17 - Sozinho

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Momentos depois eu acordei em um quarto, e junto comigo estava Louis, que abriu um sorriso e disse:

— Bom trabalho, filho! Como você se sente?

Eu estava confuso, não sabia o que havia acontecendo. Eu me lembrava apenas de ter visto Carlos sendo castigado e depois...

— Vejo que está um pouco confuso, vou lhe dizer o que houve. Você acabou com ele, sugou sua alma. Mas logo depois disso você começou a perder o controle e tivemos que fazê-lo dormir para poder voltar a si.

Aquelas palavras me deixaram em estado de cho- que. Eu não me lembrava de. Como eu pude fazer isso?


— Onde estão Adryelle, Mary e os outros?

Louis sorriu mais uma vez, se levantou e, para mi- nha surpresa, eles estavam ali também. Adryelle olhava para mim com um profundo rancor; Nickolas estava perplexo; no olhar de Mary, por outro lado, não havia reprovação nem repulsa.

— Você estava há muito tempo sem se alimentar

— Nickolas disse. — E, ao ver todo aquele sangue, não era de se admirar que fizesse o que fez, achei que Miguel havia lhe contado.

—Contado o quê? — perguntei.

Com paciência, ele me explicou que alguns vampi- ros quando veem muito sangue não conseguem se con- trolar. Principalmente se ele estiver muito tempo sem se alimentam. Louis se aproximou, colocou sua mão em meu ombro e disse:

— Fiquei surpreso por alguém tão jovem ser capaz de fazer tal coisa, portanto vou lhe dizer: você não foi repreendido porque eu disse ao conselho que eu havia permitido, por isso, não farão nada, mas saiba se fizer isso em outro lugar, ou sem autorização, você será julgado.

Eu não aceitava a ideia de não poder me controlar diante uma situação daquela. Retirei-me do quarto e me dirigi à saída. Assim que abri a porta de entrada da casa, ouvi a voz de Mary.

— Alexander! Volte!


Mas continuei a andar. Entrei no carro e fui ao mais longe possível. Dirigi por horas, até quase.

Como pude ser tão fraco?

Dirigi-me ao apartamento para me abrigar da luz do sol, lá dentro e sozinho me sentei, tentando assimilar tudo que havia acontecido e tudo aquilo que me foi dito na noite anterior.

Então, sem que eu percebesse, uma lágrima rolou de meus olhos.

Ora, mesmo um demônio pode chorar!

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