Capítulo 38

316 36 1
                                    

A campainha tocou, e eu, vi pela câmera, que era a Kate, abri com controle remoto, o portão automático, para entrar com carro.  E quando Kate entrou com o carro, fechei imediatamente, a insegurança aqui no RJ, não tá de brincadeira.

— Então quer dizer... Que a cadela militante, machucou a patinha? - Chegou já zombando de mim.

— O que eu fiz, pra você? Nem te conheço, cresce garota!

Kate se aproximou rapidamente de mim, e me olhou fixamente nos olhos, e passou a língua na minha boca, eu automaticamente me limpei dessa nojeira que fez.

— Hmmm... Gostinho de putinha sua boca tem. Não sei o que a Lia viu em você, francamente. E agora, você está atrapalhando meus planos de me casar com ela, e, dela ser só minha.

— O que vai fazer? Me matar? Vai em frente! - Levantei da cadeira, encarando-a.

— Olha, até que você tem coragem, mas, você não merece morrer... Quero que fique com medo primeiro de mim, e tenha pesadelos comigo, e a próxima será a ruivinha! - E acabou tentando me empurrar no chão, mas, consegui resistir.

Quando concluiu sua fala, Lia aparece com uma aparência indignada.

—  O QUE VOCÊ DISSE, KATE? - Pergunta Lia, com um tom de fúria, e, eu, dei um sorrisinho vitorioso de lado.

— Lia??? O QUE FAZ AQUI?? - Olhou assustada pra trás.

— Vim buscar meu blazer que esqueci com a Manu, e, não acredito que ouvi isso de você...

— Não... Não... Foi brincadeira, não foi, Manu? - Olhou-me com medo e aí, foi minha hora de se vingar.

— Não foi... E tentou ainda me empurrar, mesmo eu estando lesionada. - Acrescentei mais lenha na fogueira.

Encurralada, Kate, consegue fugir, pega o controle do portão rapidamente, e vai até o carro da Joice, Lia, pede perdão no olhar, para mim, e vai atrás dela.

— VOLTE AQUI KATE!!!! - Ela conseguiu fugir, e Lia, correu atrás, indo até o carro dela.

------------------------------- X ----------------------

(Lia  Facchini - Narrando):

— NÃO ACREDITO QUE KATE FEZ ISSO COMIGO! ELA VAI ME OUVIR E SER PUNIDA!

Estava recebendo ligação e era da Manu, botei no Viva-voz...

— O QUE É MANUELA?

— LIA, TOME CUIDADO! DEIXA PRA LÁ ISSO!

— NÃO! ELA VAI SER PUNIDA!

— NÃO! Não faça nada a ela... Te imploro!

— Manu, ela ameaçou você e a Joice!

— Eu sei... Mas, não suje mais suas mãos, por favor.

Não respondi mais, e estava acelerando muito o carro, para tentar fazer com que estacione. Abaixei o vidro, estava com meu carro do lado do da Joice, e gritei.

— ENCOSTA O CARRO! ANDA! SENÃO EU VOU CHOCAR MEU CARRO NO SEU! NÃO TENHO MEDO DE MORRER E LEVAR VOCÊ JUNTO COMIGO!

— NÃOOO VOU PARAR!

A pista era via mão dupla, era extensa e reta, nossa sorte era essa, e pouco movimentada. Estávamos a 120 km/h. Quando Kate diz... Suas últimas palavras.

— PARE O CARRO, KATE!!!

— Eu te amo Lia... - Vi lágrimas descerem dos olhos dela, e, virou o volante, direcionando o carro na direção de um posto de combustível de gasolina.

O posto de gasolina estava para ser ativado ainda, mas, já tinha em si o posto, e, se vê uma explosão gigante, tomar conta do ar, parecia que havia explodido uma bomba ali, e eu acelerei indo reto, só fui contornar depois da explosão, e fiquei vendo de longe, tudo, o suicídio da Kate. Manu estava na linha comigo ainda. E perguntou...

— LIA, QUE BARULHO, FOI ESSE???

— Uma explosão de combustível... Kate...

— OI? Kate provocou a explosão? Você está bem, amor?

Eu estava chorando, e, ao ouvir Manu me chamar de amor... Fiquei menos tensa, com a situação, respondi... Num tom de choro.

— Estou bem... A Kate se matou, Manu...

— Ai santa deusa! Eu sinto muito... Volta pra cá, vem. Joice e eu, vamos te dar acolhimento, conforto.

— Antes eu preciso ver, como ficou... Tudo. Daqui uns vinte minutos, apareço aí.

Desliguei, mas, na verdade, eu, só queria poder ser humana e chorar sem ninguém ver, mais uma mulher que eu perdi, quantas vou precisar perder? Para eu mudar esse meu estilo de vida? Kate podia ser o que for, mas, não merecia isso! Eu não quero mais arriscar as vidas das mulheres que eu me relaciono, preciso sair do País, o mais rápido que puder e sem as duas saber.

As Faces do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora