A noiva vermelha (3/3)

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Eu praticamente invadi o prédio da Scotland Yard andando por ele tendo olhares surpresos e até preocupados em minha direção, eu já havia feito aquilo antes, mas geralmente durante uma investigação a qual meu pai me levava junto por N motivos, e isso causava aquela reação nos veteranos no lugar, se qualquer morador do 221B entra chutando a porta, não é bom sinal. Eu estava andando rapidamente pelo local até encontrar Michael Donovan, um cara que não devia ser muito mais velho que Sophie, era um novato tanto quanto Hopkin, porém numa patente abaixo do detetive, tinha a pele morena poucos tons mais claros que o da mãe, um cabelo castanho bem cortado e uma cara fechada e até mesmo debochada que fazia deixar bem claro que o Donovan não era mera coincidência em seu nome. Desde que Sally Donovan saiu da Scotland Yard para ter uma família mais simples sem todos os problemas que envolvem ser da polícia, principalmente quando maníacos que querem testar Sherlock Holmes aparecem na sua linha de investigação, Michael culpava a nós pela desistência da mãe que não ajudava muito já que falava mal de todos nós a todo momento, ele não escondia isso.
Ele estava conversando com alguns novatos, entre eles o nosso amigo Hopkin que parecia a todo custo tentar provar estar certo sobre o que falava, mas eu não queria saber de esperar, ele não era tão forte ou alto quanto o uniforme o fazia parecer, isso era uma vantagem, o puxei pela gola do uniforme o apertando contra a parede.

- Olá, "amigo"! Divertido espalhar boatos de pessoas que estão tentando ajudar no SEU trabalho não é? - Ele me olhou com certo espanto no começo mas foi logo trocado por um olhar de desdém.

- Boatos? Temos provas! O DNA dele estava nas amarras do espartilho que, provavelmente, causou a morte daquela garota.

- Você é burro, homem!? Nós investigamos o corpo, não usamos luvas e Sophie não tem um histórico de mãos impecáveis, é claro que tem DNA dela lá! - Ele me encarou agora em choque.

- Era isso que eu estava tenta do explicar, mas você não deixa ninguém falar mesmo eu sendo tecnicamente seu superior - Hopkin respondia enquanto eu encarava aquele bastardo com fúria.

- E agora? Eu já mandei toda uma linha de investigação encima disso, eles acharam isso algo impressionante para minha área. . . Se ela for inocente e a acusação foi dada por um meu eu posso perder praticamente tudo - Ele parecia em pânico.

- Então é melhor você virar essa investigação para onde Sophie está e o que você está fazendo para ajudar ao invés de atrapalhar, antes que você acabe com o pouco mérito que te resta! - Bati com ele levemente na parede e o soltei enquanto caminhava para fora do local a passos largos ligando para Alex.

- É bom você ter uma boa desculpa pra me ligar, eu estava ocupado - A voz de Alex parecia meio falhada.

- Eu tenho medo de pensar em o que você está fazendo, muito medo mesmo, mas eu preciso que você procure a localização da nossa amiga fugitiva em comum.

- Drama Queen Sherlock? - Ele riu de forma debochada.

- Se fosse ele era só procurar o ponto de drogas mais próximo. NÃO! A outra fugitiva em comum.

- Me da um minuto - Era possível ouvir o som do teclado mecânico dele e a ligação foi desligada.

Acontece que não foi um minuto, não foram minutos, foram horas, três hora para ser mais exata. Eu já estava ansiosa quando recebi a ligação de Alex.

- Rosamund, você não vai gostar.

- Fala logo homem!

- Não tem como eu rastrear o celular, a última vez que o aparelho entrou em contato com uma torre foi próximo a Westminster e tem algumas horas.

- O que ela estaria fazendo perto de Buckingham, Trafalgar Square ou o Big Ben? E como tem algumas horas se ela me ligou a pouco tempo e não parecia que ela estava em um lugar tão movimentado como Westminster costuma ser.

Sophie Adler A Filha De Um Gênio Onde histórias criam vida. Descubra agora