Capítulo vinte

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Giulia e Paco desceram as escadas de mãos dadas e foram até a sala de estar. Encontraram os pais de Giulia sentados no sofá conversando e, ao perceberem os recém chegados, os mais velhos pararam de falar e os fitaram.

— Papai. — Giulia sorriu ao ver o pai e caminhou até ele.

— Meu amor... — Víctor se levantou e foi em direção a Giulia, abraçando-a em seguida. — Mal tive tempo para falar com você ontem...

— Eu sei, pai. Mas vamos ter muito tempo pra conversar.

— Acho bom mesmo! — eles se separaram e Víctor olhou para Paco. — Você é o namorado dela, certo?

— Sim, Senhor. — Paco assentiu com a cabeça.

— É bom que você tome conta dela. — Víctor o avisou. — Sabe que ela é a coisa mais preciosa que tenho.

— E com toda a razão. — Paco concordou e passou o braço pela cintura de Giulia, puxando-a para perto e lhe dando um beijo carinhoso na testa.

Giulia fechou os olhos e se segurou para não soltar um suspiro deliciado.

Barbra sorriu e Víctor olhou para eles satisfeito com o que via.

— Então... — Barbra começou a dizer. — É melhor vocês irem, ou vão se atrasar...

— Tem razão, mãe. — disse, sorrindo. — É melhor irmos logo, Paco. E a Marion, mãe?

— Ela foi mais cedo.

— Tudo bem. — Giulia sorriu e fitou Paco. — Vamos... — pegou na mão dele e começou a andar em direção a porta.

Ei! — Víctor os chamou.

Eles se viraram para Víctor e Giulia indagou:

— Sim, papai?

Víctor olhou para Paco e apontou para Giulia, dizendo sério:

— Toma conta da Giulia. Ela com essa roupa chamará muita atenção!

— Não se preocupa, papai...

— Eu não falei com você, mocinha. — Víctor a interrompeu, com bom humor. — Eu falei com seu namorado!

Giulia riu e olhou para Paco, sem dizer nada.

— O Senhor não tem com o que se preocupar. — Paco garantiu. — Ficarei de olho grudado nela!

— Ótimo! — Víctor sorriu. — Agora podem ir.

Com isso, eles se despediram e saíram da casa. Giulia já tinha pedido o táxi e ele os estava esperando.

Logo que entraram no táxi, Giulia se virou para Paco e disse com bom humor:

— Ele diz isso porque não viu a roupa da Dianna.

— O que tem a roupa dela? —estreitou os olhos, desconfiado.

— Você vai ver... Você vai ver...

Dez minutos depois eles chegavam ao local onde seria a despedida de solteira de Marion e, Paco ficou de frente para a entrada, impressionado com a beleza do lugar.

— Muito lindo...

— Muito mesmo. — Giulia parou ao lado dele e sorriu. — Marion sempre quis algo assim.

— Tem muito bom gosto.

— Pois é... — ela suspirou.

Paco percebeu que algo a incomodou e a fitou nos olhos.

— O que foi? — ele indagou.

— Não é nada... — ela sorriu e meneou a cabeça.

Paco arqueou a sobrancelha, mas não disse nada. Giulia revirou os olhos vencida e, acabou dizendo:

— Oh, é que eu estava aqui pensando. Queria algo assim para mim... — mordiscou o lábio.

Paco deu um leve sorriso e acariciou o rosto dela, dizendo bem baixinho:

— Você vai ter isso um dia. Quando menos esperar. E vai ser ainda mais bonito do que isso.

Giulia o fitou nos olhos e sentiu um leve tremor passar pelo seu corpo. Paco a olhava com tanta intensidade, que Giulia deu um sorriso tímido e baixou os olhos.

Paco segurou o rosto dela entre suas mãos e roçou seus lábios nos dela, em uma leve caricia. Giulia soltou um gemido e passou suas mãos pelo tórax dele.

Foi um beijo simples, mas cheio de significados escondidos, que nenhum dos dois se deu conta do que acontecia entre eles.

Separaram-se com um brilho diferente nos olhos.

Giulia o fitou nos olhos e seu coração disparou como nunca.

Paco a fitou nos olhos e sentiu sua respiração ofegante, como se tivesse acabado de correr uma maratona.

Giulia respirou fundo e passou as mãos pelos cabelos, murmurando:

— É melhor entrarmos...  — Giulia o pegou pela mão e os dois entraram no salão.

Chasing the sun” do grupo “The Wanted” tocava bem alto. Algumas mulheres dançavam na pista e outras estavam no bar, conversando, rindo, sempre, claro, com muita bebida por perto.

Giulia olhou em volta, tentando achar Dianna ou Marion.

Paco olhava ao redor, divertido com o que via: estavam todas fantasiadas com algum personagem. Uns mais inocentes como os de contos de fadas, outros já nem tão inocentes assim...

Giulia olhou para ele e percebeu a o divertimento estampando no belo rosto. Ela sorriu e disse mais alto que a música:

— Era para todas virem com alguma fantasia. Foi uma brincadeira que Sammuel fez com a Marion uma vez, de que queria vê-la com uma dessas fantasias, mas ela disse que não ia vestir isso para ele, e sim, na despedida dela.

— É... — ele riu. — Sua irmã tem criatividade. Não pensaria nisso. — ficou sério de repente. — Vem cá: na despedida do Sammuel não vai ter nada disso, né?

— Bem... — ela riu. — Não tem fantasia. Agora... Se vai ter alguma garota, você sabe fazendo o que... Isso eu já não sei te dizer.

Paco respirou fundo, fingindo indignação.

— Isso é injusto! Deveria ter alguma stripper por lá...

—  Como é? — Giulia arregalou os olhos.

Paco olhou para a expressão que Giulia fez e apertou os lábios, tentando não rir.

— Oras... Não disse nada demais... — deu de ombros.

Giulia estreitou os olhos e apontou o dedo para ele.

— Escute aqui, Paco Bauer: você que se atreva a olhar para alguma garota naquela festa!

Paco não agüentou mais e começou a rir. Giulia o olhava sem entender o porquê daquela explosão de riso dele e indagou, irritada:

— Posso saber por que está rindo?

Paco fez força para se controlar e poder falar. Ele levou um tempo para conseguir falar e respirou fundo.

— Sabe o que é? Eu joguei verde para colher maduro... — explicou, sorrindo.

— Não entendi.

Ele a fitou sem mais nenhum traço de humor e disse:

— Eu só disse aquilo para pegar você. E bem... funcionou. — voltou a sorrir lindamente. — Você tem ciúmes de mim!

Como é?, Giulia pensou, enquanto arregalava os olhos.

*Não se esqueçam das estrelas, amores! Espero que estejam gostando da história. Deixem comentários, faço questão de responder todos! *__* Beijos!

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