CAPÍTULO 03

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  "Meu telefone tocava sem parar... Que horas são?"  Me virei para o lado e eram quase dez horas da manhã. Me levantei e alcancei o celular, tinha um número desconhecido me ligando trezentas vezes seguidas. Na trezentas e um eu atendi.

— Oi quem é?

       A ligação fica muda e a pessoa desliga. Deveria ser alguém oferecendo um produto ou meu número estava por engano nas empresas telemarketing da cidade.

               Eu estava com uma dor de cabeça infernal. Merda isso se chama ressaca, tá doendo tudo. 
              Tomei um banho relaxante e comi alguma coisa. 
            Meu turno começa às 21:00 hoje e a madrugada é minha.
Fiz tudo o que tinha que fazer e fui para a delegacia.

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Meia noite


  Estava fazendo a ronda sozinha , um carro da patrulha e meu som bad clichê tocando de fundo. Estava tudo tranquilo até que um sinal de fumaça me chama atenção, estacionei e desci para verificar.
       Ao adentrar a mata vi que era apenas uma fogueira, apaguei e fui na direção da viatura.
      Mas quando estava chegando no veículo, alguém me empurra contra o capô, batendo minha cabeça contra a lata do carro.

— CADÊ ELA? — alguém furioso gritava comigo.
— Quem? — como estava com a minha cara prensada no capô, não conseguia ver quem era e sem contar que eu estava apavorada.
— CADÊ ELA? — insiste na questão, ainda em tom agressivo.
— Eu não sei de quem você está falando. Por favor não me machuca. Eu sou só uma guarda.  
— Vasculha essa merda e pega o celular dela. — ordena outra pessoa fazer isso —Me fala onde está aquela vadia.
— Se você me falar quem é eu posso ajudar.

— Senhor, aqui. — ele veio com o celular na mão.
— Liga pra ela no viva voz.
— Por quê, estão fazendo isso comigo? Me solta, deixa eu ir.
— CALA A BOCA LOIRINHA. Tá chamando?
— Ta sim senhor.

Ligação on:

— Piper? — essa voz....

Olá, quanto tempo meu amor. Aqui é seu velho amigo. — fala irônico.
— KUBRA? Cadê a Piper?

Kubra— Ela está aqui. Da um "oizinho" loirinha, fala que está bem pra sua amiguinha.
Alex—  O que você quer com ela?
Kubra— Você está com umas coisas minhas e eu quero de volta.
Alex— Vai sonhando. Solte-a!
Kubra— Eu solto, quando sua cabeça vier numa bandeja. — senta no capô—Ou eu mato ela.
Alex— Ela não tem nada haver com isso.
Kubra— Agora ela tem. E se ela morrer, a sua consciência vai ficar pesada para sempre e você sabe que não aguenta.

Merda, ele estava ameaçando ela por mim? Como se ela se importasse.

Alex— Escuta aqui você não vai fazer nada com ela — A voz falha do nó na garganta transparece na ligação.
Kubra—  Ah, o amor é lindo. Venha pra mim e eu não farei nada. New York te espera, vadia. Desliga. — o homem que segurava o aparelho encerra a chamada.

Ele solta a Piper e segura o rosto dela com as duas mãos.

— É o seguinte eu sei exatamente onde você mora, Chapman. Se ela não aparecer, eu vou atrás de você e te corto em pedaços. Capiche?  — da dois tapinhas leves no rosto dela.

— Ela não vai aparecer.

— É melhor torcer para que sim... Ou se considere morta. Vamos. — entra no carro junto com os outros homens.

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