24 - Aliada?

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Foi tudo muito rápido, mas quando olhei, vi que o san- gue não era de Miguel. Na frente dele estava uma mulher. Ela estava segurando a espada empunhada por Danov. Mas quem era ela?

— Quem é você? — perguntou Danov. Ela apenas largou a katana e respondeu.

— Não há necessidade de dizer o meu nome a quem já está pra morrer.

Num piscar de olhos Danov caiu aos seus pés, fazendo com que se formasse uma imensa poça de sangue. Zarovick parecia ainda não acreditar que Danov fora morto tão rapidamente.

Até mesmo Miguel o achava extremamente forte,


e aquela mulher o derrotou em segundos.

Zarovick deu um sinal para seu companheiro que estava atrás de mim e ambos fugiram, assim que eu me preparei para persegui-los, ela me impediu.

— É perda de tempo. No seu estado você apenas será derrotado, tem que ficar mais forte para enfrentá-lo.

— Quem é você? E como nos encontrou aqui?

Seus olhos eram como duas safiras, seus cabelos loiros, muito bem cuidados e lisos, chegavam até sua cintura. Fiquei pasmo, nunca havia visto uma mulher tão bela!

— Meu nome é Sophia — ela se apresentou. — vim até aqui a mando de Armand. — Sorriu timidamente, mas mantendo sua postura soberana. Sua voz era como uma melodia. Facinante... — Como se sente meu caro? — Ela se voltou para Miguel, que ainda estava muito debilitado.

— Bem... eu acho... Com sede, na verdade. —

Miguel parecia estar no seu limite.

Sem pensar duas vezes, Sophia lhe ofereceu seu pulso para Miguel.

— Beba para se restabelecer, meu amigo.

Miguel pareceu relutante, mas estava tão faminto que pegou o braço de Sophia com voracidade. E foi, aos poucos, voltando ao normal.

Já Sophia, parecia não estar tão bem assim. Miguel


pareceu perder o controle por um momento e acabou tomando mais sangue que deveria.

Rápido, Alexander, vá até meu quarto e traga um pouco de sangue para Sophia! — disse um segundo antes da mulher desmaiar.

Corri o mais rápido que pude, por sorte encontrei rapidamente uma última bolsa de sangue no quarto, todas as outras estavam vazias, Zarovick e Danov haviam acabado com tudo.

Malditos!

— Aqui está, Miguel. Mas essa era a última.

— Obrigado, meu caro. Me ajude a deitá-la em uma das cama.

Nós a levamos para o quarto de hóspedes, Miguel deu o sangue a ela, mas Sophia ainda estava muito fraca. Eu continuei muito curioso a respeito dela.

— Você a conhece, Miguel? — perguntei ansioso por uma resposta.

— Sim, eu a vi algumas vezes, mas não aqui, ela vive na Europa, em Londres para ser mais exato.

— Ah... Mas por que ela veio de tão longe só para salvá-lo?

— Não foi apenas para isso. No momento certo você saberá, por hora vamos deixá-la descansar.

Eu não conseguia imaginar porque alguém viria de tão longe a pedido de Armand, mas uma coisa era


certa, essa pessoa não viajaria meio mundo por nada.

Antes de se retirar, Miguel pediu que eu ficasse tomando conta de Sophia. Foi o que eu fiz.

Não conseguia parar de pensar em diversas teorias. Uma mais provável que a outra surgia na minha mente.

Quem era aquela mulher e por qual motivo ela viera?

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