Capítulo vinte e três

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[...] “ — Eu queria poder te contar, Giulia. Mesmo! Mas não posso... Não agora. Quem sabe um dia...

Marion suspirou e levantou a cabeça. Enxugou as lagrimas antes de voltar a olhar para Giulia. Mesmo que não tivesse falado o verdadeiro motivo para Giulia, se sentia um pouco melhor. Mais aliviada. Até porque, alguém agora sabia que tinha acontecido algo, só não sabia o quê. E aquilo fez com que Marion se sentisse um pouco mais tranqüila.

— E ai? — Giulia indagou, passando a mão pelo braço da irmã. —  Está melhor?

— Bem melhor... — deu um leve sorriso.

— Que bom... — também sorriu.

— É... — Marion mordiscou o lábio, um pouco nervosa. — Giu?

— O que foi?

Marion respirou fundo antes de dizer:

— Por favor... Não conta isso pra ninguém, certo?

— Pode ficar tranqüila, maninha. Ninguém vai saber de nada.

— Obrigada... Sabia que podia contar com você.

— Sempre!

— O que as garotas aqui tanto conversam? — Dianna indagou, ao sentar-se ao lado de Giulia e pedir uma bebida.

— Nada demais... — Giulia disse, com pouco caso.

Marion sorriu em agradecimento por ela não ter falado nada. E o assunto morreu ali.

Ao menos, era o que Giulia deixaria Marion pensar por enquanto.

Mais três horas se passaram, quando Marion resolveu acabar com a festa. Na verdade, já estavam todas muito bêbadas e o dono do lugar teve que fechar o estabelecimento mais cedo, devido a certas mulheres que saíram um pouco da linha e acabaram arranjando briga.

Dianna, Marion e Giulia já estavam do lado de fora, ao lado da limousine que Marion tinha alugado, quando a noiva disse, tropeçando nas próprias palavras:

— Que-pena-que-acabou.

— Pois-é. — Dianna concordou. —  A-gente-devia-ter-ficado-mais-tempo

— É-mesmo! Não-quero-ir-pra-casa!!! — Marion disse, quase parecendo uma criança quando faz birra.

Giulia olhou para elas, tentando ficar de pé em seu salto e disse:

— E-quem-foi-que-disse-que-a-noite-acabou?

Marion deu um sorriso largo, dizendo:

— Sabia-que-você-ia-aprontar-algo!

— Você-me-conhece! — sorriu.

— Ok. — Dianna soltou um arroto, rindo em seguida com aquele gesto pouco feminino. — Posso-saber-o-que-se-passa-pela-sua-cabeça?

Giulia se encostou na limousine, mais para se equilibrar do que por cansaço.

— Bem... Eu-pensei-que-a-gente-podia-invadir-a-festa-dos-rapazes.

Dianna e Marion estreitaram os olhos e indagaram ao mesmo tempo:

— Fazer-o-que-lá?

— Uma-surpresa. O-que-acham?

— Bem... — Dianna deu de ombros.Eu-não-quero-ir-para-casa. Então... adorei-a-ideia!

— Só-não-sei-se-eles-vão-gostar-de-ver-a-gente-lá.

Giulia foi até Marion e a abraçou pelos ombros, quase fazendo com que as duas caíssem no chão.

— Eles-vão-adorar!

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