O Soco

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"Como um garoto tão bonito, poderia ser odiado por uma escola inteira?!"

Era isso que Harry pensava quando foi o primeiro a acordar em seu dormitório.

Mas também, pelo o que Rony havia lhe contado, o loiro não era lá tão bom quanto havia pensado. Tinha um histórico de encrenqueiro, além de não dar trégua a ninguém. Arrumava uma discussão com qualquer um e sempre ganhava, menos com Rony. De acordo com o ruivo, os dois discutiam, mas não chegavam a se matar, nunca tinham saído no soco, como diria Rony. Malfoy, para Rony, era só mais um Sangue-Puro metido, solitário e rico, que se achava superior pelo dinheiro, assim como todo Sonserino (nem generalizou -.-). Os que não tinham raiva dele tinham medo, e era por isso que o loiro não arranjava nada muito sério para se encrencar de verdade. Malfoy tinha ganhado uma boa péssima fama, então todos evitavam mexer com ele.

Uma pena, pois Harry tinha até pensado em se aproximar, mesmo com vergonha, alguma coisa ele tentaria. Sabia que o loiro não tinha feito nada na noite anterior, além de arrumar confusão, mas o que poderia fazer? Tinha se interessado pelo loiro e não custava nada se aproximar. O moreno ouviu de Rony também que Malfoy não passava de um solitário metido (entre outras coisas piores), e achava que era solitário que o loiro não tivesse de verdade amigos. Está certo que ele tinha a tal da Parkinson e o tal do Zabine com ele, mais ainda sim, era solitário.

Isso fazia Harry se lembrar perfeitamente de sua estádia em Ilvermorny. Desde que entrou foi muito bem recebido, os garotos lá eram todos discretos, mas ainda sim, muito receptivos, e as garotas sempre muito gentis. E ninguém se importavam com o fato de que Harry era famoso ou não, estavam mais curiosos era com a aparência delicada do rapaz, com o fato de ser tímido e de corar fácil. Assim o moreno logo fez amigos e acabou descobrindo ser gay.

Se já tinha contado aos novos amigos? Não. Mas, oportunidades apareceriam, não é?

E não foi tão difícil contar para os pais, já que ele sabia que seus pais aceitariam muito bem. Aliás um de seus tios e seu padrinho também eram gays. Isso o fez pensar se Remus também era, mesmo que nunca vira o castanho com ninguém, e o iria ver menos ainda agora que sabia que seu tio estava em um bando.

Harry sentou-se na cama e olhou envolta, todos ainda dormiam e ele estava sem sono. Conjurou Tempus e viu que ainda era cedo, não havia passado das sete. E ele até voltaria a dormi, se não fosse pelo fato de que não iria conseguir, a menos que estivesse muito cansado, coisa que não estava. Assim, decidiu ir para o chuveiro tomar banho e pensar sobre a situação atual.

Harry nunca imaginou que tivesse fãs, até porque ele não queria ter fãs. Odiava a atenção, odiava todos que chamavam atenção para sí e odiava ser o centro das atenções. Isso era vergonhoso para o moreno, uma pessoa tão tímida não deveria chamar tanta atenção!

Pensando nisso, Harry desejou com todas suas forças que esse dia não fosse como o anterior, bem, em algumas partes. Foi divertido conhecer seus colegas de quarto quando acordou, eles não se importaram com a fama do garoto, aquilo foi bom. Também teve as aulas, a maioria ele achou fácil, menos Herbólogia e Poções, Severo era rigoroso em suas aulas e não o tratou de maneira especial, mais também não o tratou mal. O moreno suspirou quando soube que se não se esforçasse ficaria com notas ruins na matéria. Sirius o ajudou muito com isso, além de explicar muito bem a própria aula ele ainda prometeu dar umas aulas particulares a Harry, não importa em qual matéria, e Rony junto com Hermione o ajudariam também.

Então... Aparece aquele loiro, que o encarava de uma forma estranha e analítica. Claro que Harry reparou, o moreno podia ser distraído, mas quando tem alguém que, praticamente, não para de te secar, você percebe, né?

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora