Capítulo 13

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No dia seguinte... Acordo com o interfone da portaria tocando.

- Porra! Quem deve ser? - Fui levantando puta da vida. - Alô? Quem é?

- Senhorita Mendes. Deputado Jonas se encontra aqui na entrada, e quer subir aí.

Meu coração deu uma acelerada pela primeira vez, e pensei, o deputado descobriu tudo, é meu fim!

- Pode deixá-lo entrar, diga que é para se encontrar comigo na área da piscina.

- Certo. Vou informá-lo.

Fui ao banheiro fazer minhas necessidades matinais e higiene matinal. E quando me olhei ao espelho, fiz duas perguntas.

- Será que ele vai romper comigo? E será que valeu a pena eu ter ajudado a filha dele? - Falei confusa nas perguntas.

Estava quase me auto-crucificando pelas coisas que aconteceu entre mim e a Manu. Sai do apartamento e no elevador, lá estava eu, com outra forma, e postura. Séria e sem emoções alguma expressa no rosto. Aí quando chego lá embaixo, o deputado vem e me abraça forte, feliz.

- Minha amiga Lia!! - E eu sem entender nada, já me afasto.

- Ei, sem esse tipo de saudação, sabe que não gosto. O que devo a sua visita? - Cruzei meus braços, meio confusa.

- Como sempre fria você né. Então vim te pedir permissão para pegar uma certa quantia de drogas, vou viajar para o México, e sei que tem aliados por lá.

- Você quer pegar drogas lá, com aliados meus, é isso? E posso saber pra qual finalidade?

- Eu vou dar uma festa pra minha namorada. E disse que queria algo diferente, exótico, com drogas de elite.

- Sua o quê? E sua esposa, rapaz?

- O que tem ela? Aquela lá? Descobri que me enchia de chifres, só não me separei porque temos nossa filha juntos. É uma vagabunda;

- Sei. - Fingi que acreditei, afinal Manu tinha me contado outra versão dessa história. - Pode sim pegar certa quantia de drogas, fala que é em meu nome que saberão quem é.

- Comprei uma casa pra ela lá e aí vamos celebrar. Ficarmos bem animadinhos também. - Falou num tom sarcástico, achando que eu iria gostar do que ele fala.

Continuei com a cara fechada. e não sei se fiquei assim, depois do que a Manu comentou comigo, ou, se é porque estou mudando após ter conhecido tão brevemente a filha dele.

- Pô bacana cara, era só isso? Eu estava ocupada lá em cima.

- Quero te convidar para ir jantar lá em casa, sexta-feira. Não aceito recusa, hein.

- Na sua casa? Com sua família? Acho melhor não...

Ai caramba, agora sim temos um grande problema.

- Então eu trago a minha família até você! Simples! Agora tenho que ir, vai adorar conhecê-las.

Não tive tempo de responder, pois, só pensava numa coisa. A Manu, vai saber que eu já conhecia o pai dela e irá me odiar! Não, não, isso não pode acontecer!

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora