18 - De volta a Busca

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— Quem é? — perguntei ao ouvir algum batendo a porta.

—Adryelle, posso entrar?

Abri a porta e vi que ela estava com uma expressão preocupada. Conversamos um pouco sobre a noite anterior e logo Mary e os outros chegaram.

— Por que saiu da lá daquele jeito, o que houve com você?

Eu também queria saber...

Eu mesmo não sabia o que realmente havia acontecido, tudo estava tão confuso. Adryelle, perce- bendo que eu não estava a fim de repetir tudo nova- mente, disse a Mary e Nickolas o que eu já havia lhe dito.


— Mas foi imprudência sua! — exclamou Nickolas.

— Concordo — disse Mary. — Você poderia ter sido pego por algum de nossos inimigos, e por falar nisso, temos notícias de onde poderia estar Miguel.

Abri um modesto sorriso ao ouvir.

Finalmente!

— Ele foi visto aqui nessa cidade, mas não está mais aqui, as pessoas que o levaram mudaram de lugar mais uma vez, tudo que sabemos é que ele foi visto com algumas pessoas num carro com destino desconhecido.

As palavras de Mary foram ao mesmo tempo animadoras e preocupantes, mas pelo menos eu sabia que meu mentor estava bem.

— O que vamos fazer agora? — perguntou Nickolas. Adryelle sugeriu que ligássemos para nosso conselho e disponibilizassem mais pessoas atrás deles, e assim foi feito; Armand concordou, vários se mobilizaram para irem a cidades vizinhas, fazendas, sítios próximos...

Sugeri que nos uníssemos aos outros, e saíssemos daquele lugar, não queria mais ir àquela casa. De preferência, nunca mais...

Pegamos nossas coisas e fomos em direção ao nosso carro. Tinha alguém encostado nele, vimos que era Orlando.

— Vou me unir a vocês — ele disse, caminhando


em nossa direção. —Afinal, Miguel é meu amigo também.

Fiquei de certa forma aliviado ao ouvir aquelas palavras, embora Nickolas parecesse não ter gostado nem um pouco da ideia. Isso não importava agora.

Dirigimos-nos para o local onde o carro que Miguel estava foi visto pela última vez, e, para nossa surpresa, ao que tudo indicava, ele estaria sendo levado de volta a nossa cidade.

— Com que objetivo eles fariam isso? — perguntei a Mary, que, por sinal, estava tão confusa como eu.

— Eu não sei, mas nós vamos descobrir, de um jeito ou de outro!

Orlando por sua vez parecia menos surpreso. Estaria ele escondendo alguma coisa?

Mais perguntas e ainda menos respostas...

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