida que nem eu sabia que existia. Meu corpo tremeu e meus olhos se encheram de água.

— Não resista, Lia! Diga! Esse lobo selvagem... O trauma dele, acreditamos ser esse, seus pais foram mortos por caçadores de pele de lobos, e quando filhote conseguiu se esconder e não ser morto. Depois foi resgatado, pela minha organização em defesa do animal selvagem, ficamos sabendo do caso dele, no Canadá, através de conhecidos nossos. No zoológico tentamos adaptar ele, mas, descobrimos que sofria maus tratos, porque como ele era violento por ser assustado e traumatizado, revidaram a violência nele. O que você tem em comum? Diga!!! Não fuja, esse lobo é a chave do seu inconsciente! - Manu massageou a região acima dos olhos, a testa no caso. E meu corpo foi começando a relaxar.

— Eu... Me tornei a consequência de uma sociedade doente, eu sou fruto do meu passado ruim, eu perdi minha mãe! E desde então eu vivo numa mentira só pra conseguir ter uma coisa! Vingança pela morte dela!

Parecia que não era de mim essas palavras... Que saíam tão fortes e certeiras. E enquanto eu dizia isso de olhos fechados, Manu continuava sua massagem, e dizia baixo.

— "Deixo a energia que me atrasa sair, e deixo a cura agir...  Meu consciente está me fazendo resgatar, porque ele é a cura e meu despertar com a energia pura do amor", vai repita comigo...

— Deixo a energia que me atrasa sair, e deixo a cura agir... Meu consciente está me fazendo resgatar, porque ele é a cura e meu despertar com a energia pura do amor... - Comecei a derramar lágrimas.

E Manu, me levantou dizendo uma coisa...

— Agora abra seus olhos e diga, o que sente, ao estar nessa cabana. - Disse segurando meus ombros firmemente.

— Me sinto muito vulnerável comigo mesma.... E estão vindo respostas, que, jamais pensei que tivesse. Meu lugar não é na cidade, meu lugar é onde estiver você, Manu.

— Você escolhe a sua luz, ou, escuridão? Nosso coração simboliza a luz, e nossa mente pode ser a escuridão, nossa maior inimiga... Se não nos tornarmos conscientes do que somos e fazemos ao mundo. E meu lugar também será o teu, o nosso, abrigo. - Falou tocando no coração e depois na testa.

E depois pegou meus dedos, começou a chupar e beijar... Me olhando com malícia e tesão nessa entrega que estamos tendo, fora do normal. Os trovões estavam fracos ainda, assim, como a chuva. E eu falei num sussurro... Com a ajuda do vento frio da chuva que passou nas entrelinhas da janela fechada da velha cabana...

— Eu escolho essa luz que você desperta em mim, quando boto minha boca no seu corpo, belo e cheiroso. - Dei um puxão na cintura dela, e Manu já foi abrindo as pernas e subindo no meu colo.

— Aii... Me devora deliciosamente, senhora Facchini!! - Revirou os olhos, antes de subir em mim.

Nos beijamos loucamente e fui sentando Manu na mesa, ela buscava por minha mão e guiou-a até sua região íntima, seus lábios da sua região intima inchados, estavam pedindo mais e seu clitóris enrijecido pedindo para ser estimulado com amor e devoção... Em invés de atacar, resolvi, fazer diferente.

— Tira a roupa, quero te ver...

Enquanto ela tirava, tirei as minhas roupas, mesmo com abdômen ferido, estava excitada mais do que nunca com aquela mulher. Manu abriu as pernas só que nua dessa vez, como pedi, e fiquei observando seu corpo, por muitos minutos, com um olhar sério e devoto a ela.

Nós mulheres temos que venerar nosso corpo, e venerar por ser justamente a nossa casa mais sagrada. Então... Acabei também me entregando a ela, nessa intensidade toda que fomos permitindo nos dominar.

— Manu... Eu quero que me toque... - Falei isso com minha voz trêmula. Deixei a Joice fazer  e duas vezes só, e demorou para acontecer isso.

Manu desceu da mesa com um olhar intenso e perigoso. E veio caminhando sensualmente... Ela se agachou e mandou eu pôr a perna direita em cima da cadeira.

— E eu quero te provar! Estava louca sonhando com isso! - Pegou forte na minha bunda e comentou. — Senhor, que bunda é essa, que mulher! 

Sua boca veio me engolindo, e eu tremia meu corpo nela, segurei forte no cabelo dela, por mais que seja curto, consegui segurar e massageei-o.

— Que fome...  A minha morena tem... Que boquinha poderosa.  - Sussurrava a ela, tremendo-me toda.

E saber que ela estava também excitada fazendo isso, incendiou nossos corpos, naquela cabana fria e de clima chuvoso. Tentei sair da boca dela, e mais sua língua me consumia... Até que fiquei bem descontrolada. E acabei puxando-a para minha boca, colamos nossos corpos e falei entre o beijo.

— Quero ir na chuva com você, fazer amor. - Segurei forte sua mão e beijei.

Saímos na chuva tempestuosa... E tinha uma bela árvore próximo da cabana, fui com Manu pra lá...

— Vem! - Chamei Manu para me acompanhar.

Ao chegar, peguei-a forte na bunda, e mandei levantar uma das pernas dela em mim. Com a chuva caindo entre as folhas da árvore e ainda assim nos molhando. Coloquei dois ali em seu meio e fui entrando bem gostoso nela, nem rápido e nem lento, aí comecei a falar a linguagem do amor com ela.

— Tá gostoso assim, meu amor? Responda gemendo para a sua mulher... - Minha mão desocupada estava apertando sua bunda redonda.

— Uhummm, muito gostoso... Vai acaba comigo meu amor, isso!! - Falou mordendo a ponta do dedo indicador dela.

Que delícia ver a expressão dela em êxtase puro, com essa energia sexual nossa... Sendo passada de uma a outra. Dava pra ouvir o barulho das estocadas que eu fazia nela, a gente se beijava e gemidos sendo abafados a meio do beijo quente que rolava entre nossas bocas. Manu não aguentou abafar mais seu tesão.

— Aii caralho... Que desgraçada, você é! Me deixando louca de vontade de te dar meu sexo!

Mais eu fui nela excitada e Manu acabou na intensidade do ato, me dando um tapa bem gostoso na cara. Olhei nos olhos dela, e falei no ouvido.

— Parece que temos uma outra selvagem aqui...  - E apertei o bico do seio dela.

— Aiii Liaaa! Não quero que saia de dentro de mim! Não quero que esse momento acabe e nem esse tempo! Está tudo tão forte e gostoso aqui com você! - Ela gemia e falava comigo manhosa ao mesmo tempo, me olhando apaixonada.

Acabou que, de tanto dedilhar nela, ficamos moles, quase sem força alguma no corpo, e mesmo chovendo em nós, nos suamos e nossos corpos estavam pegando fogo! Que poder vulcânico é esse! Que nem a chuva consegue apagar?! Acho que Manu e eu, só iremos foder a partir de agora, porque somos um perigoso sozinhas no mesmo lugar.

E, me sinto segura com ela, vou acabar dizendo, quem eu sou... Realmente.

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