Sophie Adler A Filha De Um Gênio

Um estudo em cinza (2/3)

AVISO:

Esse capítulo será mais curto por questão de deixar menos massante e instigar a curiosidade de você leitor, espero que entendam que até um escritor tem que segurar "audiência" para ter uma média de feedback. Deixando isso de lado, desejo a todos uma boa leitura.
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Eu mal havia terminado de arrumar minhas coisas e vi, pela janela da sala, que Sophie já estava na calçada parando um táxi. Desci as escadas com minha mala, era apenas uma pequena mala rígida, escolhi não levar muita coisa, apenas o essencial. Já Sophie parecia que não iria levar nada além das roupas do corpo, nada além do que uma camisa social feminina, uma calça jeans escura e um sobretudo cinza azulado, e qualquer objeto que ela conseguisse levar dentro dos bolsos.

Perto da porta de entrada do apartamento me despedi de Sra. Hudson, ela parecia assustada, com certeza ouviu nossa conversa com Mycroft e acabou com medo de perder aqueles que a muito tempo considerava sua família, praticamente seus filhos. Abri a porta e logo minha nova parceira de viagem pegou a mala de minhas mãos a colocando de qualquer modo dentro do táxi enquanto eu entrava.

- Sabe para onde temos que ir?

- Mycroft disse para irmos para o aeroporto mais próximo.

- Ok mas onde fica?

- Rosie, o taxista já sabe pra onde nos levar, já dei instruções de onde deve nos deixar. - ela entrou no táxi assim que terminou de arrumar a bagagem de forma que não fosse balançar e fazer tanto barulho. Se sentou no banco ao meu lado e passou a encarar a paisagem urbana que aparecia pela janela do carro, estava completamente absorta em pensamentos.

Em uma ou duas horas estávamos no aeroporto, o trânsito não havia cooperado conosco, os responsáveis pelo jato particular já achavam que tínhamos desistido. Entramos na pequena aeronave, tinha um espaço ate confortável e, novamente, minha parceira estava olhando pela janela, ela parecia cada vez mais absorta em pensamentos até que dormiu.

Nesse momento peguei um pequeno caderno e comecei a anotar tudo que havia ocorrido, meu pai sempre estimulou minha escrita já que ele acabou passando de blogueiro sobre as histórias de aventura que vivia, para um cronista ou romancista, era assim que meu tio postiço o definia. Quando terminei minhas anotações percebi que estávamos aterrissando em um campo aberto, não em um aeroporto, na Califórnia.

- Incrível como os americanos não atiraram no jato assim que o viram - Sophie havia acabado de acordar com a pequena turbulência e fazia piada com o local.

- Devo avisá-la, srta. Holmes, que toda segurança nacional desse lugar foi alertada de sua chegada para um resgate, o único dado não divulgado aos americanos é a quem veio resgatar - disse um dos agentes que veio conosco para dar informações quando necessárias.

- Entendo, Mycroft monitora meu pai em todo local que ele vai certo?

- Sim srta.

- Onde o perderam?

- No vilarejo abandonado de Bodie, onde estamos, mais exatamente naquela casa - ele apontou para um cabana afastada, estávamos a uma distância onde não seríamos incomodados.

- Rosie, está disposta a me acompanhar naquele local durante a noite? Se eu procurar rastros a essa hora do dia ficaremos expostas - ela dizia sem tirar os olhos da cabana. Assenti positivamente e vi ela abrir um sorriso fechado.

- As srtas. desejam que eu faça uma reserva em algum hotel enquanto fico de guarda?

- Não, eu já fiz isso, troque esse uniformes por algo mais comum, ficará disfarçado como um turista visitando um lugar histórico, ao mínimo ato suspeito você deve entrar em contato, fui clara? - minha parceira o olhou com um olhar duro e severo, ela parecia até mais imponente que ele.

- Tão clara como água.

Foi um caminho demorado até chegarmos no hotel que Sophie havia dito ter reservado, enquanto estávamos no quarto sentadas em nossas respectivas camas, vi ela aparentar certa felicidade. Durante todo o dia e as horas que passei com ela na viagem eu não havia visto um único sorriso tão verdadeiro e puro.

- Pare de me encarar, incomoda muito sabia?

- Me desculpa é que você. . .

- Sim eu estou feliz, eu já vi o suficiente no nosso caminho até esse hotel barato, eu preciso apenas confirmar minha teoria.

- Vai me contar ou puxou o mistério de seu pai também?

- Não tenho tempo para histórias, Rosie, vou sair um pouco e recomendo que não me espere!

Ela rapidamente trocou de roupas rapidamente e saio tão rápido quanto havia se trocado. Não tive chance de perguntar o que faria, onde iria ou se voltaria, no fundo eu sabia que ela também não iria dizer. Seguindo seu conselho eu adormeci depois de um banho revigorante, foi muita agitação para um dia só.