|CAPÍTULO 31|

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(Perdoem os erros. Não reli, então provavelmente tem muitos erros.)

Boa leitura pessoal

(...)

Lis

Após aquela decepção com Nathan, tirei a minha filha daquele quarto. Ela estava aos prantos.

A irmã dele me ajudou e veio conosco até a saída daquele prédio. Minha menina estava arrasada e eu estava mais. Eu precisava ser forte, precisava ampará-la, pois agora, além de ter que lidar com isso sozinha ela teria que enfrentar a fúria do pai.

Eu também iria escutar.

- Helena, você sabe que aquilo foi armação de alguém, não sabe? - Disse Gisele. Confie em mim, eu não te chamei para vir aqui pois sabia disso. Nathan gosta de você, ele está confuso. Por favor Helena, acalme-se. Ele voltará atrás. - Continuou.

- Eu sei que aquela biscate é capaz de tudo. - Falei. Mas seu irmão me decepcionou. Um cara vivido, inteligente. Largar a namorada grávida? Quem não quer que ele fique com Helena agora sou eu.

- Dona Lis, entenda, ele tem medo. Já pedi a Helena paciência, Nathan vai voltar atrás, eu vou conversar com ele.

- Não perca seu tempo, Gisele.

- Por favor, Lis. Meu irmão está se afundando novamente, não posso deixar. Helena é a salvação dele.

- FOI ELE QUE A AFASTOU. VOCÊ NÃO ENTENDE? NÃO QUERO A MINHA FILHA CONVIVENDO COM UM CARA BIPOLAR. NÃO QUERO - Berrei de raiva.

Helena que chorava, se assustou e me encarou. A irmã de Nathan ficou com os olhos arregalados. Eu acabei perdendo a paciência. Nunca fui de me alterar desta forma com que não merece. Mas a adrenalina estava a mil. Minha filha sofrendo, aquela piranha reapareceu tirando meu juízo, não estava sendo fácil.

- Gisele, me desculpe. Não queria descontar em você.

- Tudo bem, Lis. Só me deixa conversar com Helena outro dia, quando ela estiver mais calma. Por favor. Sou tia desta criança e independente da decisão dela eu queria ter contato com o bebê.

- Tudo bem, Gisele. Podemos conversar depois. - Disse Helena mais calma.

Nos despedimos daquele jeito e segui com Helena para o carro.

Ela estava aérea, em silêncio. Olhava para fora olhando o nada.

- Meu amor, fala comigo. - Pedi.

- Ele me deixou, mamãe. Como será agora? Nathan me deixou.

- Acredite, minha filha. Meu sofrimento é igual ou maior que o seu. Vamos chegar em casa, você descansa e depois veremos como será.

- Eu já decidi, mamãe. Não quero mais ficar aqui em Belo Horizonte. Quero voltar para casa. Depois que o bebê nascer eu tento vestibular de novo.

- De jeito nenhum você vai parar de estudar. Concordo sim que você tem que ir embora daqui. Esta cidade virou um ninho de cobras para você. Levanta a cabeça e você pede transferência. Quando nascer, a gente se vira nos trinta, mas parar de estudar, jamais.

- Não vou conseguir, mamãe.

- Claro que vai. Você é minha filha e neta de Regina. Sua avó e eu já enfrentamos muitas batalhas, vencemos todas até hoje. Não será você que irá desistir. Eu não desisti de você, meu amor.

- Eu amo você, mamãe. Me perdoe por ser tão ingênua e engravidar com todas as informações que tive.

- Já foi amor. Agora é vida que segue. Termina estas provas e já pede para trancar sua matrícula. Depois vamos ver outra universidade e você faz a prova de transferência. Em Juiz de fora o curso é muito bom também e lá você fica perto das suas avós. Se preciso for, mudamos todos de volta para lá.

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora