Capítulo 42

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— Seus desgraçados! - Desarmei um deles, e, apontei o fuzil na cabeça do que me deu socos no rosto.

— Solta ele, sua filha da puta! - Ficou com medo de reagir. Sorri com uma frieza notável.

E rapidamente atirei nos dois, e, depois torci o pescoço deles, conseguindo arrancar uma das cabeças deles. Muitos viram essa cena, e fiquei rindo insanamente. Coloquei a cabeça do moleque debaixo do meu braço, pingava muito sangue do pescoço na minha roupa e pé, deixando rastros de sangue.

— EU QUERO FALAR COM O RESPONSÁVEL PELA MORTE DE MARIA DA SILVA! SENÃO EU TACO FOGO NESSE LUGAR, ATÉ ENCONTRAR QUEM EU QUERO.

Meu rosto estava sangrando, mas, nem senti nada, aparece o chefe do morro, acompanhado de seus marginais.

— Chefe Lia! Parece que meus rapazes não se deram bem com você, o que você manda pra mim? Bora negociar, sei que tem uma ótima proposta pra mim.... Não ia se expôr assim, você é bem inteligente.

Joguei a cabeça de um deles, na beira do dono do morro, até ele ficou impressionado.

— Onde está, quem matou minha mãe?

— O que ganho com isso? - Olhou intrigado.

— Eu tô deixando a liderança do meu tráfico de drogas internacional. E vou te dar os lucros milionários da minha empresa, tudo em dinheiro vivo, em forma de dólar. Mas, vou querer algo a mais...

— Fala chefia... - Falou bem interessado. E com respeito.

— Quero que espalhem a todos, que fui morta.... Vou pedir que atirem em mim, em pontos estratégicos e filmem.

— Precisa disso tudo!?

— A polícia federal tá de olho em mim. E sei que você queria meu fim, Vanderson.

— Não queria seu fim... Queria você  largando o cargo de chefia. Meus caras devem ter passado a ideia errada.

— Hmm. Então fica combinado? Vou precisar do número da sua conta.

— Já é, já é neguinha, é noix. Pode ir caçar seu troféu, na tranquilidade aqui na minha favela. Ele tá trabalhando hoje como ajudante de mecânico, logo descendo essa reta do morro. - Entregou o número da conta dele.

— Irei fazer uma visita... Com licença. - Sorri vitoriosa.

Fui caminhando em passos rápidos, e, em cinco minutos estava lá. E já chego perguntando.

— Quem é o ajudante de mecânico aqui? - Só podia ser o homem mais velho. Na época ele tinha vinte anos.

— Sou eu. - Quando olhei nele, meu sangue chegou a ferver.

— Gostaria que fosse ver minha moto... Falaram que você é o mais experiente.

— Onde está sua moto?

— Está aqui seu desgraçado!

Puxei a pistola e mirei acertando na boca dele. E acabei matando todos os outros que ali estavam. Fui surpreendida detrás de mim, por dois traficantes.

E meteram bala em mim... Só consegui me ver caindo no chão, ficando desacordada.

Horas depois... Sinto mãos em mim, mas, minha visão estava desfocada.

— Temos que correr com ela, pra fora daqui, vamos! Dê cobertura, temos que usar a trilha na mata. Tem um jato esperando por nosso resgate. Aguente firme chefe. A polícia está trocando tiros com nós, também.

— Manuela... Joice... - Falei num tom rouco e falho. Estava quase ficando inconsciente de novo.

Ouvia-se muito barulhos de tiros... Parecia que estava acontecendo uma guerra. Foi tudo bem orquestrado, não me mataram, só me deixaram gravemente ferida, mas, me declararam como morta. E eu estou, a partir de hoje.

Lia Facchini... Morreu. Só conseguia pensar nas minhas mulheres... Porque eu estava a sair do Brasil, naquele momento inoportuno e de crises tanto política, quanto de segurança pública. Dois aliados meus, irão me levar embora. E cuidar dos meus ferimentos das balas, antes que entrem na corrente sanguínea. Dei sorte, de que pegou apenas dois tiros na região da costela direita, e, dois de raspão no ombro. Foram em regiões estratégicas, que, atiraram em mim, segundo aliados meus, disseram depois.


Tchau Brasil...

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora