14 - Desconfiança

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Cada vez mais aquele homem me intrigava. Será que ele também era amigo de Miguel ou estava por trás de seu desaparecimento?

— Meu nome é Claudio, faço parte do conselho dessa cidade, não desejo brigar com nenhum de vocês, como Miguel deve ter lhe contado devem se apresentar ao conselho daqui se quiserem ficar, pois, se caso não forem eu e meus amigos teremos que tomar algumas providências que acredito eu não serão nada agradáveis.

— Mas e quanto ao Carlos? — perguntou Adryelle, segurando-o.

— Mas como sou esquecido! — disse rindo. — Por favor, minha cara, peço desculpas! — Claudio se dirigiu a


Carlos que continuava com a adaga cravada em seu ventre. Assim que ela foi removida, inesperadamente Carlos já começou a voltar a si, fazendo Adryelle sorrir aliviada.

Logo que recobrou a consciência, ele levou um enorme susto ao ver Claudio, então Adryelle o conteve.

— Pare, Carlos! Ele quem o salvou!

— Mas por que ele fez isso comigo? Quero uma explicação!

Então eu me dirigi a Carlos e disse:

— Ele revidou porque foi atacado. Agora eu lhe pergunto, se fosse o contrário, se Claudio investisse contra você sem qualquer motivo, o que faria? Ficaria parado?

Carlos olhou para mim com cara de poucos ami- gos; por mais que ele estivesse com raiva de mim, no fundo, ele sabia que eu estava certo, Claudio sorriu.

— Sua língua é afiada, meu jovem, eu não encon- traria explicação melhor.

Adryelle e Mary pareciam não simpatizar com Claudio, então me dirigi a elas.

—Sugiro que façamos o que Claudio disse, afinal, aqui é o território deles, o que me diz Nickolas?

— É... Eu concordo.

Não entendi porque ele estava tão assustado. Nickolas se aproximou, queria falar comigo em particular


antes de irmos.

— Não dê ouvidos a ele! Claudio pode ser um ini- migo. Eu não ousaria fazer isso, vimos o que ele é capaz de fazer, vamos sair daqui!

— Por que está assim? Está com medo? O que Aleph diria se o visse agindo assim?

— Eu acho que ele iria ficar muito desapontado com você, garoto! — disse Claudio.

Como ele conseguiu ouvir nossa conversa?

Parecia impossível, mas Claudio ouvira cada frase; e com isso, Nickolas ficou ainda mais perturbado, não só ele... Confesso que eu não queria tê-lo como nosso inimigo, sugeri ao grupo que fôssemos com ele, não nos restava alternativa.

Com o carro de Adryelle destruído, Claudio chamou ela e Mary para irem no seu carro; Nickolas e Carlos foram no meu. Dirigimos-nos ao conselho, logo que chagamos; antes mesmo de entrarmos, me surpreendi com o tamanho do local. Carlos e Nickolas não disseram uma única palavra durante o trajeto, mas estavam inquietos; estacionamos o carro, imediatamente apareceu um homem que disse ser o manobrista.

— Sejam bem-vindos, senhores. Por gentileza, deixe-me estacionar seu carro.

— Sim... Claro.

A localização era extremamente privilegiada, ficava num bairro de classe média alta. Até mesmo


Adryelle e Mary ficaram maravilhadas com tanto luxo e glamour. Já Carlos e Nickolas se aparentavam bastante apreensivos.

—Tudo bem com vocês? Por que estão assim?

Nickolas, arrogante como sempre, respondeu:

— Você não sabe o que tem lá dentro, e mesmo as- sim vai entrar? E se for uma emboscada, já pensou nisso?

— Eu apenas quero saber o que houve.

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