|CAPÍTULO 40|

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|Bônus Bianca|

Após amanhecer, fiz novamente um café da manhã, peguei a pequena e a levei para comer. Ela se alimentou bem mas estava com o semblante triste. Eu sei que ela sentia saudades de casa.

- O que foi, pequena? - Perguntei alisando seus cabelos.

- Eu quero a minha mamãe. - Respondeu. A tia promete que vou ver a minha mamãe hoje?

- Vai sim. - Respondi, mas eu ainda tinha as minhas dúvidas.

Ela sorriu e continuou a comer. Aproveitei, corri no quarto em que Felipe estava e entrei. Ele dormia. Eu nem vi o horário que ele chegou.

Anita terminou seu café, e a levei ao banheiro onde ela se arrumou e depois ficou no computador vendo vídeos.

- Assim que o tio acordar, vamos te levar para a sua mamãe, tudo bem? - Falei.

- Eu não gostei dele. Podemos ir sozinhas? - Falou.

- Olha, eu também não gosto muito dele. Mas se a gente ficar de cara fechada, ele pode não gostar e brigar conosco. Aí, eu irei falar com ele para irmos, e você pode apenas não contrariá-lo.

- O que é contrariá-lo? - Perguntou.

- Hum, é só você não ficar de cara fechada para ele, não chorar quando ele falar alguma coisa com você.

- Mas eu não gosto dele. - Repetiu.

- Mas será rápido, eu prometo.

Pouco tempo depois, Felipe acordou com uma cara nada boa. Comeu em silêncio, veio para perto de nós e nos olhou.

- Vamos. - Falou.

- Para onde? - Perguntei.

- Fazer o que temos que fazer.

Entendi então que ele iria deixar a menina na rua confirme havia falado.

Peguei a menina e seguimos para meu carro.

Felipe foi dirigindo, dando voltas, até que estacionou em um lugar e virou-se para trás, onde estávamos Anita e eu.

- Deixe-a ali. - Falou apontando para fora do carro onde havia um parquinho, que estava vazio.

- Felipe, vamos esperar pelo menos ter algumas pessoas. - Argumentei.

- Bianca... - Repreendeu-me.

- Felipe, vamos esperar só um pouco.

Ele então, abaixou a mão, e pegou sua arma, levantando-a de forma que eu a visse. Entendi o recado.

Olhei para Anita que não entendia muito bem o que estava acontecendo. Peguei em sua mão e abri a porta do carro.

- Venha pequena. - A chamei.

- Onde vamos, Tia?

- Venha comigo.

Saí com Anita em direção ao parquinho que estava vazio e sentei com ela em um banquinho. Felipe observava de dentro do carro.

- Anita, não fica com raiva da tia, mas eu vou te pedir uma coisa. - Ela me olhou atenta. Eu quero que você fique aqui sentadinha e espere, se sua mamãe não chegar, você pede alguém para te ajudar a achar a sua mamãe.

- A minha mamãe não vem?

- Você a verá, mas pode ser que ela demore um pouco. Agora eu tenho que ir, pois o tio está me esperando ali no carro. Se eu demoro ele ficará bravo comigo.

Só o tempo cura - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora