Um estudo em cinza (1/3)

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Eu estava andando pela rua Baker, meu pai, John, havia ido atrás de meu tio que, numa viagens a negócios para a América, acabou desaparecendo. Os sumiços de meu tio não são muito raros, porém meu pai se preocupa sempre que acontecem.
Acho que ainda não me apresentei, me chamo Rosamund Mary Watson se o nome te soar familiar não se surpreenda, Sim eu sou filha do Dr. John Watson e moro junto com ele e meu tio Sherlock Holmes desde que eu era bebê. Meu pai me diz que me pareço muito com minha mãe, Mary, eu queria ter conhecido mas ela morreu enquanto eu ainda era muito pequena.
Parei em um café, que fica perto do apartamento onde vivemos, comprei um capuccino e algumas batatas fritas. Enquanto eu comia, um homem estranho entrou no local vestindo um sobretudo preto, aparentava ter entre 30 e 40 anos, ele se sentou no banco do meu lado e fez seu pedido. Algum tempo se passou e eu estava quase me levantando quando a figura estranha segurou meu braço e deu um puxão, me mantive firme e tentei me soltar quando uma garota, aparentemente da minha idade, segurou o pulso do homem.

-Você não sabe respeitar uma senhorita tão bela não é? Solte-a! Você não quer que nada aconteça com sua neta, ou quer?

Rapidamente o homem me soltou e saiu do local a passos largos, a jovem, de cabelos castanhos e cacheados, me olho fixamente antes de dizer:

-Desculpe mas acho que deveria se atentar mais, anda muito distraída não acha?

-Quem é você?

-Sophie Adler.

-Nos conhecemos?

-Você talvez não me conheça mas eu sei tudo sobre você, minha cara Rosie.

Era muito estranho ela saber meu nome e até mesmo o apelido que meu pai e tio haviam me colocado.

-Bem, obrigada pela ajuda mas eu preciso ir.

-Não precisa não, você mora aqui ao lado, mais especificamente no 221B

-Ah prazer conhecer, me chamo. . .

-Rosamund - Ela disse me interrompendo antes de completar a frase. Aquilo me assustou, como ela sabia de tudo isso? como poderia saber da minha vida em tão pouco tempo sendo que eu nunca a vi antes? eu não sabia, apenas era assustador. No seu jeito de falar e no olhar imponente em seus olhos azuis.

-Não pode ser, você disse Adler?

-Pensa devagar, igualzinha ao seu pai.

Ela abriu aquele sorriso de lado que eu costumava ver o tio Sherlock lançar para meu pai quando ele acabava de descobrir algo que, para ele, sempre era para ser óbvio.

-Você é filha de Irene Adler?

-Você definitivamente não é igual seu pai, quem me dera ele pensasse pelo menos nessa velocidade.

-Como você o conhece?

Não era possível que minha mente estava certa.

-Minha mãe esteve nesse lugar, não te contaram?

-Contaram mas isso não explica nada.

-Meu nome é Sophie.

-Eu sei você já disse isso.

-Sophie Adler Holmes - Um sorriso presunçoso e exibido nos lábios dela eram aparentes ao concluir a fala.

E naquelas palavras minha mente se perdeu. Eu não sabia, mas daquele momento em diante minha vida iria mudar, assim como a de meu pai havia mudado. Quem diria que conhecer sociopatas estava no sangue Watson.

- Agora me diga, onde está meu pai?

-O tio Sherlock é o seu pai?

-Meu Deus o que tem nessa sua cabeça para ela ser tão lerda?

Sophie Adler A Filha De Um Gênio Onde histórias criam vida. Descubra agora