Capítulo dezessete

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Giulia tomou um banho bem rápido e, assim que saiu do banheiro, pegou um vestido leve. Sempre, claro, sob o olhar atento de Paco.

— E ai? — ela indagou, arqueando a sobrancelha. — Vai ficar na cama o dia inteiro?

— Bem... — um sorriso lento cruzou os lábios dele. — Só se alguém ficar aqui comigo...

— Hum... — Giulia sorriu maliciosa e se aproximou dele, abaixando-se e lhe dando um longo beijo. Paco começou acariciar o corpo dela, que soltou um gemido e se separou dele. — Não! Temos que descer.

— Ok... — ele soltou um suspiro triste. — Você é durona.

— Pois é, tenho que ser. — riu e voltou para o banheiro, colocando o vestido e penteando os cabelos. Olhando-se no espelho, ela disse alto o suficiente para Paco ouvi-la: — Vê se levanta logo e vem tomar um banho...

Paco apareceu na porta usando só uma cueca e disse:

— Linda...

Giulia se virou para ele e deu um sorriso tímido.

— Obrigada.

Paco cruzou os braços sobre o peito e se encostou no batente da porta. Giulia olhou para ele e suspirou.

— O que foi? — ele indagou e estreitou os olhos.

— Nada não... — balançou a cabeça e desviou os olhos dele. Tinha que parar com essa mania de falar sem pensar.

— O que foi, Giu?

— Já disse que não é nada.

— Giu, você sabe que eu te conheço. Pouco... mas conheço! E sei que nesse momento algo se passa pela sua cabeça.

Giulia olhou para ele e suspirou sem dizer nada.

— E então? — ele insistiu. — Vai falar ou eu vou ter que ficar na base da adivinhação?

— É que... bem... — suspirou. — Tínhamos combinado que não teríamos sexo, mas... depois dessa noite... — voltou a suspirar e indagou o que tanto lhe ia à mente: — Quanto eu lhe devo?

Paco arregalou os olhos, não entendendo o que ela acabara de dizer.

— Como é?!

— Oras, Paco. Você sabe muito bem...

— Não, Giulia — meneou a cabeça. — Eu não sei.

— Paco... — respirou fundo. — Nós transamos essa noite e você é um profissional. Eu quero saber quanto eu devo por essa noite.

Se os olhos de Paco já estavam arregalados, agora pareciam querer saltar no chão. Não podia acreditar no que acabava de ouvir.  Aquela mulher só poderia estar maluca!

Giulia passou por ele e alcançou sua bolsa, pegando a carteira e o fitou com interesse, indagando:

— E então? Quanto lhe devo?

—Quanto você me deve...?! — a fitou como se ela não passasse de um extraterrestre.

— Meu Deus, Paco! — disse impaciente. — Você é sempre assim?! Eu só fiz uma pergunta simples...

Como ele continuou em silêncio, Giulia suspirou e revirou os olhos, mexendo em sua carteira.

— Ok... — ela dizia. — Quinhentos dólares? É isso?

Paco ficou  pasmo com aquilo. Ela só poderia estar de brincadeira...

— Paco, se você não me ajudar, como eu vou poder lhe pagar?! — indagou, dessa vez irritada e, não estava preparada para o olhar furioso que ele lhe dedicou. Resultado: estremeceu por dentro, mas tratou de não demonstrar nada para ele.

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