Capítulo 35

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— Manuzinha... Você é... Maravilhosa... - Gemia falando meu nome que gostoso... É o gemido de uma mulher

— Nossa, Joice... Que b.... Gostosa. - Falei, após me encontrar com os lábios umidos de seu sexo cheiroso.

— Hmm! Me beija... Vem amor..

Trocamos beijos com muita língua, e um fogo incendiava nossos corpos, fiquei encostada na banheira agora, e ela, sentou na minha coxa, alisando minha virilha, já me arrepiando toda.

— Deixa eu colocar agora, minha boca em você, e sentir seu gosto. Já que a Lia te provou e enlouqueceu, quero também. - Olhou-me quase que de forma fatal, naqueles intensos olhos claros dela.

Joice me chupou deliciosamente, havia uma delicadeza na forma que movimentava sua boca em mim, que me levantou fortes suspiros e fazendo pulsar mais forte meu coração.
Mordia a ponta dos lábios empregando uma leve agressividade no ato, e, enquanto isso, Joice brincava de me fazer delirar.. Mas se eu for chegar a esse ponto e liberar todo meu prazer, será também pela Lia. Por mais que aquela canalha, não mereça!

.— Ahhhh! Impossível controlar meu tesão, com um oral desses! Aiii! Joice! Por favor....

Parecia que a ruivinha era viciada em chupar, porque, não queria largar o meio das minhas pernas de jeito nenhum e eu achei excitante isso. Lembra a fome que a Lia teve de mim, ao me satisfazer. Mas, infelizmente, acabei lembrando do que fiz, perto da hora de liberar minha energia sexual as investidas da boca poderosa da Joice.

— Pare! Por favor... Eu não estou conseguindo... Desculpa.  - Levantei e saí nua, molhada, com minhas roupas em mãos.

Quando ela se manifesta... Antes que eu saísse do banheiro.

— Manu! Espera... Vai! Eu que peço desculpas, por achar que seria com isso, que iria te fazer relaxar. Que tal só conversar, ou, sair para ver alguma apresentação musical, ou, teatral?

— Eu gostei da nossa intimidade sexual demais, e quero tentar outra vez, mas, não por agora, por mais que você seja um tesão em mulher. - Sorriu tímida, quase ruborizada, demonstrando levemente uma vergonha, muito fofa.

— Você topa sair comigo?

— Claro. Acho que me fará bem, afinal. Onde iremos? - Tentei parecer meio animada com o convite.

Minha consciência, como pessoa, como humana, estava brigando comigo de forma gritante, com meu ato tão impulsivo e cruel. Mas, aquilo ali, seria qualquer ser humano em uma sobrecarga absurda, como a minha, ou, era ele, ou, era eu e a Lia. Escolhi a mim e Lia. Achei estranho o comportamento do meu pai, parecia que já se conheciam.

— Vamos numa peça teatral, Lia estará lá e nos convidou.

— Não estou falando com ela.

— Não será necessário falar. E não iremos ficar próximas, só vamos aceitar o convite e sermos comportadas moças.

— Lia irá sozinha? - Perguntei e ela sorriu com malícia.

— Lia nunca está sozinha... Vamos, agora precisamos nos arrumar, nós mulheres demoramos muito a se maquiar, para chegar a dizer "estou gostosa."

— Joice, você já é gostosa. (Risos)

Trocamos mais beijos, e em cada encostada da boca dela na minha, mais eu lembrava das minhas transas com aquela maldita, que roubou toda minha paz e conforto!

Horas mais tarde... Um motorista da Lia, vem nos buscar, vou acabar ficado mal acostumada com isso, e nessas horas todas que passei com a Joice, ela e eu conversamos muito sobre o que eu fiz, e, o que a Lia já fez. Aí quando entramos no carro, ela acrescentou mais detalhes da nossa conversa.

— A Lia... Tirou a Carina das drogas, mesmo sendo uma líder de organização criminosa, tinha consciência de que a dependência química disso é degradante e fatal. E ela amava a Carina, tinha um futuro promissor pela frente. Não sei como Lia conseguiu transar contigo...

— Por quê? Por conta do luto dela, a essa mulher?

— Olha Manu as pessoas pensam que criminosos são tudo raça ruim e monstros, eu pensava também isso da Lia, pelas crueldades que fiquei sabendo. Mas vi, que essa violência que ela se espelha é fruto do passado que viveu, quantas pessoas são assim, como a Lia? E a sociedade fingi não ver, achando que isso é só problema do Estado. Não é! É fruto, de uma consequência doentia do passado da nossa sociedade. É só voltar alguns anos atrás, uns cento e pouco anos, após a abolição da escravatura, onde os negros foram jogados? A sociedade, não os reconhecia como seres humanos livres e aptos para viver no mesmo nível de igualdade. Nós brancas, não fazemos ideia do que é o racismo e a dor que devem sentir por até hoje, ter, o peso da liberdade deles. Lia é só mais uma, desses seres humanos, que foram jogados numa favela e vivia numa violência que não era dela. - Joice dizia chorando tais palavras.

Acabei me emocionando também e conclui.

— Vamos salvar a Lia, juntas. Mostrar um mundo diferente do que ela viveu.

— Porque você acha, que eu engravidei? Pra poder salvar a Lia, através desse amor, a família. E se eu morrer, durante o parto, porque meu médico obstetra disse, que minha gravidez é de risco, principalmente por ser de gêmeos univitelinos. Quero que cuide da Lia e das minhas crianças que eu for dar a luz.

— Não diga bobagem! Jamais deixarei algo de mal te acontecer, prometo. - Beijei a mão dela e já havíamos chegado. Enxugamos nossas lágrimas e sorrimos sem graça.

Sorte que nossa maquiagem era toda Matte (Risos). Lia estava nos esperando já na frente do teatro, estava de terno blazer da cor preta, e uma gravata borboleta. Seu cabelo estava trançado, estava irresistível! E ao lado dela, como era de se esperar... Uma acompanhante.

— Ei Kate. Olá Lia, meu bem. - Joice estava cumprimentando as duas. Kate... Nome dela. Estava me incomodando com seu olhar de fúria em mim.

Não aguentei e me manifestei. Porque sou dessas.

— Está com algum problema, meu anjo?

— Você deve ser a adorável Manu... Já sei tudo a seu respeito.- No ato de apertar minha mão, me puxou discretamente para mais perto dela e sussurrou. — Eu já quase matei a mulher que a Lia se apaixonou, e sinto que, você será a próxima!

Começou a rir do que me dissera e eu me afastei aborrecida, passando sem olhar na cara da Lia e puxei a Joice para entrar comigo.

— O que é isso, Manu? Endoidou? - Ela se assusta com meu comportamento.

— Aquela Kate! Disse que vai me matar!

— Bom, ela disse isso a mim também, tem um ano, olha só, estou aqui! - Sorriu forçado. Reprovando minha atitude grosseira.

— Não sei... Se comigo, terei essa sorte. - Quase suspirei forte para dizer isso. Nunca fui ameaçada assim, com tanto ódio no olhar e nas palavras.

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora