CAPÍTULO 04

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    Estava tão assustada que tive que voltar para a delegacia caminhando. Não estava em condições de dirigir, minhas pernas estavam trêmulas e meu pensamento a milhão.

Meu chefe, Richard me interrogava sobre isso.

— Piper, fala pra mim o que houve. Como ele era?

— Eu não sei... Foi tão rápido, acho que criaram uma distração pra mim, eu fui verificar e quando voltei me bateram.—Estava nervosa demais com isso.

— Você pelo menos viu o rosto dele?

De repente meu celular toca e era ela.

— Eu... Eu preciso atender.
— Chapman, pensa bem. Pode ser ele.
—  Não, é uma amiga. Ela deve estar preocupada.
— Vou deixar você a vontade então.

Ele sai da sala e eu atendo.

— Alex? — perguntei ansiosa para ouvir a voz dela.
— Piper, meu Deus! Você tá bem? — a voz dela era de preocupação e angústia.
— Estou, eu tô na delegacia.
— O que? Você está maluca? Sai dai, não denuncia ele.
— Alex, ele é um psicopata.
— Ele é poderoso, te mata em um estalar de dedos. E você sabe disso, o conhece bem. Então não o denuncie.
— Ele disse que sabe onde eu moro e vai me matar se... — a própria completa a frase...
— Se eu não voltar?
— É. E se voltar, pode acabar sendo morta. Ele estava com muita raiva de você.
— Não era para menos. — suspira—Olha, fica tranquila, você vai ficar bem. Se cuida Piper. E não me liga mais!
— Alex, esp...
— Volta para sua casa de táxi. Nem pensar em ir de a pé sozinha... Ou chama alguém para te acompanhar, vai para casa da Patrícia ou dos pais do seu noivo, sei lá... Por favor, se cuida.
— Você ouviu meu recado? Espera... Você está preocupada mesmo?
— ÓBVIO PIPER, MEU DEUS. Toma cuidado. Eu tenho que ir...
— Alex, não...

Encerra a chamada.

Delegado Richard— E então?
— Estou bem Richard, obrigada. Acho melhor eu ir pra casa e se me lembrar de algo, informo. 
— Piper, isso é para o seu bem. Me diz do que se lembra.
— Eu não me lembro de nada. — levantei
— Ok, vai descansar... E amanhã a gente conversa.

Sai do departamento e chamei um táxi. Não que ela ainda mandasse em mim, mas eu tô com medo. É normal né? Afinal, um traficante de um cartel internacional de drogas, acabou me fazer refém por dez minutos.

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