|CAPÍTULO 43|

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|Nathan|

Assim que Helena teve alta, voltei para casa, tomei um banho e fiz um lanche reforçado. Liguei para a minha irmã que depois de um tempo veio ficar comigo.

Conversei muito com ela sobre tudo o que aconteceu e como sempre, ela é muito sábia.

- Meu irmão, já te falei que você precisa de acompanhamento, vá ao médico, se liberte de seus traumas. Se você gosta de Helena, precisa estar com ela por inteiro. Não adianta vocês voltarem se na primeira crise você a afastar novamente e não adianta nada se ela cai em tentação também na primeira oportunidade. Vocês dois precisam ter certeza do que sentem um pelo outro. - Disse Gisele.

- Eu gosto dela, Gi. Mas fiquei sentido por ela ter se envolvido com outro, mesmo estando grávida.

- Helena é nova, não soube lidar com tudo o que aconteceu, mas se ela já ter perdoou como você mesmo disse, agora é só vocês se entenderem. Mas eu sugiro que você dê forças a ela neste momento. A irmã dela está desaparecida, vocês terminados, o rapaz que ela se envolveu a salvou de um atropelamento. Imagina como a cabeça dela não está? Fique com ela sem segundas intenções, apenas fique com ela. O resto vai se encaminhar. Pense nisso.

- O que seria de mim sem você, Gi?

- Eu sou foda mesmo, maninho. Seja feliz, procure ajuda. Não se perca novamente, por favor. Eu te amo demais e não quero te ver abatido como dias atrás.

A abracei e depois, me permitir descansar um pouco.

Mais tarde eu me arrumei e fui para casa de Helena. O clima lá estava bem tenso, muita agonia por falta de notícias da pequena. Percebi que Lis e Júlio me olharam torto, mas não me impediram de entrar e ficar com Helena no quarto.

Entrei juntamente com seu irmão e depois de breves conversas, fiquei ali deitado com eles e acabei adormecendo. Eu ainda estava cansado.

Nem percebi quando acordei e era outro dia. Olhei para o lado e eu estava com Nandinho do meu lado. Suas pernas estavam em cima de mim. Helena não estava mais na cama, então, me levantei e fui ao banheiro do seu quarto. Fiz a minha higiene e fui para a sala, onde havia uma movimentação.

Surgiram notícias sobre o atropelamento e sumiço da criança e por este motivo, os pais de Helena e seu padrasto saíram em disparada. Ficamos ali aguardando alguma novidade, mas o clima estava ruim. Até a dona Regina que sempre foi animada, estava triste. Mas com razão.

Fomos todos para a cozinha e lá estava um silêncio que incomodava.

- Não vai comer nada, Helena? - Perguntei a ela que estava aérea.

- Estou sem fome. - Respondeu.

- Você está grávida, precisa comer. - Retruquei.

- Agora está preocupado com minha gravidez?

Abaixei a minha cabeça e fiquei em silêncio. Ela estava certa, eu não aceitei no início, mas achei que estávamos nos entendendo, pelo menos quanto a este assunto.

- Nathan, me desculpa. É a preocupação com tudo que está acontecendo. Eu vou me alimentar. Depois eu quero que você me indique uma ginecologista para eu começar o pré natal. Tudo bem?

A fitei e sorri. Já era uma pontinha da bandeira branca.

Após o café, Helena seguiu para o quarto e eu fiquei um pouco na sala com suas avós e seu irmão. Todos apreensivos.

- E vocês, doutor, não vão se acertar? - Perguntou dona Regina.

- Ah dona Regina. Eu pisei na bola com ela, estamos nos entendendo com relação a gravidez, mas voltar com nosso namoro, vai depender de muitas coisas.

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora