20 - Varias Baixas

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— Eu avisei para não ficarem no meu caminho! — disse um segundo antes de disparar contra o peito de Mary.

— Mary!!! Nãaaaaaao! — Adryelle correu até ela.

Orlando começou a correr, eu não estava acreditando no que via. Não havia tempo para pensar, eu apenas disse rapidamente para Adryelle cuidar de Mary, e fui atrás dele. Algo me dizia que se eu o pegasse saberia o paradeiro de Miguel.

Corri o mais rápido que pude, quando estava prestes a pegá-lo senti uma dor muita forte nas minhas costas. Eu havia sido atingido por um tiro.

— Você não vai passar daqui! — alguém disse.

Aquela voz era familiar, então me virei para ver o

seu rosto. Eu não conseguia acreditar no que meus olhos viam!

— É você?! Como pode fazer isso?

O que será que houve quando estávamos fora?

Agora, a única coisa que eu tinha certeza era que uma luta seria inevitável, mas nunca imaginei que seria com aquela pessoa...

—Rafael, por que está fazendo isso? — perguntei com certa tristeza no olhar. Ele parecia tão amigável. Havia tratado Miguel com tanto respeito. Rafael, não disse uma só palavra, apenas investiu um golpe doloroso contra meu estomago.

Eu me contorcia de tanta dor. Não conseguia en- tender o motivo disso, mas se eu não revidasse ele iria acabar comigo. Tentei dialogar mais uma vez.

— Rafael por que está me atacando? Eu estava quase pegando o Orlando, ele não quis se encontrar com Armand.

Isso não me interessa! — disse Rafael rispidamente.

Eu estava preocupado, o que aconteceu com Mary e Adryelle, será que estavam seguras?

Rafael se aproveitou de minha distração e me atacou novamente, só que desta vez com um chute. Ele era forte demais. Tenho certeza que se Miguel e ele lu- tassem haveria um empate.

— É melhor se concentrar, meu caro, ou essa luta não terá graça nenhuma!


Infelizmente ele tinha razão, eu tinha que me con- centrar ou então estaria morto. Mas como eu conseguiria acabar com aquilo rápido?

Eu tinha que encontrar Orlando de qualquer jeito, ele devia saber onde estava Miguel.

Não restava alternativa a não ser lutar contra Ra- fael, e custasse o que custar eu teria que vencê-lo!

Mas também não sabia como o faria. Ele parecia muito mais forte do que eu, mesmo assim decidi investir contra ele, mas Rafael era muito mais ágil também, pois desviava com facilidade de todos os meus ataques.

— O que foi? Isso é tudo que tem? — perguntou-me com deboche.

Não sabia o porquê de tudo aquilo, não parecia real. Rafael sempre foi leal a Armand e aos demais, por- que ele me impediria de levar Orlando até o conselho?

Finalmente consegui acertá-lo com um chute no rosto, ele parecia surpreso, e ficava cada vez mais irritado.

— Não posso ficar aqui brigando com você, tenho que levar Orlando até Armand. Por que não me ajuda ao invés de me deter?

Rafael ficou calado por alguns instantes, parecia outra pessoa. De repente, uma estranha névoa surgiu do nada e nos envolveu, senti uma dor muito forte no peito e ouvi uma risada maléfica vindo de outra pessoa.

— Sério que você caiu tão facilmente na minha armadilha! Foi muito fácil enganar você, meu caro Ale- xander!— Era Orlando.


Aos poucos a névoa ia se dissipando e, então, pude ver uma espada cravada em meu peito, e bem diante de mim estava Orlando. Aos poucos a espada se enterrava mais e mais, a dor era insuportável.

—Por que... fez isso, Orlando? Por quê? — Eu mal conseguia falar.

Orlando começou a falar:

— Você acha que eu iria até o tal Armand? Se eu fosse até lá, seria morto. Há anos Armand me persegue!

Eu estava me esvaindo em sangue, aquelas pala- vras não faziam sentido para mim, também estava preo- cupado com os outros, mas a dor estava me vencendo...

— Eu não pertenço ao conselho, essa nem é minha aparência real. Mas agora não importa mais. Antes de você morrer, vou lhe dizer onde está seu tão querido Miguel!

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