Capítulo quatorze

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Mesmo que quisesse ou se esforçasse para isso, Giulia ainda não conseguia absorver o que Paco acabara de lhe dizer.

E ela não era a única... Nem mesmo Paco tinha se dado conta do que falara. Mas era o que sentia no seu interior.

Giulia respirou fundo e sorriu, indagando em seguida:

— Sabe de uma coisa?

— O que? — indagou sem olhar para ela.

— Você é incrível, sabia?

— Como?! — a fitou com os olhos arregalados.

— Você tem a capacidade de me magoar profundamente, mas logo depois você me vem com uma dessas suas conversas e pronto... Meu ego vai lá para cima.

— Hum... que bom que eu tenho esse, digamos, dom... — ele disse e os dois riram um pouco.

— Ainda bem mesmo. — Giulia concordou e logo ficaram em silêncio. Com aquilo, Giulia ouviu uma voz conhecida por perto e sorriu, dizendo para Paco: — Vem. Quero te apresentar uma pessoa. — pegou na mão de Paco e os dois saíram de lá. — Você vai adorar ela.

— E quem é? — indagou, curioso.

— Você já vai ver. Eu sei que ela vai adorar você... Mas não liga muito não, ela é meio maluca e na maioria das vezes me deixa com vergonha.

— Sua mãe. — ele concluiu, rindo.

— Ela mesma. Já te aviso, se ela falar algo embaraçoso, por favor, finge que não ouviu.

— Pode deixar.

Ao chegarem perto de onde a mãe de Giulia estava, Giulia sorriu e disse:

— Oi, mãe!

Barbra se virou e colocou a mão no coração, dizendo com um sorriso no rosto:

— Meu anjo... que saudade. — e abraçou a filha com carinho.

— Que saudade, mãe... — Giulia deu um beijo no rosto da mãe e se separou dela.

— Como você está, meu bem?

— Estou ótima, mãe.

— Bem... — Barbra deu uma olhada para trás de Giulia, onde Paco estava e sorriu. — Estou vendo que está ótima mesmo, querida.

Paco sorriu com as palavras de Barbra e Giulia arregalou os olhos.

— Mamãe, por favor...

— O que, querida? Não disse nada demais.

Giulia revirou os olhos, depois olhou para Paco e disse:

— Eu te disse...

— O que você andou dizendo por ai sobre sua mãe? — Barbra indagou, ao virar-se para Giulia com ar acusador.

— O de sempre, mãe. — esclareceu, sorrindo. — Que você é uma louca, mas que eu te amo.

— Tudo bem. — Barbra riu. — Nada além do que todos já sabem. E quem é o bonitão, querida?

— Bem, mãe... Esse aqui é o Paco.

— Oh... — interrompeu. — Paco, prazer. Sou Barbra.

Paco pegou a mão dela e a beijou. Barbra arqueou a sobrancelha, encantada com Paco.

— Paco Bauer. Sua filha me falou muito sobre a senhora.

— Senhora está no céu, querido. Pode me chamar de Barbra.

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