CAPÍTULO 37

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         Retornamos ao "esconderijo" de Kubra. Ele não demonstrou medo algum, somente a ganância por querer mais e mais dinheiro.

Kubra— Alex... Você é a mais poderosa daqui toma. — me entregou um pano e desenrolei.
— Eu não vou usar.
— Você vai sim.

     Era uma 9mm, de qualquer forma é uma arma. E eu não gosto de armas.

Kubra— Para entrar em combate vocês todos vão com uma pistola e uma arma de fogo rápida. Não quero reclamações. Quero treinamento e ataque rápido discreto e direto!

     Peguei aquilo e sai depois de ouvir tudo isso. Se a Piper souber disso eu estaria morta... E agora o que eu vou fazer?

          Entrei no meu carro e ia dirigindo em direção a minha casa, quando Piper me liga. Coloquei a ligação em modo viva-voz.

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— Oi meu amor. Tudo bem? O que tá fazendo?
— Oi Pipes. To indo pra casa. E você?
— Te esperando na minha. Vem... Eu fiz uma coisa especial para você.
— Estou indo.
—Eu te amo.
— Eu amo você.

Ligação off.

      Peguei o retorno e dirigi até a casa dela, estava aflita e não poderia deixar ela perceber. Fiz a melhor cara que eu consegui e estacionei o carro na frente da casa dela. E já me esperava na porta.
Desci do carro e ela veio saltitante para me abraçar.

— Oi meu amor. Que saudade que eu estava.
— Piper, nos vimos hoje de manhã.
— Ah eu sei. Mas é tão ruim ficar longe de quem a gente ama, né?
— É muito ruim. — a beijei e ela me olhou séria
— O que foi?
— Por quê?
— Porque você tá tensa... Aconteceu algo?
— Apenas estou cansada, dirigi muito hoje.
— Então vem... Você ta com fome?
— Ah.. eu tô. —fomos caminhando lentamente até a porta
— Adivinha o que tem para comer?

         Eu parei e olhei ela de cima a baixo e sorri maliciosa.

— Aí Alex — nós demos risada— Parece que não cansa.
— De te ver toda entregue pra mim? Não me canso nunca!

— Ta... Ta. Vem aqui, eu vou te vendar.
— Olha, na minha época a gente usava venda pra transar.
— A gente não vai transar. — amarrou a venda em mim— É uma gravata velha do Larry, mas serve.
— Eca, que nojo. Mas vamos... Eu não estou enxergando nada. —  ri de nervoso.
— Eu te ajudo. — enganchou seu braço no meu e me guiou. — Isso para aqui... Não se mexe e se você tirar a venda vai levar três socão na costela pra deixar de ser teimosa.
— Piper agressiva. Saudades... — escutei os passos dela se afastando de mim e permaneci quieta ali— Sabe do que eu lembrei.
—Do que?
—Daquele dia que você puxou meu cabelo e pediu desculpas. — dei risada— Eu gostei.
—De 24 horas do dia, você pensa em sexo 20. Credo.

Ela me puxou pelo braço e me virou...

— Aí....agora sim. Deixa eu me ajeitar aqui.
—Piper, Piper... Olha lá em.
—Pode tirar a venda.

       Tirei a venda e ela estava ajoelhada em minha frente com um buquê de flores.

—O que você tá fazendo? — eu sorria tanto mas sei lá.
—Alex Vause, eu não esqueço as datas tão cedo... Eu sou muito boa com números. E hoje faz exatamente oito anos que nos conhecemos... E eu sei que é uma data boba, mas eu quero ter lembranças nossas sem ser discussão ou confusão... Eu te amo Alex e você foi a pior e a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você sempre foi meu tudo e todos os meus sentimentos são voltados para você. Todos os meus sorrisos, tudo..tudo... Eu te amo!
— Oito anos? Nossa... É muito tempo, também te amo Piper Chapman, a minha vadia de sexo, que eu acabei me apaixonando. E é só você que tem todos os sentimentos bons que existe em mim, que tem os meus melhores sorrisos.

Se levantou toda sorridente e me abraçou, me encheu de beijos e carinhos. Ah eu amo ela... Demais!

—Eu não sabia que flores você gostava, então peguei uma de cada.
— São lindas. Ainda mas só porque foi você que comprou...
— Boba, temos no menu de hoje lasanha feita por mim, receita da vovó, refrigerante porque tem que combinar e mais algumas coisas... E agora sim isso tá um jantar romântico. —ela apagou as luzes da cozinha deixando algumas velas acesas— Hoje a noite é nossa. Sente-se por favor, Vause. —puxou a cadeira para mim e me sentei

      Sinceramente, eu estava boba com tudo, faz tanto tempo que eu não sou tratada com tanta prioridade assim que me desacostumei.
     Estava tudo tão bonito, inclusive ela. Que usava o cabelo preso em um coque e um vestido preto básico. Ela era linda de qualquer jeito... Jantamos olhando nos olhos uma da outra quase sempre, um jantar com poucas palavras mas com muita conexão e muitos sorrisos bobos.

— Estava ótimo. Essa é a melhor lasanha que eu já provei!
— Minha avó nunca erra... Eu sei cozinhar qualquer coisa que não inclua gordura. E fica ótimo...

Dei risada.

— Entao já dá pra casar comigo, né? Quer?

Ela ficou séria.

—Quero.
—Quer?
— Sim, depois que eu ter certeza que você não vai me dar um pé na bunda no altar.

             Nós rimos e começamos a arrumar a mesa. Estava me sentindo em vida de casal já.

— Sabe o que é mais estranho?

— O que?
— Nós não somos nada. Apenas ficantes...

Piper vem e senta na mesa.

— Tem razão. Não somos nada além de "peguetes".
— É... Mas pelo menos estamos nos dando bem. —ela morde o lábio inferior e eu levanto os óculos e a olho. Em um ato involuntário, eu disse. — Quer namorar comigo?

Ela arregala os olhos surpresa.— Nossa... Assim do nada? Quero!

         Sorrimos mais bobas ainda e nos beijamos... As coisas como sempre entre esquentou e logo estavamos sem roupa, nos amando loucamente na mesa da cozinha dela.

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