Proposta de amor

Capítulo oito

*Próxima semana tem mais, amores. Não se esqueçam das estrelas. Boa leitura! :*

Capítulo 8

 

Giulia continuou em silencio, fitando Paco e absorvendo o que ele acabara de dizer. Sentia que fazia sentido o que ele disse e sentia-se estranhamente ridícula por ter ido até a Inglaterra para se expor daquela maneira.

Ele tem razão., Giulia pensava, por que estou fazendo isso, meu Deus?

Por mais que Paco não gostasse quando ela começava a falar feito uma louca, gostava menos ainda quando ela não dizia nada. Aquele silêncio o incomodava e sabia exatamente o porquê ela estava quieta: estava pensando no que ele acabara de dizer.

E gostou de saber disso. Não seria somente um instrumento nas mãos dela. Giulia levava sua opinião em conta e isso fez com que ele se sentisse estranhamente feliz.

— Então? — Paco cortou o silêncio. — Não vai dizer nada?

Giulia sacudiu a cabeça e o fitou nos olhos.

— Você tem razão... — ela meneou a cabeça, ainda o fitando nos olhos. — Isso é patético! — balançou a cabeça mais uma vez, se sentindo infeliz e miserável. Giulia começou a andar pelo lugar e Paco a seguia com o olhar. — Eu sou patética, estúpida!  Para que eu vim fazer isso? — o fitou novamente. — Faz dois anos que eu não vejo ele e, mesmo assim, venho aqui me expor ao ridículo.

— Não... você não veio fazer isso, Giulia. — ele interveio. — Veio aqui porque sua irmã está se casando e você é a madrinha, a que deve apoiá-la. Só por isso. E ninguém aqui sabe que você queria fazer ciúmes para ele.

— Só você e a Dianna...

— Viu só? Não tem porque você se preocupar.

— Isso porque você não verá a minha conta bancária sofrer uma agressão nos próximos meses, quando eu tiver que pagar pelos seus serviços... — gemeu, se lembrando do valor daquele cheque.

— É nisso que dá ser impulsiva. — ele sorriu e aproximou-se dela.

— Pois é... vou ter que deixar de ser assim. Porque senão... estarei perdida. E falida!

Paco sorriu por um momento, mas logo ficou sério.

— Giulia... me responde uma coisa...

— O que? — o encarou.

— Você ainda gosta dele?

— Não sei... — suspirou. — Sinceramente não sei.

— Ok... — pegou na mão dela. — Então vamos descobrir.

— Você ainda quer continuar com isso?

— Claro! Não é sempre que eu posso vir para a Inglaterra e ajudar uma mulher linda como você. Além do mais... não se esqueça de que você me tem por uma semana. E eu pretendo cumprir o trato.

Giulia riu e teve que admitir: adorava quando ele dizia que ela era linda.

— Certo! Vamos fazer o trato valer à pena.

— Isso. — ele sorriu em aprovação. — Assim é que se fala!

Giulia respirou fundo e mordiscou o lábio.

Paco olhou aquilo encantado e teve uma vontade imensa de saber como seria o sabor daqueles lábios.

Trata de tirar essa idéia maluca da sua cabeça, Bauer! Esquece isso! , ele pensava, não foi por esse motivo que você veio aqui, se lembra disso.  E ela está contando com você.