Capítulo 45

289 27 0
                                    

(LIA FACCHINI, NARRANDO):

Estava pesquisando sobre mulheres que lutam Krav magá. Para quem não conhece é um tipo de técnica vinda de Israel. Não é conhecida como arte marcial, e sim, uma defesa pessoal, é a única reconhecida como defesa pessoal.

— Jasmin... Além de ser uma lutadora de Krav Magá, é uma ativista anti-petrolíferas norte-americanas. Interessante, vou convidá-la para uma entrevista, sua origem é da capital Lisboa, em Portugal.

Eu aluguei uma casa de campo simples aqui no interior de Portugal (já estava tudo planejado, com antecedência), senão me engano paguei um valor barato no aluguel. Assinei um contrato de locação por seis meses mais ou menos.

"— Alô? Jasmim? Ainda busca por emprego? - Perguntei.

— Sim. Ainda busco. Seria para qual função?

— Segurança particular. Assinaria sua carteira e te pago 3.000 por mês. E é pra semana que vem. Gostaria de te conhecer primeiro...

— Aceito. Posso estar indo ainda hoje, se quiser.

— Ótimo. Venha pela tarde... E pode ser num local público de sua preferência de quiser. Moro no interior, na região das montanhas, te passo o endereço.

— Combinado, estou a anotar a sua localização. - Ela tinha um sotaque engraçado.

Desliguei a ligação, e, fiquei ansiosa... Com essa contratação. Estava surpresa comigo, nenhuma vontade, compulsão, de matar alguém, parece que minha mente acabou encontrou uma certa paz. Decidi sair pelas ruas, mas, quando me olhei no espelho, já optei por uma grande mudança. Raspei todo meu "Black"... É isso mesmo, passei a máquina zero, chorei um pouco, afinal meu cabelo, era minha identidade cultural, minhas raízes.

— Olha veja só... Quem é essa nega bonitona aí? - Brinquei depois de ver meu reflexo, pós raspar meu cabelo.

Estava diferente, mas, receio que tenho que mudar mais... Através de uma realização cirúrgica, na região dos lábios, nariz, e afinar mais o meu rosto.

— Meu novo nome será... Sarah. De Saara. - Olhava da varanda, buscando encontrar Manu ou Joice dali acenando pra mim com as crianças ao lado delas.

Resolvi conhecer melhor essa pequena propriedade que aluguei. Inclusive uso agora um turbante na cabeça, estava com passos sem pressa, observando cada detalhe daquele lugar sem vida alguma por perto, era disso que precisava, mas, me causava certa aflição essa quietude demais, pois era somente eu e minha mente. Ainda bem que a Jasmin não demorou muito a comparecer e aproveitei para conversar bastante com ela sobre toda minha situação...

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora