Capítulo trinta

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*Amores, desculpe não ter postado na segunda. Tive uns probleminhas ai... Vou postar o de hoje e amanhã eu posto mais um pra compensar pelo de segunda. :D

Boa leitura e não se esqueçam das estrelas e de comentar. Beijos!

Quando Giulia chegou na praça que Went havia pedido para se encontrarem, olhou a sua volta, mas não havia sinal dele por ali. Será que ele já fora embora?

Suspirando, ela fitou seu relógio e disse:

— Talvez ele ainda venha... — deu outro suspirou e foi se sentar em um banco que tinha ali perto.
Um casal passava pela sua frente, de mãos dadas. Giulia sentiu uma antiga tristeza a invadindo e não foi capaz de conseguir entender o porquê daquilo.
Soltou um longo suspiro e olhou para o outro lado. O que está acontecendo com você Giulia?, pensou, olhando para as mãos e brincando com um anel que tinha em seu dedo.
Sem perceber, seu pensamento foi parar em um moreno que, não sabia o motivo, tinha magoado.
— Paco...  — sussurrou e fechou os olhos por um momento.
Queria saber por que ele ficara assim... Não conseguia entendê-lo: uma hora ele estava bem, de bom humor, todo carinhoso e, cinco minutos depois, mudava radicalmente...

Nem ela que era louca de pedra ficava assim.
— Tenho que descobrir o que se passa com ele! ajeitou seu vestido e olhou a sua volta. — E vai ter que ser rápido... não agüento ficar com esse clima pesado com ele.
 — só não sabia o porquê não gostava daquilo. — É, Giulia... — ela continuava a comentar consigo mesma. — Acho que primeiro você vai ter que descobrir o que se passa com você, para depois descobrir o que acontece com ele.

—  Giu... — alguém colocou a mão sobre o ombro dela, fazendo com que Giulia se assustasse um pouco e desse um pulo.

Giulia olhou para quem tinha chegado e colocou a mão em seu peito, dizendo enquanto recuperava o fôlego:
— Went... Você me assustou.
— Desculpa, Giu. Não era minha intenção.
— Tudo bem... — ela meneou a cabeça. — Eu estava distraída...
— Percebi. — ele sorriu. — Estava pensando no Paco?
— É tão evidente assim? — ela indagou, arregalando os olhos.
— Pior que é... — disse, sorrindo.
— É... — suspirou. — Ele está me deixando louca...
— Eu sei como é.
Giulia estreitou os olhos mas não disse nada. Por que parecia que ela perdera algo...?

— Posso sentar? — ele indagou.
— Claro.
Went se sentou ao lado dela e ficou em silencio. Giulia se virou e o olhou, indagando:
— O que foi, Went? O que você queria falar comigo?
Ele não dizia nada e Giulia começava a ficar preocupada. Já não bastava o Paco, agora tinha de lidar com mistérios de seu ex noivo.

— Went... pode falar.
Went olhou para ela e pegou em suas mãos. A fitou com intensidade, como quem ia contar um grande segredo.
Pela primeira vez, Giulia via aquilo em seu olhar e tinha certeza de que seria algo muito importante.

— Sei que posso confiar em você, querida.
Giulia fez que sim com a cabeça, ficando em silêncio.
— Certo... — ele respirou fundo. — Quero que você saiba que o motivo da nossa separação... —  fez uma pausa. — Não foi culpa sua. Você não é a causa de nosso rompimento...
Giulia estreitou os olhos. Aquilo era novo...
— Não? — ela indagou.
— Não.
— Então... — incentivou ele a continuar. — O que o levou a terminar nosso relacionamento?
Went respirou fundo e, sem mais demora, e para espanto total de Giulia, disse:
— Eu sou gay!

Paco chegou na casa dos pais de Giulia e foi direto para o quarto, guardar suas compras. Ele colocava tudo no guarda roupa, quando alguém entrou no quarto.
— O que esconde ai, Paco?
Ele se assustou e fechou a porta, se virando de frente para a pessoa.
— Oh... — respirou fundo. — Dona Barbra...
— Me chame somente de Barbra... sorriu. — Mas o que você escondia ai? — olhou para o guarda roupa.
Paco seguiu o olhar dela e disse:
— Eu? Nada...
— Nada? Então quer dizer que posso ver o que tem ai, não é?
Ele abriu a boca para falar algo, mas não disse nada.
— Ok, então... — ela sorriu e se aproximou do guarda roupa, tentando abrir a porta, mas Paco não a deixava abrir. — Deixa eu ver, Paco...
— Não tem nada demais aqui...
— Eu quero ver. — voltou a tentar abrir a porta, mas ele a impediu novamente. Suspirando, Barbra soltou a porta e o fitou nos olhos. — Eu sabia que escondia algo. Não vai me dizer mesmo o que é, não é?
Paco deu um suspiro, dizendo:
— Desculpa... mas não vou não!

— Ok... — ela sorriu. — Não se preocupe. Mas acho que sei o que é...
— Sabe? Como assim? — ficou meio desesperado com aquilo.
— Eu desconfio o que seja, mas é melhor eu não dizer. Você pode ficar embaraçado...
Paco suspirou aliviado e ela percebeu.
— Eu sei que são brinquedinhos, querido.
Paco arregalou os olhos e Barbra começou a rir.
— Não faça essa cara, querido. Acha que não sei que vocês usam essas coisas?
Paco não sabia o que dizer pra ela e Barbra continuava a dizer, apesar do claro embaraço dele:
— Tudo bem, Paco. Não faça essa cara. Não sou assim tão antiquada como os outros... — deu um sorriso e o olhou com intensidade. — Desde que você faça minha Giu feliz, vocês podem fazer de tudo entre quatro paredes.
Oh, meu Deus!, ele ouvira mesmo aquilo?
Paco não disse nada. Até porque, não saberia o que dizer para ela. Sentia uma gota de suor escorrer por sua testa, tamanha era a sua vergonha.
Barbra se aproximou e apertou as bochechas dele.
— Sabia que você é uma graça?. — sorriu. —  E sei que faz minha Giu feliz. Assim como ela também te faz. Não é mesmo?
Paco deu um leve sorriso para ela e disse:
— Faz. E muito! Mais do que ela imagina.
— Fico feliz em ouvir isso.. — ela sorriu, satisfeita. — Ela merece alguém como você. — dizendo isso, ela saiu do quarto deixando Paco para trás, rindo daquela situação.
— Acho que loucura deve ser de família...

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