Capítulo trinta e cinco

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*Olá, meus amores. Antes de tudo, desculpe por não postar na sexta, mas... é que tentei fazer algo pra cá no pc e meu famoso probleminha no olho resolveu atacar. Fiquei o fim de semana inteiro com o olho doendo e por isso não apareci.

Hoje como está melhor, vou postar e, para compensar, amanhã posto pela sexta feira.

Espero que estejam gostando da história! Comentem, indiquem e se achar que mereço as estrelas, dar-me-ás. (Olha só, sei usar mesóclise! Meu professor de Sintaxe ficaria orgulho de mim! *__* kkkk’)

Agora chega de papagaiada e vamos ao que realmente interessa. Boa leitura e um óóótimo dia! Beijo, beijo.

[...] “— Marion, o que é isso?

— Eu te explico... — soltou um leve suspiro.

— É bom. Porque não estou entendendo nada.

— Mas já vou logo avisando — Marion levantou-se. —, nada do que vocês podem dizer vai me fazer mudar de ideia!

— Mas, Marion... — Giulia meneou a cabeça.

— Não, Giu. Não volto atrás! Por favor...

— Tudo bem. — concordou, suspirando. — Mas o que acontece?

— É um longa história... — Marion disse, suspirando e encolhendo os ombros.

— Temos tempo suficiente.


Quando Marion sentou-se no banco, Giulia a seguiu e sentou-se ao seu lado. Paco continuou de pé, vendo toda aquela situação a sua frente.
— Quando você foi embora para Los Angeles... — Marion começou, sem conseguir fitar sua irmã. — Dois anos atrás... logo depois eu fui viajar.
— Eu lembro. Até estranhei um pouco, mas você disse que era porque estava tendo um treinamento profissional.
— Foi isso mesmo. Mas a verdade é outra, totalmente diferente... —  ficou em silencio e se levantou, inquieta. — Fui pra lá por que...
— Por que...?
Marion não conseguia dizer nada. A verdade estava travada em seus lábios e, por mais que quisesse, não conseguia expressá-la, o que só serviu para deixá-la ainda mais inquieta.
Giulia percebeu o jeito da irmã e tentou ajudá-la, indagando com cuidado:
— Marion... de quem é essa criança?
Marion olhou para Giulia e depois para a criança, que tinha se aproximado de Paco e estava brincando com ele. Nessa altura, Paco já nem mais prestava atenção no que as duas falavam, tão entretido estava com a criança.
— É minha... — Marion deu um meio sorriso, confessando.
Mesmo sem querer, foi impossível Giulia não arregalar os olhos com aquela noticia.
— Não faz essa cara, Giu... — disse, fitando a irmã. — Por favor...
— Mas... que... — fez uma pausa, meneando a cabeça. — Que história maluca é essa, Marion?
— A história da minha vida.
— Marion... isso é brincadeira, né?
— Não, Giu... é a mais pura verdade.
Giulia olhou para a criança que brincava com Paco e sentiu algo, mas tratou de tirar aquilo da cabeça. Ela voltou a olhar para Marion, depois para a criança.
Era inegável a semelhança entre mãe e filho. Mas... Sua irmã? Não conseguia acreditar que Marion tinha um filho e ninguém ficasse sabendo disso.

Quem seria o pai...?

— Então... é mesmo seu filho?
— Todinho meu! — disse, com um sorriso orgulhoso de mãe. — Ele não é lindo?
Giulia olhou para a criança novamente e sorriu.

Com os cabelos escuros curtos, levemente enrolados nas pontas e os mesmos olhos claros de Marion, o menino parecia um anjinho.

— É... é lindo mesmo!
Nessa hora, Paco levantou seu olhar e encontrou o olhar de Giulia. Ambos se fitaram, cada um sentindo uma emoção, que pensava que o outro não estava sentindo.
Algo passava entre Giulia e Paco e Marion acabou percebendo isso, mas achou melhor ficar quieta. Desde a primeira vez em que os viu, soube que algo muito forte acontecia entre eles, mesmo que ainda não soubessem. Ou tentassem negar.
Giulia sentiu sua respiração começar a ficar mais ofegante e estranhou.
O coração de Paco começou a bater mais rápido, e ele sabia exatamente o porquê. Seu coração, mente e corpo diziam a mesma coisa incansavelmente: Faça ela lhe aceitar!
Ele deu um sorriso para Giulia e ela sentiu suas pernas ficarem bambas. Sua sorte era que estava sentada, caso contrário, teria caído no chão feito uma gelatina.
Qual o seu problema, Giulia?, ela indagou-se mentalmente. Parece que nunca nenhum homem sorriu pra você... está pior que uma adolescente apaixonada!
Marion observava a cena a sua frente e um sorriso brotou em seus lábios. Sua irmã se preocupando com os problemas dos outros, quando ela tinha algo para resolver também. Porque, se aquilo que rolava entre os dois não era amor, Marion seria capaz de inventar uma nova palavra para definir aquela forte emoção que brilhava intensamente nos olhos dos dois.
Levantando-se, Marion foi para perto de seu filho, ajoelhando-se ao lado dele e virou-se para Paco, dizendo:
— Você tem jeito com criança.
— É... — ele sorriu, enquanto mexia nos cabelos do menino. — Acho que sim...
A criança colocou a mão na perna de Paco e olhou para ele, sorrindo. Paco não aguentou e o pegou no colo.
— Você é uma gracinha, sabia? — disse sorrindo.
Giulia não soube explicar, mas sentiu uma violenta pontada em seu coração. Nunca, nunca mesmo, em toda sua vida, tinha sentido algo parecido com o que sentia no momento.
— Qual o nome dele? — Paco indagou, alheio ao que acontecia no íntimo de Giulia.
— Caio!
— É... — fitou a criança com carinho. — Combina com você, Caio. — Paco sabia que Giulia o olhava, mas não dirigia o olhar a ela.

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