25 - A Verdadeira Batalha

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Eu estava admirando a parede quando ouvi Miguel subindo as escadas. Seu rosto coberto de espanto então surgiu no quarto.

— O que houve? Por que tudo isso?

— Apenas... me acompanhe!

O segui até a sala e entendi o motivo do alarme. O corpo de Danov havia desaparecido.

—Impossível! Como isso pode ter acontecido?

Será que ele ainda se encontrava na casa? Me perguntei.

Foi quando ouvimos um estampido vindo do quarto de Sophia. Corremos em direção a porta novamente, mas assim que abrimos a porta, Sophia estava empunhando uma arma nas mãos.

—Sophia?... Tudo bem? — perguntou Miguel com certa insegurança.

— Sim, tudo ótimo. Porém pensei que tinha dado cabo dele, mas me enganei.

Danov estava caído no chão. A arma de Sophia abriu um buraco em seu peito.

— Vamos, beba todo o sangue dele, ou ele irá se regenerar!

— O que?! — exclamou Miguel, não acreditando no que ela dissera. — Você tem certeza disso, Sophia? É muito perigoso... Ele não tem força suficiente para beber todo o sangue dele! Seja mais prudente!

— Se ele continuar nessa situação, ele não será páreo para os outros inimigos que nós temos! — ela retrucou. Sophia parecia irredutível. — Você sabe disso, Miguel. Então é melhor ele fazê-lo agora!

Eu nem sequer sabia do que eles falavam, mas pelo tom de voz deles parecia muito sério.

Percebemos que Danov já estava se mexendo, mas ainda não conseguia se levantar.

— Vamos, faça o que eu disse! — Sophia ordenou enquanto agarrava Danov com todas as suas forças para imobilizá-lo. — Se você conseguir sugar todo o sangue dele, sua força vai aumentar. Precisa fazer isso!

Eu via claramente que Miguel não aprovara a ideia


de Sophia. Eu não sabia o que fazer. Mas depois ele aca- bou cedendo.

— Vamos, Alexander! Faça o que ela quer, mas fique ciente de uma coisa, não pode falhar, caso contrário você não voltará.

As palavras de Miguel nunca soaram tão assustadoras para mim. Então o que eu havia feito com Carlos... Eu poderia ter morrido?

— Faça logo! Temos pouco tempo — ela gritou.

— Mas... E se... E se eu não...

— Deixe para pensar depois. Vamos lo...

— Sophia!!! — era Miguel agra quem gritava.

Danov havia atravessado o ventre da mulher com sua mão!

— Vocês acham mesmo que vão me derrotar assim tão fácil?! São muito otimistas. Admiro isso... Mas isso acaba agora!

Sophia ainda estava consciente e continuava segurando Danov com toda força que lhe restava. Miguel então partiu para cima dos dois e desferiu um golpe em Danov, esmagando seu joelho, sem precisar fazer muita força.

Danov uivava de dor.

— Vamos! Não há tempo! Faça logo, confiamos em você. — Eu ainda estava relutante, mas não poderia deixar que o esforço de Sophia fosse em vão. As palavras


de Miguel não saiam de minha cabeça.

— Certo... Farei!

Aproximei-me deles no chão, e rapidamente cravei meus caninos no pescoço de Danov. Comecei a sugar seu sangue, ele se debatia muito, comecei a me lembrar da dor que eu havia sentido quando Miguel fizera o mesmo comigo.

Por que aquilo tudo tinha que vir a minha mente justa- mente naquele instante?

Quando eu havia mordido Carlos eu estava fora de mim, será que por isso havia sido mais fácil?

Era isso algo estava errado dessa vez.

— Vamos, não pare!— Era a voz de Sophia.

Mas de repente tudo começou a ficar escuro. As trevas tomaram conta dos meus olhos.

O que estava acontecendo?

Era como se eu estivesse em outro lugar. Em um lugar totalmente escuro.

Estava tudo muito estranho, mas consegui não parar de sugar.

Começou a ficar doloroso, uma dor horrível começou a tomar conta de mim, como se meu espírito estivesse me abandonando.

Será que era sobre isso que Miguel estava me alertando?

A batalha entre mim e Danov seguia feroz, até que....

Tudo ficou silencioso. Eu não ouvia mais nada.


O que estava acontecendo?

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, não sentia meus braços e pernas, meu corpo não me obedecia, por mais que eu me esforçasse.

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