Capítulo 3

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Acordei no dia seguinte com Carina nua ainda dormindo virada para o meu lado, as luzes intensas do sol, marcavam seu corpo. Beijei a curva da sua cintura, e vi um sorriso meigo surgir dela instantaneamente.

— Vou ter que ir resolver umas coisas na rua, tá bom meu bem? - Comentei ansiosa.

— Já vai me deixar? - Carina espreguiçou seus braços, deixando seus seios vulneráveis e disponíveis para minhas investidas neles.

Não resisti e lentamente coloquei minha boca na ponta de cada mamilo, intercalando e saciando os dois. Você nunca sabe quem realmente sai saciada numa relação sexual lésbica, porque há uma delícia de intensidade em ambas partes de nós mulheres que, se torna até um perigo duas mulheres sozinhas numa cama. Sempre fui louca por mulher, nunca desejei homens, claro que já fiquei, mas, não por desejar.

Tirando a minha vida do crime, sou uma pessoa normal como qualquer outra, ou, pelo menos tento ser... Infelizmente para uma vida normal social, não sou muito boa, pois, tenho sangue frio, e pouca empatia pelas pessoas. É o famoso caminho para ser uma psicopata perfeita. E psicopatia não é só ter sede por matar não igual muitos pensam, eu me encaixaria na pessoa narcisista com tendências psicopatas porque nunca matei ninguém diretamente, eu mando matar... Mas, se for preciso, mato, para representar poder através do medo, afinal o mundo do crime funciona assim, não é essas mil maravilhas que vemos nos filmes, que os chefes tem uma vida tranquila e tudo. Hollywood é uma farsa.

Na vida real estamos sobrevivendo, nunca sabemos quando estaremos vivos, por mais segurança que achamos ter pelo poder que temos, o poder atrai mais gente de poder, e geralmente junto disso, vem o emprego da tirania, tortura e crueldade extrema. Eu diria que para uma mulher estou bem perigosa, pois essas três características se aplicam em mim. Pode não parecer (afinal não demonstro a quem sou íntima), mas, eu sou bem tirana.

Os homens me temem, pelo que já ouviram falar de mim, e não queiram saber o que já fiz para chegar no auge que estou hoje e ser uma líder criminosa de respeito nacionalmente e internacionalmente, minhas mercadorias vão até pra fora do País, conheço até sucessores de grandes poderosos chefes do tráfico na América latina, a filha de Pablo Escobar por exemplo, já até nos envolvemos sexualmente, quando precisei ir na Colômbia fazer negócios com aliados dos negócios dela.

— Como você é gostosa, Carina. Fique o tempo que quiser na minha cama, agora realmente tenho que ir. - Desloquei minha boca dos seios dela em direção a sua testa.

— E você é a mulher mais intensa que já conheci Lia, nossa! Fico louca por você em mim. - Falou num tom satisfatório.

Adoro mulheres assim, manhosas, carinhosas, carentes, que saibam ser o oposto do que eu sou realmente. Levantei da cama e rapidamente tomei um banho, pensando em que forma eu mataria o Bruno. Mas, primeiro devo ir atrás da filha do Deputado Jonas, entregar o iPhone dela. Peguei um carro comum, e fui.

Deixei meu carro longe do ponto de vista e fui caminhando até a Universidade. Havia um fluxo intenso de estudantes, perfeito mesmo para furtar, mas, acho que isso é um papel inferior, para mim, ou seja, quem mais pratica são os usuários que necessitam, dependem, das minhas drogas.

Pedi informações ao segurança da Universidade que estava rondando o local naquele momento em que entrei.

— Bom dia senhor, fiquei sabendo que a filha do deputado, foi assaltada próximo daqui, a insegurança está tensa nesse nível por aqui?! Estou com medo. - Quase que falho na tentativa de interação social como uma boa cidadã preocupada com o próximo.

—  Não conta pra ninguém o que vou te falar, mas,  parece que quase foi estuprada também, ela está amedrontada.

— O QUÊ? - Essa sim foi uma reação real minha e sem fingimento, aquele desgraçado vai morrer por minhas mãos! Mentiu para mim, é morte. — E onde ela está? Pode estar precisando de ajuda psicológica.

— Costuma ficar na biblioteca, seria muito bom um apoio mesmo. Mas olha, deixa quieto, o deputado mandou não falar sobre esse pequeno detalhe a ninguém. - O segurança saiu, e quando eu ia procurar pela garota, tomo a iniciativa de olhar para entrada da Universidade, eu a reconheci e vi sair do carro.

Abordei-a, quando estava caminhando abatida rumo ao destino rotineiro exaustivo.

— Ei, moça... Consegui recuperar seu celular. Eu estava do outro lado da rua, segui o assaltante e soquei ele na porrada.

Imediatamente ela tomou susto. Também cheguei igual um vulto do lado dela, tenho que agir menos com comportamentos perigosos, e silenciosos, nesse mundo onde pessoas convivem nas sombras do seu medo.

— Quem é você? - Percebia medo no seu olhar. E que não tinha dormido direito, ou, pior, que não tivesse dormido. Senti pena por uns instantes.

— Perdão por chegar assim, te assustei né. É que imaginei que precisasse do seu celular de volta. Meu nome é Lia e o seu?

— Meu nome é Manoela... - Percebi que ficou mais tranquila no seu tom de voz. — Quer quanto em dinheiro? Por ter feito isso por mim... Sei que sabe de quem sou filha, e quer dinheiro em troca, pessoas são assim, e só me vêem assim aqui, então fala logo.

— Eu quero saber mais sobre você... Seria capaz de me conceder isso em troca? - Fiquei curiosa com seu temperamento forte e direto, devo até admitir que me balançou.  E a desgraça é mais do que gostosa pessoalmente, ela é um diamante mesmo.

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora